Coalizão de bancos flexibiliza metas climáticas diante de ritmo lento da economia real
Aliança global apoiada pela ONU abandona exigência de alinhamento estrito ao limite de 1,5°C e busca atrair mais membros com metas mais amplas
 
					A Net Zero Banking Alliance (NZBA), principal coalizão bancária global voltada ao combate das mudanças climáticas, decidiu flexibilizar suas regras de adesão, segundo informações da agência de notícias Reuters.
A mudança ocorre em meio à constatação de que o progresso da economia real rumo à sustentabilidade tem sido mais lento do que o previsto, segundo informou à agência o presidente do grupo, Shargiil Bashir, do First Abu Dhabi Bank.
- VEJA MAIS: VEJA MAIS: Momento pode ser de menos defensividade ao investir, segundo analista; conheça os ativos mais promissores para comprar em abril
Até agora, a aliança exigia que todos os membros alinhassem seu financiamento setorial com o limite de 1,5°C de aquecimento global em relação à era pré-industrial até 2050. A partir da votação recente, no entanto, os bancos passam a adotar uma meta mais flexível: manter o aquecimento abaixo de 2°C, ainda que buscando o ideal de 1,5°C.
“O conhecimento que tínhamos em 2021 sobre o que era possível é muito diferente da realidade de hoje”, afirmou Bashir. “Algumas indústrias, como habitação e aviação, não estão fazendo a transição como esperávamos — seja por falta de avanço tecnológico ou de políticas públicas eficazes.”
Recuo de bancos e pressão política dos EUA
A revisão das metas da Net Zero Banking Alliance lança luz sobre o desafio central da transição verde: a distância entre os compromissos climáticos financeiros e o progresso real da economia global.
A flexibilização das regras acontece em meio à saída de grandes instituições financeiras da NZBA e a um aumento da pressão política – especialmente nos Estados Unidos – contra ações climáticas no setor financeiro.
Leia Também
“Se o investidor acredita no minério acima de US$ 100, melhor se posicionar nas ações”. Por que o CEO e o CFO da Vale (VALE3) veem oportunidade agora?
A lição deixada pelo ataque cibernético que parou a linha de montagem da Jaguar Land Rover
A aliança, no entanto, busca se fortalecer ao tornar suas exigências mais compatíveis com a realidade de países que ainda não adotaram metas ambiciosas de emissões.
A expectativa agora é de que a coalizão consiga ampliar sua base de membros e contribuir com ações mais efetivas de redução de emissões, mesmo em um cenário político e econômico desafiador.
Mudança de foco: de metas à implementação
Segundo Bashir, a decisão da coalizão reflete uma transição estratégica: de uma organização voltada principalmente à definição de metas para uma estrutura de apoio à implementação de ações climáticas.
A NZBA pretende intensificar a oferta de webinars, guias setoriais e capacitação técnica para ajudar os bancos a colocar suas promessas em prática, informou o executivo à Reuters.
Entre os próximos temas em discussão estão métodos contábeis alternativos para mensurar e mitigar emissões, como o uso de emissões evitadas e a integração dos mercados de carbono, disse ele.
Mais de 80% dos membros da coalizão participaram da votação, com 90% favoráveis às mudanças propostas.
O poder da NZBA
Criada com apoio da ONU em 2021, a NZBA reúne mais de 100 bancos ao redor do mundo comprometidos com o financiamento da transição para uma economia de baixo carbono.
Juntas, essas instituições representam US$ 47 trilhões em ativos sob gestão, segundo dados da própria aliança. Esse montante equivale à soma do PIB dos Estados Unidos e da China em 2024, as duas maiores economias mundiais, o que dá dimensão do poder de influência do setor bancário na agenda climática mundial.
Entre os bancos brasileiros, o Bradesco e o Itaú são os únicos participantes da coalizão.
