O feijão no país do foie gras: por dentro do La Bahianaise, restaurante brasileiro mais hypado de Paris
Comandado pela chef baiana Mariele Góes, o La Bahianaise é um dos principais pontos de encontro da comunidade brasileira que vive na capital francesa – e serve pratos “para matar a saudade de casa”

Para quem mora fora do Brasil, o estômago é um atalho comum para matar a saudade de casa. Uma concha de feijão no país do foie gras, por exemplo, pode ser um alento imensurável para a alma. Quem diz isso com propriedade é a chef baiana Mariele Góes. Vivendo em Paris há quase uma década, ela viu seu restaurante, o La Bahianaise, virar uma das casas brasileiras mais requisitadas da cidade.

Mariele viu seu restaurante tornar-se sensação em 2022, por influência de ninguém menos que Anitta. De passagem pela Europa em uma turnê, a cantora postou um story no Instagram pedindo recomendação de restaurante brasileiro para almoçar em Paris. Foi quando o celular da cozinheira expatriada de Salvador explodiu de notificações.
“Nossos clientes começaram a marcar o La Bahianaise no post da Anitta. Algumas horas depois, recebi um áudio da própria Anitta me pedindo arroz, feijão e farofa”, relembra a chef, que levou pessoalmente as quentinhas de feijoada no hotel onde a artista estava hospedada.

Do outro lado da mesa
Antes de ganhar o paladar da popstar, no entanto, Mariele ralou longe dos holofotes. Formada em jornalismo, chegou a trabalhar em uma grande editora de São Paulo, escrevendo, principalmente, sobre comida. Foi através do conselho de um famoso crítico gastronômico que ela decidiu cursar gastronomia. Logo ela entraria nas cozinhas de hotéis e restaurantes de primeira linha, entre eles o D.O.M., de Alex Atala.
A chef deixou o Brasil em 2016 para fazer especialização na École Ferrandi, um dos principais polos de gastronomia de Paris. Depois de uma experiência de estágio traumática em um famosíssimo restaurante estrelado, ela estava pronta para regressar ao Brasil, mas o orçamento apertado acendeu a ideia de vender acarajé aos mais chegados, tudo feito em casa, na base da improvisação.

“A comunidade brasileira começou a me procurar até mesmo para encomendas. O acarajé fez tanto sucesso que me manteve em Paris”.
Leia Também
Para comprar o ponto onde hoje funciona o La Bahianaise, dentro do mercado municipal Saint Quentin, no 10º arrondissement de Paris, Mariele chegou a fazer vaquinha entre familiares e amigos.
Deu certo: de lá para cá, o restaurante construiu a ótima reputação que possui pelo próprio sabor dos pratos, já que o espaço em si é modesto, com capacidade para até 18 comensais simultâneos e apenas três funcionários.

Aberto de terça-feira a domingo, o menu fixo tem sempre feijoada comum e vegana acompanhada de arroz, couve, farofa e outros clássicos. Também são servidos especiais do dia, que contemplam comidas tradicionais de várias regiões do Brasil, além de, claro, quitutes como acarajé, pastel e dadinho de tapioca.
“Eu levo o cliente brasileiro muito a sério, porque para quem é emigrante, a comida é mais sobre afeto que nutrição. As pessoas querem o que elas estão com saudade de comer.”

Volta ao mundo no prato
Com o passar dos anos, a clientela de Mariele mudou. Se no começo era quase 100% brasileira, hoje em dia metade do público é estrangeiro, a maioria franceses que se aventuram pela culinária dos trópicos. Há também muitos habitués que comem no La Bahianaise várias vezes por semana.
Além de cozinhar tudo o que é servido no restaurante, o garimpo de bons ingredientes também consome parte considerável do tempo da chef. Aos finais de semana, o pequeno restaurante chega a receber até 200 pessoas, e encontrar os ingredientes da nossa terra no outro lado do mundo é um dos maiores desafios.

Uma vez que na França os restaurantes não podem importar alimentos, Mariele recorre a importadoras brasileiras, mas principalmente a comércios de outras culturas, como mercadinhos indianos, asiáticos e africanos.
Quando serviu abará – bolinho de feijão-fradinho cozido em folha de bananeira –, Mariele encontrou as folhas de bananeira em um mercadinho asiáico e o feijão, em um estabelecimento africano.
“A gastronomia também nos conta a história do fluxo migratório no mundo. Se você pesquisa sobre um ingrediente, descobre quais são as culturas que o consomem”, diz.

Depois de servir Anitta, o La Bahianaise, que já tinha uma ótima base de clientes bem fiéis, recebeu uma nova onda de amantes do arroz com feijão. A artista postou vários stories com a equipe do restaurante agradecendo a hospitalidade, e a publicidade gratuita teve efeito.
Atualmente são 28 mil seguidores no instagram do restaurante, e a chef pretende mudar o La Bahianaise de endereço no próximo ano, a fim de atender mais comensais.

