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Camille Lima

Camille Lima

Repórter de bancos e empresas no Seu Dinheiro. Bacharel em Jornalismo pela Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS). Já passou pela redação do TradeMap.

TEMPESTADE À VISTA

Azul (AZUL4) prevê menos aviões e desalavancagem para superar recuperação judicial nos EUA; ação tomba

Aérea traçou um novo plano de negócios para ajudar a colocar a empresa de pé; no pré-market da Bolsa de Nova York, ADRs chegaram a cair 40%

Camille Lima
Camille Lima
28 de maio de 2025
10:58 - atualizado às 15:18
Logotipo da Azul derretendo - Imagem: SD com ChatGPT

A Azul (AZUL4) completou nesta quarta-feira (28) a tríade das companhias aéreas brasileiras que recorreram à recuperação judicial nos Estados Unidos. Com dívidas elevadas, a empresa entrou oficialmente com um pedido de proteção contra os credores, no chamado Chapter 11.

Além de um acordo com seus principais credores e parceiros estratégicos, a reestruturação de dívidas da Azul contempla US$ 1,6 bilhão em financiamento DIP, eliminação de US$ 2 bilhões em dívidas e até US$ 950 milhões em novos aportes de capital quando o processo se encerrar.

Mas não é só isso. Junto às transações, a Azul também traçou um novo plano de negócios para ajudar a colocar a empresa de pé.

A estratégia é baseada na otimização significativa da frota, com “crescimento moderado da ASK (oferta), com o objetivo de melhorar a resiliência e reduzir os riscos gerais, a exposição ao câmbio e a alavancagem”.

As ações AZUL4 entraram em leilão na abertura do pregão desta quarta-feira (28) na B3. Por volta das 15h15, o papel caía 4,67%, a R$ 1,02.

As American Depositary Receipts (ADRs) operaram em forte queda no pré-market da Bolsa de Nova York. Por volta das 8h, as ADRs da companhia aérea chegaram a desabar 40,18%, cotadas a US$ 0,29. Já no meio da tarde, o papel se valorizava em 2,33%, a R$ 0,50.

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Azul (AZUL4): menos aviões no céu

Um dos pilares do novo plano de negócios da Azul (AZUL4) é ter menos aviões voando nos céus nos próximos anos. 

Segundo apresentação a agentes do mercado, a aérea quer reduzir em mais de 35% a quantidade de aeronaves da frota futura. 

Até então, a companhia previa chegar a 201 aeronaves neste ano e a 218 aviões no fim de 2027. Agora, o plano revisado projeta 170 jatos para 2025 e 172 aeronaves para o fim de 2027.

Isso permitirá uma diminuição dos investimentos (capex) em manutenção, o que também auxiliará o processo de desalavancagem financeira.

Nas projeções da Azul, o processo Chapter 11 permitirá que a alavancagem, mensurada pela relação entre dívida líquida sobre o Ebitda dos últimos 12 meses, caia de 5,1 vezes para 3 vezes. 

Para os próximos anos, a aérea prevê que o indicador desacelere para 2,2 vezes em 2026 e para 1,7 vez em 2027.

O que a aérea prevê com a recuperação judicial nos EUA

A Azul (AZUL4) também espera uma redução na despesa com juros (cash interest expense). De acordo com o plano revisado, a aérea projeta uma cifra de US$ 113 milhões para 2025, contra US$ 216 milhões previstos anteriormente. 

No ano que vem, a estimativa é que o indicador caia de US$ 255 milhões para US$ 85 milhões. Já para 2027, a projeção foi reduzida de US$ 253 milhões para US$ 105 milhões.

Confira as principais métricas da Azul (AZUL4) em relação ao plano anterior, com a taxa de crescimento anual composta (CAGR) estimada para 2025 a 2029:

MétricaProjeçãoPlano Revisado
Receita (CAGR)11,9% 7,6%
EBITDAR (CAGR)14,3% 10,5%
ASK (CAGR)11,1% 3,8%
RASK (CAGR)0,7% 3,7%
CASK (CAGR)0,1% 2,6%
ASK: Assentos-quilômetro disponíveis
RASK: Receita por assento-quilômetro disponível
CASK: Custo por assento-quilômetro disponível
EBITDAR: Lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e aluguel de aeronaves

Na avaliação de João Daronco, analista da Suno Research, o pedido de recuperação judicial da Azul nos EUA "é uma última sinalização de que realmente a situação da companhia está em um momento bastante desafiador e que, por forças próprias, ela não teria capacidade de honrar seus pagamentos".

"No curto prazo, até podemos ver algum tipo de recuperação nos resultados da empresa, seja por conta de uma boa gestão dos passivos ou por uma postergação de pagamentos. Mas, no longo prazo, eu sou bastante cético com a companhia, principalmente por atuar num setor complexo, com baixos diferenciais competitivos, em um negócio com custos dolarizados e receitas atreladas ao real, além de ser bastante intensivo em capital", ponderou.

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