Tarifas de Trump levam caos a Nova York: no mercado futuro, Dow Jones perde mais de 1 mil pontos, S&P 500 cai mais de 3% e Nasdaq recua 4,5%; ouro dispara
Nas negociações regulares, as principais índices de Wall Street terminaram o dia com ganhos na expectativa de que o presidente norte-americano anunciasse um plano mais brando de tarifas
Os investidores até tentaram se preparar, mas o chamado Dia da Libertação de Donald Trump parece mais o dia da fuga dos ativos de risco. Depois que o presidente norte-americano anunciou as aguardadas tarifas recíprocas, os futuros em Nova York despencaram.
Os futuros do Dow Jones chegaram a perder mais de 1.000 pontos, enquanto os futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 recuavam 3,6% e 4,5%, respectivamente.
Nas negociações, estendidas, as ações de empresas multinacionais acompanhavam a derrocada. No início da noite, a Nike perdia 7% e a Apple caía 6%, enquanto a General Motors tinha perda de 3%.
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Os papéis de grandes vendedores de produtos importados estavam entre os mais atingidos: a Five Below perdia 15%, a Dollar Tree caía 11% e a Gap recuava 12%.
Em tecnologia, as ações acompanham o clima geral de aversão ao risco, com a Nvidia baixando 4,5% e a Tesla, -6%.
Já o ouro futuro voltou a renovar recorde histórico. O contrato para junho do metal, visto por investidores como um ativo seguro em meio a momentos de incerteza, avançava 0,59%, a US$ 3.184,90, na Comex.
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De acordo com especialistas, há uma explicação para as perdas generalizadas após o anúncio das tarifas de Trump: taxas mais altas do que o projetado para muitos países.
Os investidores esperavam que a tarifa de 10% fosse o teto aplicado universalmente, não uma taxa mínima como o anunciado pela Casa Branca.
Além disso, no caso da China, a tarifa efetiva agora pode chegar a 54% — 20% anunciados anteriormente por Trump mais 34% de tarifas recíprocas divulgadas hoje. A Casa Branca não esclareceu, até o momento, se as taxas serão cumulativas.
“O que foi entregue foi tão aleatório quanto qualquer coisa que esta administração fez até agora, e o nível de complicação além do nível máximo de novas tarifas é pior do que se temia e ainda não precificado no mercado”, disse Art Hogan, estrategista-chefe de mercado da B. Riley Wealth Management, para a CNBC.
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Trump já havia derrubado os mercados antes
Trump anunciou as tarifas recíprocas cerca de cinco minutos depois de as negociações regulares em Nova York se encerrarem.
No horário regulamentar, os índices conseguiram atravessar o mar de volatilidade e encerrar o dia com ganhos, na esperança de que o presidente norte-americano não anunciasse um plano tarifário severo ao ponto de levar a economia a uma desaceleração brusca e que alimentasse a inflação.
O S&P 500 avançou 0,67% para fechar em 5.670,97 pontos, enquanto o Nasdaq Composite subiu 0,87% e fechou em 17.601,05 pontos. O Dow Jones ganhou 235,36 pontos, ou 0,56%, e fechou em 42.225,32 pontos.
A alegria, no entanto, durou poucas horas e os índices passaram a despencar conforme Trump discursava e depois que a Casa Branca publicou documentos detalhando a taxação do republicano.
Essas perdas, no entanto, já haviam sido vistas no mês passado, quando, sob o temor de recessão nos EUA, a bolsa norte-americana passou por uma forte liquidação.
O S&P 500, por exemplo, chegou a cair para o território de correção — ou 10% abaixo de do recorde — por causa da incerteza causada pelos anúncios tarifários em andamento de Trump.
Essa incerteza também começou a aparecer em alguns dados econômicos, o que pressionou ainda mais as ações ao aumentar os temores de recessão.
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O anúncio de hoje de Trump
Depois de semanas de espera, Trump anunciou nesta quarta-feira (2) — o Dia da Libertação, como ele mesmo gosta de chamar — tarifas recíprocas aos parceiros comerciais dos EUA.
A base do plano é impor taxas aos países na mesma proporção na qual os EUA são taxados.
As tarifas variam de 10%, a alíquota mínima, e chegam a 50%. O Seu Dinheiro fez um resumo dos principais pontos do que foi anunciado hoje e você confere aqui.
Trump também formalizou as taxas de 25% sobre os carros importados e sobre as autopeças.
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