Nas diversas ocasiões em que foi a Paris, Anitta pediu novamente a comida da chef Mariele, o que para ela é um grande reconhecimento do seu trabalho.
“Um dia eu estava de folga em casa quando a produtora da Anitta ligou avisando que ela queria minha comida”, conta a cozinheira. “Eu brinco que sempre tenho o feijão da Anitta guardado”
Emissão de novos créditos de carbono cai 27,5% no primeiro trimestre, mas busca por créditos de maior qualidade quase dobra
Novo relatório mostra que grandes empresas globais, como Meta e Amazon, continuam investindo na compensação de emissões de gases de efeito estufa
Brasil fica de fora das capitais da cultura do mundo em 2025; veja a lista completa
Seleção da revista Time Out considera a acessibilidade e a qualidade da oferta cultural, que se expande além de museus e teatros
O milagre do bitcoin (BTC): ação da Méliuz (CASH3) dispara 28% e surge entre as maiores altas da bolsa; entenda o movimento
O salto dos papéis acontece depois que, na quinta-feira (15), a plataforma alterou seu estatuto, tornando-se a primeira Bitcoin Treasury Company do Brasil e da América Latina
Mercado Livre (MELI) volta a comprar bitcoin e aumenta reserva na criptomoeda em 38%
Em março de 2021, varejista havia informado a compra de US$ 7,8 milhões (R$ 41 milhões) em bitcoin; BTC quase dobrou de valor no período
Cosan (CSAN3) chega a cair 4% depois do balanço do primeiro trimestre — o que fazer com as ações agora?
De acordo com o BTG Pactual, olhar o balanço da empresa é uma missão para entender sinais para o futuro — e o que ele guarda aos acionistas
Maior IPO de 2025 deve vir de fabricante chinesa de baterias para carros elétricos e exclui investidores americanos
Oferta pública de ações da CATL deve arrecadar mais de US$ 4 bilhões; papéis estreiam na bolsa de Hong Kong na terça-feira (20)
Azul (AZUL4) avalia soluções para reestruturar dívida, e possibilidades vão de follow-on a recuperação judicial nos EUA, diz site
A companhia aérea pode seguir o caminho de seus pares nos próximos dias, enquanto vê uma dívida de US$ 10 milhões preste a vencer
Marfrig (MRFG3) dispara 20% na B3, impulsionada pela euforia com a fusão com BRF (BRFS3). Vale a pena comprar as ações agora?
Ontem, as empresas anunciaram um acordo para fundir suas operações, criando a terceira maior gigante global do segmento. Veja o que dizem os analistas
Gripe aviária chegou, China saiu: governo confirma foco no RS e suspensão de exportações — notícia coloca em risco o “efeito MBRF”
Em meio ao comunicado de fusão entre Marfrig e BRF, os frigoríficos também devem repercutir o caso de gripe aviária nas negociações do dia na bolsa
Ações do Banco do Brasil sentem o peso do balanço fraco e tombam mais de 10% na B3. Vale a pena comprar BBAS3 na baixa?
A avaliação do mercado sobre o resultado foi negativa. Veja o que dizem os analistas
Adeus, recuperação judicial? Gol (GOLL4) se prepara para deixar o Chapter 11 com financiamento de US$ 1,9 bilhão
Segundo fato relevante, a captação teve demanda maior do que o projetado, o que possibilitou uma negociação na taxa de juros
Fusão entre Marfrig e BRF inclui dividendo de R$ 6 bilhões — mas só terá direito à bolada o investidor que aprovar o casamento
Operação ainda deverá passar pelo crivo dos investidores dos dois frigoríficos em assembleias gerais extraordinárias (AGEs) convocadas para junho
O mapa da mina: Ibovespa repercute balanço do Banco do Brasil e fusão entre BRF e Marfrig
Bolsas internacionais amanhecem no azul, mas noticiário local ameaça busca do Ibovespa por novos recordes
Warren Buffett não quer mais o Nubank: Berkshire Hathaway perde o apetite e zera aposta no banco digital
Esta não é a primeira vez que o bilionário se desfaz do roxinho: desde novembro do ano passado, o megainvestidor vem diminuindo a posição no Nubank
IR 2025: por que vale a pena deixar para entregar a declaração de imposto de renda na última hora
Prazo de entrega da declaração de IR 2025 vai de 17 de março a 30 de maio; veja as vantagens de entregar apenas no final
Lotofácil tem 28 ganhadores, mas só 3 vão receber valor integral do prêmio; Mega-Sena acumula e promete uma fortuna amanhã
Concurso 3392 da Lotofácil premiou três apostas individuais e dois bolões; prêmio em jogo na Mega-Sena agora é estimado em R$ 68 milhões
BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3) se unem para criar MBRF. E agora, como ficam os investidores com a fusão?
Anos após a tentativa de casamento entre as gigantes do setor de frigoríficos, em 2019, a nova combinação de negócios enfim resultará no nascimento de uma nova companhia
Dividendos e JCP: Banco do Brasil (BBAS3) tem lucro menor, mas pagará R$ 1,9 bilhão em proventos
Montante representa R$ 0,33425840109 por ação ordinária do BB, com pagamento previsto para 12 de junho de 2025
Méliuz (CASH3) consegue mudar estatuto e pode adotar bitcoin (BTC) como principal ativo estratégico da tesouraria
Os planos da plataforma para investir em criptomoedas começaram no dia 6 de março, quando anunciou que havia usado 10% de seu caixa para comprar bitcoin
Ibovespa melhor do que o S&P 500? Por que os gestores seguem vendidos em bolsa americana, segundo pesquisa da Empiricus
O levantamento mostrou que, pelo segundo mês consecutivo, a bolsa brasileira superou a bolsa americana em sentimento positivo dos gestores; descubra as razões