Braskem (BRKM5) na panela de pressão: petroquímica cai no conceito de duas das maiores agências de classificação de risco do mundo
A Fitch e a S&P Global rebaixaram a nota de crédito da Braskem de ‘BB+’ para ‘BB’ na última terça-feira. O que está por trás das revisões?

A Braskem (BRKM5) está atravessando uma semana turbulenta. Apenas alguns dias após a empresa atrair a atenção do empresário Nelson Tanure, a petroquímica se viu no centro de outro agito: o rebaixamento de suas notas de crédito por duas das três principais agências de classificação de risco do mundo.
Na última terça-feira (27), a Fitch Ratings e a S&P Global anunciaram cortes de ratings da Braskem.
Os motivos por trás da "queda no conceito" pelas duas gigantes globais são as tendências mais fracas de geração de caixa operacional e um cenário negativo no setor petroquímico.
- VEJA MAIS: Duas ações para “apimentar” a carteira que podem “surfar” o fim das altas da Selic
O rebaixamento pela Fitch
A Fitch rebaixou a classificação de risco de emissor da Braskem (BRKM5) de 'BB+' para 'BB'.
Além disso, as notas de dívida sênior não garantida da Braskem America Finance Company e da Braskem Netherlands Finance B.V. também sofreram cortes.
A agência manteve uma perspectiva estável para a classificação, mas explicou que o rebaixamento reflete um prolongado ciclo de spreads petroquímicos — a diferença entre o preço de venda da resina e o custo da matéria-prima — mais baixos, resultando em um perfil financeiro mais fraco do que o esperado.
Leia Também
A Fitch aponta que a crise no setor petroquímico é sem precedentes em termos de profundidade e duração e tem potencial para pressionar margens mais baixas no futuro.
“As tensões geopolíticas e o fraco desempenho macroeconômico global aumentam a incerteza sobre se os participantes do mercado adaptarão estratégias para preservar o caixa”, escreveu a agência.
A recuperação é vista como gradual, com a Fitch prevendo uma possível melhora apenas a partir de 2028. Até lá, a alavancagem da Braskem (excluindo a Braskem Idesa) deve chegar a 6,0 vezes em 2025, e 5,0 vezes em 2026, com uma projeção de redução para 3,5 vezes em 2027.
A agência também destacou os esforços da Braskem para mitigar a queima de caixa, com iniciativas como a racionalização de ativos e investimentos, redução de custos e promoções de competitividade no mercado local.
- Leia também: Sem OPA na Braskem (BRKM5)? Por que a compra do controle por Nelson Tanure não acionaria o mecanismo de tag along
Braskem (BRKM5) rebaixada pela S&P
Já a S&P Global rebaixou a classificação de emissor em escala global da Braskem (BRKM5) de 'BB+' para 'BB', apontando que a fraca geração de Ebitda — indicador usado para mensurar a geração potencial de caixa operacional — nos últimos trimestres contribuiu para essa decisão.
"O Ebitda e a geração de fluxo de caixa da Braskem não melhoraram nos últimos trimestres, e as condições de mercado fracas e prolongadas provavelmente continuarão a pressionar métricas de crédito da empresa", ponderaram os analistas da S&P Global.
A perspectiva negativa para o rating reflete os riscos das condições de mercado desafiadoras e limita as expectativas de melhora na rentabilidade e das métricas de crédito da petroquímica.
Para a S&P, a alavancagem da Braskem, medida pela relação entre dívida e Ebitda, deverá ficar próxima de 6 vezes até o final de 2025.
"Mesmo assumindo que a Braskem consiga vender volumes maiores graças às tarifas de importação mais altas de produtos petroquímicos no Brasil durante a maior parte deste ano, prevemos agora uma alavancagem em torno de 6 vezes até o final de 2025", observa a agência.
A S&P espera que essa alavancagem diminua para perto de 5 vezes em 2026, assumindo melhora gradual nos spreads petroquímicos, aliados aos esforços contínuos da empresa para otimizar sua estrutura de custos.
*Com informações do Estadão Conteúdo.
