Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar

A JBS (JBSS32) dá um passo importante na estratégia de internacionalização com uma estreia em grande estilo nesta sexta-feira (13): as ações sobem 3%, cotadas a US$ 14, na Bolsa de Nova York (Nyse), em linha com os ganhos dos Brazilian Depositary Receipts (BDRs) na B3 — os papéis começaram a ser negociados por aqui na segunda-feira (9) e você pode conferir os detalhes aqui.
Vale lembrar que a dupla listagem representa não apenas uma mudança de estrutura societária, mas uma aposta da JBS em atrair investidores globais e reduzir a distância de concorrentes internacionais como a Tyson Foods.
O Citi completa: a estreia da JBS na Nyse hoje é um ponto de inflexão na estratégia da companhia que terá acesso à mercados mais líquidos.
- VEJA MAIS: Analista recomenda ação do agronegócio que pode se tornar a grande pagadora de dividendos do mercado no longo prazo; saiba qual é
"Isso abre as portas para uma valorização substancial, reduzindo seu desconto histórico em relação aos pares globais", diz o banco em relatório.
Mas, convencer o mercado norte-americano, não será tarefa fácil: enquanto a JBS opera atualmente a cerca de 4,5 vezes o valor de mercado sobre Ebitda (EV/Ebitda), a Tyson Foods negocia a 6x.
JBS: de peso-pesado brasileiro a líder mundial
De forma mais ampla, a dupla listagem ajuda na transformação da JBS de um peso-pesado brasileiro em uma líder em proteínas reconhecida mundialmente.
Leia Também
"Apesar da ciclicidade inerente do setor e do atraso na possível inclusão da JBS no índice Russell — que será em 2026 — catalisadores claros permanecem, posicionando a ação para uma valorização atraente de 30% a 80% após a reclassificação", diz o Citi.
Para essa valorização da ação, o banco lista quatro possíveis catalisadores para a empresa.
1 - Alinhamento, no curto prazo, dos múltiplos da JBS com os da Pilgrim's Pride, a subsidiária listada nos EUA
Atualmente, a Pilgrim's Pride negocia a 6,5 vezes dívida líquida/Ebitda. Segundo o Citi, alcançar essa convergência inicial implicaria uma valorização de aproximadamente 30% em relação à atual da JBS.
"No longo prazo, um alinhamento completo ou até mesmo a superação da avaliação de sua concorrente americana Tyson Foods, representaria espaço para uma alta de 80% na avaliação", diz o banco.
2 - O câmbio
Segundo o Citi, os lucros robustos da JBS em dólar atenuam as preocupações com os mercados emergentes.
“As preocupações dos investidores com um ‘desconto de CEP’, decorrente da volatilidade cambial brasileira, da incerteza política e dos riscos específicos do mercado, ignoram a significativa exposição da JBS a receitas estáveis denominadas em dólar”, afirma o banco.
Cerca de 51% da receita total da JBS vêm das operações nos EUA e cerca de 75% do Ebitda, considerando as exportações e as contribuições das subsidiárias na Austrália.
3 - A Seara
A maior lucratividade da Seara deve reduzir o desconto em alimentos processados. Nos cálculos do Citi, a unidade apresentou uma margem Ebitda de 17% ante 13% da Tyson em 2024 e, em 2025, essa vantagem da JBS continuou a se expandir.
4 - A listagem
Na visão do Citi, o feedback positivo dos investidores com relação à listagem da JBS é uma indicação de que a inclusão em índices, particularmente no Russell e, em última análise, no S&P 500, pode valorizar a empresa.
“Embora a inclusão no S&P 500 exija um salto significativo na capitalização de mercado — de US$ 16 bilhões hoje para o patamar necessário de US$ 30 bilhões — isso representa o que acreditamos ser um problema do tipo ‘ovo e galinha’. A listagem na Nyse estabelece uma base fundamental, melhorando a visibilidade e o engajamento necessário dos investidores para atingir esse marco”, diz o Citi.
Ainda VALE a PENA INVESTIR no SETOR AÉREO no Brasil? O que VOCÊ deve SABER antes
A pedra no caminho da JBS
Embora persista a cautela no mercado quanto à potencial venda da participação do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em até três anos, o Citi diz que essa preocupação diminui com a listagem e a melhora da confiança do investidor global.
O banco tem recomendação de compra para o papel da JBS, com preço-alvo de R$ 111 — o que representa uma valorização de 45,9% no comparativo com o fechamento anterior.
ESG ainda não convence gestores multimercados, mas um segmento é exceção
Mesmo em alta na mídia, sustentabilidade ainda não convence quem toma decisão de investimento, mas há brechas de oportunidade
Méliuz diz que está na fase final para listar ações nos EUA; entenda como vai funcionar
Objetivo é aumentar a visibilidade das ações e abrir espaço para eventuais operações financeiras nos EUA, segundo a empresa
Governo zera IPI para carros produzidos no Brasil que atendam a quatro requisitos; saiba quais modelos já se enquadram no novo sistema
Medida integra programa nacional de descarbonização da frota automotiva do país
CVM adia de novo assembleia sobre fusão entre BRF (BRFS3) e Marfrig (MRFG3); ações caem na B3
Assembleia da BRF que estava marcada para segunda-feira (14) deve ser adiada por mais 21 dias; transação tem sido alvo de críticas por parte de investidores, que contestam o cálculo apresentado pelas empresas
Telefônica Brasil (VIVT3) compra fatia da Fibrasil por R$ 850 milhões; veja os detalhes do acordo que reforça a rede de fibra da dona da Vivo
Com a operação, a empresa de telefonia passará a controlar 75,01% da empresa de infraestrutura, que pertencia ao fundo canadense La Caisse
Dividendos e JCP: Santander (SANB11) vai distribuir R$ 2 bilhões em proventos; confira os detalhes
O banco vai distribuir proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio, com pagamento programado para agosto
Moura Dubeux (MDNE3) surpreende com vendas recordes no 2T25, e mercado vê fôlego para mais crescimento
Com crescimento de 25% nas vendas líquidas, construtora impressiona analistas de Itaú BBA, Bradesco BBI, Santander e Safra; veja os destaques da prévia
Justiça barra recurso da CSN (CSNA3) no caso Usiminas (USIM5) e encerra mais um capítulo da briga, diz jornal; entenda o desfecho
A disputa judicial envolvendo as duas companhias começou há mais de uma década, quando a empresa de Benjamin Steinbruch tentou uma aquisição hostil da concorrente
A Petrobras (PETR4) vai se dar mal por causa de Trump? Entenda o impacto das tarifas para a estatal
A petroleira adotou no momento uma postura mais cautelosa, mas especialistas dizem o que pode acontecer com a companhia caso a taxa de 50% dos EUA entre em vigor em 1 de agosto
Nem toda boa notícia é favorável: entenda por que o UBS mudou sua visão sobre Itaú (ITUB4), mesmo com resultados fortes
Relatório aponta que valorização acelerada da ação e preço atual já incorporam boa parte dos ganhos futuros do banco
Azul (AZUL4) dá mais um passo na recuperação judicial e consegue aprovação de petições nos EUA
A aérea tem mais duas audiências marcadas para os dias 15 e 24 de julho que vão discutir pontos como o empréstimo DIP, que soma US$ 1,6 bilhão
A acusação séria que fez as ações da Suzano (SUZB3) fecharem em queda de quase 2% na bolsa
O Departamento do Comércio dos EUA identificou que a empresa teria exportado mercadorias com preço abaixo do normal por quase um ano
Uma brasileira figura entre as 40 maiores empresas com bitcoin (BTC) no caixa; confira a lista
A empresa brasileira tem investido pesado na criptomoeda mais valiosa do mundo desde março deste ano
Em um bom momento na bolsa, Direcional (DIRR3) propõe desdobramento de ações. Veja como vai funcionar
A proposta será votada em assembleia no dia 30 de julho, e a intenção é que o desdobramento seja na proporção de 1 para 3
Nvidia (NVDA34) é tetra: queridinha da IA alcança a marca inédita de US$ 4 trilhões em valor de mercado
A fabricante de chips já flertava com a cifra trilionária desde a semana passada, quando superou o recorde anteriormente estabelecido pela Apple
Cyrela (CYRE3) quase triplica valor de lançamentos e avança no MCMV; BTG reitera compra — veja destaques da prévia do 2T25
Na visão do banco, as ações são referência no setor, mesmo com um cenário macro adverso para as construtoras menos expostas ao Minha Casa Minha Vida
Ações da Braskem (BRKM5) saltam mais de 10% na bolsa brasileira com PL que pode engordar Ebitda em até US$ 500 milhões por ano
O que impulsiona BRKM5 nesta sessão é a aprovação da tramitação acelerada de um programa de incentivos para a indústria petroquímica; entenda
Tenda (TEND3): prévia operacional do segundo trimestre agrada BTG, que reitera construtora como favorita do setor, mas ação abre em queda
De acordo com os analistas do BTG, os resultados operacionais foram positivos e ação está sendo negociada a um preço atrativo; veja os destaques da prévia o segundo trimestre
Mais um acionista da BRF (BRFS3) pede a suspensão da assembleia de votação da fusão com a Marfrig (MRFG3). O que diz a Previ?
A Previ entrou com um agravo de instrumento na Justiça e com um pedido de arbitragem para contestar a relação de troca proposta, segundo jornal
Jeff Bezos vende mais US$ 666 milhões em ações da Amazon (AMZN34); saiba para onde está indo esse dinheiro
Fundador da Amazon já se desfez de quase 3 milhões de papéis só em julho; bilionário planeja vender cerca de 25 milhões de ações até maio de 2026