Ata da Ambipar (AMBP3) contradiz versão oficial e expõe aval do conselho a operações com Deutsche Bank antes da crise
Documento não divulgado à CVM mostra que o conselho da Ambipar aprovou os contratos de swap com o Deutsche Bank; entenda
Gerdau (GGBR4) vai pagar mais de meio bilhão de reais em dividendos mesmo com queda de 24% do lucro
Metalúrgica Gerdau também anunciou a distribuição de proventos aos acionistas, equivalentes a R$ 0,19 por ação, totalizando R$ 188,8 milhões; confira os prazos
Netflix mais barata na bolsa: gigante do streaming desdobrará ações proporção de 10 para 1 em operação questionada por Warren Buffett
O megainvestidor é famoso por se recusar a desdobrar as ações da Berkshire Hathaway e criou uma classe de ações “B” com preços mais modestos
Rebatizado: Banco Central autoriza BlueBank a readotar o nome Letsbank após mudança feita em março, quando passou à gestão de Maurício Quadrado
A autorização vem na esteira da decisão do BC que rejeitou a transferência de controle do BlueBank para Quadrado e vetou a venda do grupo Master ao BRB
Vale (VALE3) bate projeção com lucro de US$ 2,7 bilhões no terceiro trimestre; confira os números da mineradora
A estimativa da Bloomberg indicava para queda do lucro líquido entre julho e setembro e um crescimento mais tímido da receita no período; ADRs sobem no after hours em Nova York
Apple sobe 4% após balanço, mas é a Amazon que dispara 14%; confira o que agradou o mercado lá fora
Ainda assim, o desempenho das ações da gigante do varejo eletrônico está bem abaixo da Microsoft e do Alphabet, com alta de apenas 2,4% no acumulado do ano, contra 24% da Microsoft e 49% da dona do Google
Derrota para os credores da Ambipar (AMBP3): recuperação judicial tramitará no Rio de Janeiro; ações disparam 18%
O deferimento marca o início do período de 180 dias de suspensão de execuções e cobranças
Ambev (ABEV3) diz que consumo de cerveja em bares e restaurantes caiu com inverno rigoroso e orçamento apertado
A fabricante de cervejas está otimista com a Copa do Mundo e mais feriados em 2026; analistas enxergam sinais mistos no balanço
Esta construtora já foi a mais valiosa do mercado, mas hoje tem a ação valendo 1 centavo: a história bizantina da PDG (PDGR3)
Antes apontada como uma “queridinha” dos investidores na bolsa, a PDG Realty (PDGR3) atravessa um conturbado processo de recuperação judicial
“ROE a gente não promete, a gente entrega”, diz CEO do Bradesco (BBDC4). Marcelo Noronha prevê virada da rentabilidade “batendo à porta”
Ainda que a rentabilidade esteja no centro da estratégia traçada por Marcelo Noronha, o CEO não quer cortar investimentos — e revelou de onde virá o ganho de ROE no futuro
A Vale (VALE3) voltou às graças do BTG: por que o banco retomou a recomendação de compra?
De acordo com o banco, a empresa vem demonstrando melhoras operacionais. Além disso, o cenário para o minério de ferro mudou
STJ volta atrás e suspende liberação das atividades da Refit, alvo da Operação Carbono Oculto; Haddad comenta decisão
A PF investiga a Refit por indícios de que o combustível da refinaria abastece redes de postos de gasolina controlados pelo PCC
A Vale (VALE3) está fazendo a lição de casa, mas o resultado do 3T25 será suficiente? Saiba o que esperar do balanço
O relatório operacional divulgado na semana passada mostrou um aumento na produção de minério, mas uma baixa em pelotas; confira como esse desempenho pode se refletir nos números da companhia entre julho e setembro
Sem ‘mãozinha’ da Argentina, Mercado Livre (MELI34) tem lucro abaixo do esperado no 3T25, mas frete grátis faz efeito no Brasil
O Mercado Livre (MELI34) registrou lucro líquido de US$ 421 milhões no 3T25, avanço de 6% em relação ao ano anterior, mas abaixo das expectativas do mercado, que projetava US$ 488,65 milhões.
O que a dona do Google tem que as outras não têm? Alphabet sobe forte no after em Nova York após balanço; Meta e Microsoft apanham
Enquanto as ações da Alphabet chegaram a subir 6% na negociação estendida, os papéis da Meta recuaram 9% e os da Microsoft baixaram 2%; entenda os motivos que fizeram os investidores celebrarem uma e punirem as outras
“Só o básico” no Bradesco (BBDC4)? Lucro sobe quase 20% e vai a R$ 6,2 bilhões no 3T25, sem grandes surpresas
Em termos de rentabilidade, o banco também não surpreendeu, com um retorno sobre o patrimônio líquido médio (ROAE) de 14,7% no trimestre; veja os destaques do balanço
Mesmo com tempestade na Ambipar e na Braskem, CEO do Santander (SANB11) não vê crise de crédito iminente
Em entrevista coletiva, Mario Leão afirmou que o atual cenário, embora difícil para algumas empresas, não sinaliza crise à vista; banco é o maior credor da Ambipar
Nvidia (NVDA) se torna a primeira empresa do mundo a atingir US$ 5 trilhões em valor de mercado com apetite por Inteligência Artificial
O apetite dos investidores pela “fazedora de pás na corrida do ouro” da Inteligência Artificial (IA) é o que vem sustentando o bom desempenho da empresa em 2025
Tupy (TUPY3): por que a XP não enxerga oportunidade nas ações mesmo depois da queda de 45% no ano?
Após uma queda de 45% no ano, a XP cortou as estimativas para a Tupy, revelando desafios e oportunidades que podem impactar os próximos resultados da empresa
Prio (PRIO3) turbina capital em R$ 2 bilhões — mas sem um centavo de dinheiro novo; ações caem
Segundo a petroleira, a medida visa fortalecer a estrutura de capital, reforçando a posição de caixa

 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					 
					