Produção de minério da Vale (VALE3) atinge o maior nível desde 2018 e preços melhoram; confira os números do 3T25
De acordo com a mineradora, a execução bem-sucedida da estratégia de portfólio de produtos ajudou a produção a subir e também apoiou a realização de preços
O ditado popular diz que quanto maior o salto, maior o tombo. No caso da Vale (VALE3), o preço do minério de ferro em cerca de US$ 100 a tonelada no terceiro trimestre, forma um bom colchão de amortecimento para os resultados financeiros que serão apresentados no dia 30 de outubro — e uma prévia do que virá foi divulgada nesta terça-feira (21) com o relatório operacional do período.
A produção de minério de ferro da Vale somou 94,403 milhões de toneladas métricas (Mt) no entre julho e setembro, o que representa uma alta de 3,8% em base anual. Na comparação com o trimestre imediatamente anterior, também houve alta, de 12,9%.
A produção de pelotas, por sua vez, somou 7,997 Mt no terceiro trimestre de 2025, o que representa uma queda de 22,8% em base anual, mas um aumento de 1,9% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
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Já as vendas de minério de ferro subiram 5,1% na comparação com o mesmo período de 2024 e avançaram 11,2% na base trimestral, para 85,997 Mt.
As vendas dos finos de minério somaram 75,020 Mt, uma alta de 8,2% ano a ano e de 10,8% trimestre contra trimestre, enquanto as vendas de pelotas alcançaram 8,769 Mt, uma queda de 13,5% na comparação anual, mas um aumento de 17,2% em termos trimestrais.
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Os preços praticados pela Vale
O terceiro trimestre foi marcado por cotações mais elevadas do minério de ferro, que rondaram os US$ 100 a tonelada. Os preços praticados pela Vale no período, subiram em sua maioria.
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O relatório operacional da companhia divulgado hoje, considerado uma espécie de prévia do balanço, mostrou que os preços dos finos de minério de ferro no período aumentaram 4,2% entre julho e setembro na comparação com o mesmo período do ano anterior, para US$ 94,40 por tonelada. Na comparação trimestral, a alta foi de 10,9%.
É importante lembrar que a Vale vinha sendo diretamente afetada pela guerra comercial entre EUA e China no início do ano, que acabou derrubando os preços o minério. A tensão entre as duas maiores economias do mundo arrefeceu no terceiro trimestre, voltando a pegar fogo agora.
Entre julho e setembro, os preços das pelotas de minério baixaram 11,7% na comparação com o mesmo período de 2024, para US$ 130,80. Em base trimestral, houve queda de 2,5%.
Em termos de comparação, nesta terça-feira (22), o contrato mais negociado do minério de ferro no mercado futuro da Dalian Commodity Exchange, para entrega em janeiro de 2026, fechou em alta de 0,13%, cotado a US$ 107,99 a tonelada.
O prêmio all-in foi de US$ 2,10 por tonelada, avanço de 23,5% ante o mesmo período do ano anterior e de 90,9% na comparação sequencial.
Segundo a Vale, a otimização da estratégia de portfólio de produtos levou a uma melhora nos prêmios de finos de minério de ferro, que aumentaram US$ 1,80 por tonelada na comparação trimestral, atingindo US$ 0,70 por tonelada. Esse avanço é reflexo da maior contribuição de produtos com baixo teor de alumina, como BRBF, Mid-Grade Carajás e IOCJ.
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Outros metais da Vale
Mas não é só de minério de ferro que vive a Vale. O relatório de hoje mostrou que a produção de cobre da companhia totalizou 90,8 mil toneladas (kt) no terceiro trimestre de 2025, um aumento de 5,7% em base anual e uma queda de 1,9% na comparação com os três meses imediatamente anteriores.
As vendas de cobre subiram 19,7% ano a ano e 1,1% em termos trimestrais, para 90 kt, enquanto os preços alcançaram US$ 9,818, uma alta de 8,9% ano a ano e de 9,3% trimestre contra trimestre.
A produção de níquel, por sua vez, teve leve recuou de 0,6% entre julho e setembro na comparação com o mesmo período do ano anterior, mas foi 16,1% maior em base trimestral, totalizando 46,8 kt.
As vendas de níquel totalizaram 42,9 kt, o que representa uma alta de 5,7% em base anual e de 3,9% na comparação trimestral. O preço alcançou US$ 15,445, uma queda de 9,2% ano a ano e baixa de 2,2% trimestre contra trimestre.
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