Novo prazo, novas frentes: o que esperar das negociações entre EUA e China em Estocolmo no fim do mês
Scott Bessent adota tom mais diplomático e antecipa pontos-chaves nas negociações entre Estados Unidos e China no fim deste mês

Mais um round, mais um prazo. As negociações entre o governo de Donald Trump e o de Xi Jinping ainda seguem longe de um desfecho, mas avançam para uma nova etapa.
Nesta terça-feira (22), o secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, sinalizou que o acordo comercial em andamento deve ter o prazo prorrogado mais uma vez. Além disso, os temas discutidos entre as duas maiores economias do mundo também devem ser expandidos.
A atual trégua na guerra comercial termina em 12 de agosto e a nova rodada de conversas acontece entre os dias 27 e 30 de julho em Estocolmo, na Suécia. Com a retórica americana mais contida nos últimos dias, lideranças de ambos os países voltaram a falar em equilíbrio.
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Bessent indicou que a pauta não será simplesmente econômica. A mesa de negociação poderá incluir a compra contínua de petróleo “sancionado” da Rússia —- em guerra com a Ucrânia —- e do Irã —- em conflito com Israel —- por parte da China, numa abordagem que procura apertar o cerco econômico contra os dois países.
Enquanto isso, no mesmo dia, Donald Trump mencionou a possibilidade de um novo encontro com Xi Jinping “em um futuro não muito distante”.
“O comércio está em um ótimo momento com a China”, disse Bessent. “Vamos conversar sobre muitas outras coisas que nossos países podem fazer juntos.”
Em resposta ao clima mais amigável, o governo chinês anunciou a suspensão de uma investigação antitruste sobre a unidade local da DuPont de Nemours, fabricante americana de produtos químicos — um gesto que, segundo analistas, pode sinalizar abertura para um novo clima de negociação.
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Mas nem tudo são flores. Segundo o secretário do Tesouro norte-americano, a China precisa reestruturar sua economia e se tornar mais orientada ao consumo interno, reduzindo sua participação de cerca de 30% na produção industrial global. “Não é sustentável”, afirmou.
Washington e Bruxelas vêm aumentando a pressão sobre Pequim, alegando que o excesso de capacidade industrial está inundando os mercados globais com produtos chineses a preços baixos, enfraquecendo a concorrência local.
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EUA, Chips, IA e o xadrez tecnológico
Entre os pontos mais sensíveis das negociações está o acesso da China a componentes essenciais para a produção de chips e tecnologias de inteligência artificial.
Nesta frente, o governo chinês tem avançado. Os Estados Unidos decidiram reverter a proibição de vendas do acelerador de IA H20, uma versão menos avançada da Nvidia voltada exclusivamente para o mercado chinês.
Scott Bessent procurou tranquilizar os ânimos ao descartar que os EUA pretendam romper completamente os laços econômicos com a China. A intenção, segundo ele, é mitigar riscos nas cadeias de suprimento globais — não promover um desacoplamento total.
Ao ser questionado sobre os possíveis riscos à segurança nacional com a liberação do chip H20, ele respondeu com ceticismo. “O H20 não é o chip mais avançado da Nvidia, não acredito que teremos problemas.”
Onda de acordos e o Brasil de escanteio
Enquanto as negociações com a China caminham com mais cautela, o governo Trump segue acelerando acordos com outros parceiros comerciais.
Na noite de terça-feira, a Casa Branca anunciou um acordo com o Japão que estabelece tarifas de 15% sobre as importações e prevê um investimento de US$ 550 bilhões por parte do país asiático nos Estados Unidos.
Já nesta quarta-feira (23), foi a vez da União Europeia selar um acordo semelhante com o governo americano, também com alíquota tarifária de 15% sobre seus produtos.
O Brasil, no entanto, segue enfrentando dificuldades para estabelecer uma linha clara de diálogo com Washington. O país ainda não conseguiu negociar as tarifas de 50% impostas pelos EUA aos produtos brasileiros, e governadores estaduais já se mobilizam para tentar proteger a indústria local.
*Com informações do Estadão Conteúdo e da Bloomberg
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