Quanto custa comer a ‘comida de avião estrelada’ da Air France em Paris?
Com menu completo que inclui bebidas, o restaurante temporário da companhia aérea fica no rooftop das Galeries Lafayette e traz pratos assinados por um chef francês dono de 3 estrelas Michelin

Começar uma viagem com champanhe na classe executiva do avião é o sonho de muito viajante. Mas no mundo real, nem todo mundo pode se dar ao luxo de bancar essa experiência.
Em uma simulação do Google Flights para o dia 1 de agosto, uma passagem só de ida na business class da Air France, beira os R$ 15 mil. Isso em um voo direto de 11 horas, partindo do Aeroporto Galeão, no Rio de Janeiro, com destino ao Charles de Gaulle, em Paris. Na La Première, a primeira classe, esse valor passa a marca de R$ 18 mil.
Para os brasileiros com viagem marcada à Cidade Luz, porém, há uma boa notícia. Isso porque agora é possível comer o mesmíssimo menu servido na executiva da Air France. E pagando bem menos do que o preço para sentar nas primeiras fileiras do avião.
A Air France abriu um restaurante no centro de Paris que vai funcionar até o dia 20 de agosto. Por lá, qualquer pessoa que esteja na cidade tem a chance de experimentar os pratos da sua famosa business class em terra firme.

Menu 3 estrelas com vistas panorâmicas
O restaurante da companhia aérea fica no terraço das Galeries Lafayette Paris Haussmann, um dos centros de compras de luxo mais famosos do mundo. Por lá, a vista panorâmica inclui monumentos como a Ópera Garnier, a catedral Montmartre e a Torre Eiffel.
Aberto exclusivamente durante o verão no Hemisfério Norte, o lugar é bastante concorrido e requer reserva antecipada. São apenas 20 lugares na mesa e dois serviços durante o almoço – não há jantar e nenhuma outra refeição.
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Por trás das panelas está o chef Régis Marcon. O chef mantém 3 estrelas Michelin desde 2005 com seu restaurante Régis & Jacques Marcon, próximo a cidade de Lyon, berço da gastronomia francesa. Marcon é conhecido por sua cozinha regional sofisticada. O menu degustação mais simples assinado por ele, servido em 5 tempos, custa 240 euros (cerca de R$ 1.550) no Régis & Jacques Marcon.
No restaurante da Air France, no entanto, o menu completo sairá por 93 euros por comensal (cerca de R$ 600). O preço inclui de entradas a sobremesas, com direito a bebidas alcoólicas e não-alcoólicas.
E o menu?
O cardápio é idêntico ao servido à bordo. Entre as criações do chef Marcon para a Air France há opções carnívoras e vegetarianas. O destaque vai para o trio de arroz de camargue com limão, molho de cenoura com laranja, butternut e feijões vermelhos. Ou ainda para o frango, molho de morilhas, arroz pilaf e aspargos verdes.

Já as sobremesas, como o crocante de avelã com caramelo, são criações de Nina Métayer, eleita a Melhor Chef Pâtissière do Mundo em 2023. Além disso, para harmonizar, a seleção de vinhos e champanhes é de Xavier Thuizat, premiado como melhor sommelier da França.

O serviço do restaurante imita o que se encontra na executiva dos voos de longa distância da Air France: primeiro chegam várias entradinhas, como pães e patês, depois, o prato de entrada, a refeição principal, seleção de queijos e, finalmente, sobremesa. Até a louça onde os pratos são servidos é a mesma das utilizadas nos aviões.
O resgate da ‘comida de avião’
Se quem viaja de econômica costuma associar comida de avião a refeições ruins, ou no mínimo sem graça, não é assim que funciona nos assentos mais caros. Além de ampliar o contato com seus clientes para além dos aeroportos, o restaurante da Air France se encaixa em um movimento global de companhias aéreas muito mais preocupadas em elevar o nível de seus menus.
Apesar de não aparecer com tanta força na classe econômica dos aviões, o rebranding dos cardápios em voos que duram várias horas é uma tendência em alta. As companhias do Oriente Médio e Ásia são as mais conhecidas por investir pesado no prato dos passageiros mais ricos.
A Qatar Airways, considerada a melhor aérea do mundo, por exemplo, serve cauda de lagosta cozida a vácuo, mezze árabe e canelone de carne de caranguejo do Alasca. Além disso, a primeira classe pode pedir caviar Beluga, o mais caro do mundo, a qualquer momento. Já a Singapore Airlines tem um menu que inclui lagosta à thermidor, filé de wagyu, satay de frango, nasi lemak malaio. Isso, aliás, além de uma extensa carta de vinhos premiados.
No Brasil, a Azul possui cardápios de executiva assinados pelos chefs Claude Troisgros e Rodrigo Oliveira em voos internacionais. Desde 2023, aliás, os passageiros podem escolher, por aplicativo, o que comerão no voo sete dias antes do embarque.
Por sua vez, a Latam criou o projeto “Sabor à Brasileira”, com menus mais elaborados, criados exclusivamente por chefs mulheres famosas. Os pratos incluem peixe dourado ao molho de camarão e mazamorra de maçã de sobremesa, por exemplo. Diferente de outras companhias, a Latam oferece o mesmo cardápio para todos os passageiros, apesar de as porções serem menores na econômica, sem todas as etapas encontradas na executiva.
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