O casamento da BRF (BRFS3) e da Marfrig (MRFG3) subiu no telhado? CVM adia AGE de votação da fusão após questionamentos de minoritários
A Comissão de Valores Mobiliários decidiu adiar as votações da fusão após receber pedidos de acionistas minoritários; entenda os questionamentos
Direcional (DIRR3) promete dividendos milionários na conta e quer ações com preços mais atrativos na bolsa
Na noite passada, o conselho de administração da construtora propôs um pagamento milionário de dividendos e o desdobramento das ações DIRR3; entenda
Multiplan (MULT3): após recompra bilionária de ações, CFO diz que alavancagem não preocupa e que está sempre de olho em oportunidades
Em entrevista ao Seu Dinheiro, Armando D’Almeida Neto fala também sobre o impacto dos juros altos no negócio e o desafio de antever para onde as cidades vão crescer
Dividendos e JCP: Itaúsa (ITSA4) e Energisa (REDE3) vão distribuir mais de R$ 700 milhões em proventos; veja quem tem direito a receber
A holding do Itaú (ITUB4) vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Sai Localiza (RENT3), entra Cyrela (CYRE3): confira as mudanças na carteira ESG do BTG Pactual em junho
A carteira investe em ativos com valuation atrativo e é focada em empresas que se beneficiam ou abordam temas ambientais, sociais e de governança
ASA compra gestora Gauss Capital e bate R$ 5,5 bilhões sob gestão; Fabio Okumura assume posição de head da ASA Asset
Esta foi a quarta aquisição da instituição financeira de Alberto Safra desde a sua fundação, em 2020
Azul (AZUL4) dá mais um passo no processo de recuperação judicial nos EUA — para isso, vai devolver mais aeronaves
Ao todo, a aérea já pediu a devolução de 17 aviões e oito motores; saiba qual foi a devolução da vez
Brasil participa de programa de descarbonização da indústria com investimento de US$ 250 milhões
Outros seis países em desenvolvimento também participarão de programa internacional que pretende investir US$ 1 bilhão em projetos de transição energética e geração de empregos verdes, por meio de bancos multilaterais de desenvolvimento
Vale (VALE3) consegue licença para projeto de US$ 290 milhões no Pará; ações sobem mais de 3% na bolsa
A mineradora informou que investirá os recursos na fase de implantação do novo projeto, que pretende dobrar a produção de cobre na próxima década
Americanas (AMER3) consegue “colher de chá” de R$ 500 milhões para pagar o que deve à União
Em meio à recuperação judicial, a varejista alcançou um acordo com a PGFN para quitar dívidas fiscais milionárias
Acionistas minoritários são favoráveis à fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) — mas ainda há outras etapas para oficializar o casamento
Nos votos à distância reportados pela BRF, houve 35% favoráveis à fusão, ante 16% contrários
Do canteiro de obras ao mercado financeiro: como uma incorporadora de alto padrão conseguiu captar meio bilhão com títulos verdes
Tegra estrutura política de sustentabilidade e capta R$ 587 milhões com debêntures e CRI verdes; experiência aponta caminhos possíveis para o setor
Nelson Tanure contrata Rothschild para estruturar oferta pela Braskem (BRKM5), diz jornal
O empresário pretende adquirir a participação da Novonor indiretamente, comprando as ações da holding que controla a fatia da petroquímica
Alpargatas (ALPA4) fecha acordo com Eastman Group, que será distribuidora exclusiva da Havaianas nos Estados Unidos e Canadá
O acordo de distribuição marca uma mudança importante no modelo de operação da companhia na América do Norte
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), fecha contrato bilionário para decolar com seus ‘carros voadores’ nos céus de São Paulo
Atualmente, a capital paulista possui mais de 400 helicópteros registrados e cerca de 2 mil decolagens e aterrissagens diárias
“Investir sem se preocupar com impacto é quase uma irresponsabilidade”, afirma Daniel Izzo, da Vox Capital
O sócio-fundador da primeira venture capital de impacto do país conta como o setor vem se desenvolvendo, quem investe e os principais desafios para a sua democratização
Após três anos da privatização, Eletrobras (ELET3) ainda não atingiu as expectativas do mercado; entenda o que está travando a ex-estatal
A companhia do setor elétrico avanços nesse período, contudo, o desempenho das ações ainda está aquém do esperado pelo mercado
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta