Gestores de fundos imobiliários passam a ficar otimistas, após sentimento negativo do 1º semestre; saiba os motivos
Após pessimismo da primeira metade do ano, sentimento vira e volta para o campo positivo, com destaque para os setores de escritórios e aluguel residencial

Após um primeiro semestre marcado pelo pessimismo, os gestores de fundos imobiliários brasileiros voltaram a ficar otimistas com o setor para os próximos 12 meses, mostra a pesquisa semestral da Empiricus Research, publicada nesta semana.
O grau de confiança dos investidores passou de -0,48 no início deste ano, o que representa um sentimento entre pessimista e neutro, para 0,52 no final de junho, marcando um nível otimista.
- E-BOOK GRATUITO: O evento “Onde Investir no 2º Semestre” reuniu as melhores apostas para a segunda metade de 2025 — baixe o resumo com todos os destaques
Grau de confiança no mercado imobiliário (evolução)

O levantamento mostra que o sentimento dos gestores de FIIs também virou do negativo para o positivo em relação aos segmentos de Escritórios e Aluguel Residencial, passando a ficar também levemente otimista no de Agronegócio.
No segmento de escritórios, o indicador passou de -0,61 no primeiro semestre para 0,57 no segundo; já no de aluguel residencial, virou de -0,78 para 0,35 no mesmo período. No caso do agro, a virada foi de -0,57 para 0,10.
Os gestores também ficaram ainda mais positivos em relação aos fundos imobiliários de papel (aqueles que investem em títulos de renda fixa ligados ao mercado imobiliário, como os Certificados de Recebíveis Imobiliários - CRIs), Logística, Shopping Centers e Renda Urbana.
Grau de confiança (setores)

Motivos do otimismo com os fundos imobiliários
A pesquisa da Empiricus também perguntou aos gestores quais seriam os gatilhos para o bom desempenho dos FIIs nos próximos 12 meses.
Leia Também
A principal razão, citada por 39%, foi o preço descontado dos fundos (valuation), seguido pelos bons rendimentos dos fundos de papel (32%) e pelos movimentos de fusões e aquisições vistos na indústria (21%).
Entre os motores operacionais, os mais citados foram os reajustes ou elevação dos preços dos aluguéis (38%), a originação de novas operações de crédito (34%) e o aumento da ocupação em FIIs de tijolo, aqueles que investem nos imóveis propriamente ditos (22%).
A pesquisa ressalta que, além das opções disponibilizadas no questionário, fatores como a possibilidade de queda da taxa de juros e/ou recuo da curva de juros foi uma resposta mencionada com frequência pelos gestores.
De fato, o mercado espera que a Selic entre em um ciclo de cortes a partir de 2026. Entretanto, vale frisar que a pesquisa foi respondida no fim de junho, antes do anúncio da tarifa de 50% sobre importações brasileiras pelo presidente norte-americano, Donald Trump, o que pode vir a ser um obstáculo para o Banco Central cortar juros.
- VEJA MAIS: Quer investir melhor? Faça parte do clube de investidores do Seu Dinheiro gratuitamente e saiba tudo o que está rolando no mercado
Pontos de atenção
A pesquisa da Empiricus também pediu para os gestores de fundos imobiliários citarem o que consideram pontos de atenção para os investidores em FIIs monitorarem nos próximos 12 meses.
Empatados como os principais riscos estão o endividamento dos fundos e as mudanças na tributação e regulação dos FIIs, mencionados por 33,3% dos respondentes cada.
O endividamento é um fator que se torna mais arriscado em momentos de juros elevados, como o atual, com a Selic em 15% ao ano. Já a questão regulatória voltou ao radar com a iminente tributação aos rendimentos distribuídos pelos fundos imobiliários, que será votada no Congresso.
Já o risco de inadimplência — mais presente nos fundos de crédito — apareceu na terceira posição, com 17,9% das menções.
Metodologia
A pesquisa com gestores de fundos imobiliários da Empiricus foi realizada entre 23 e 30 de junho. A casa de análise enviou sete questões para 42 gestoras de FIIs e obteve uma taxa de resposta de 50%.
Participaram do levantamento as seguintes gestoras: Alianza Investimentos, Itaú Asset, Rio Bravo Investimentos, Bresco Gestão, JiveMauá, SulAmérica Investimentos, BTG Pactual, Mérito Investimentos, Tellus Investimentos, Canuma Capital, Patria Investimentos, TRX, Guardian Gestora, RB Asset, Valora Investimentos, Hedge Investments, RBR Asset, Vinci Compass, HSI Investimentos, Real Investor e XP Asset.
Embraer (EMBR3) não é a única a sofrer com as tarifas de Trump: as ações mais impactadas pela guerra comercial e o que esperar da bolsa agora
A guerra comercial chegou ao Brasil e promete mexer com os preços e a dinâmica de muitas empresas brasileiras; veja o que dizem os analistas
Um novo segmento para os fundos imobiliários? Com avanço da inteligência artificial, data centers entram na mira dos FIIs — e cotistas podem lucrar com isso
Com a possibilidade de o país se tornar um hub de centros de processamento de dados, esses imóveis deixam de ser apenas “investimentos diferentões”
O pior está por vir? As ações que mais apanham com as tarifas de Trump ao Brasil — e as três sobreviventes no pós-mercado da B3
O Ibovespa futuro passou a cair mais de 2,5% assim que a taxa de 50% foi anunciada pelo presidente norte-americano, enquanto o dólar para agosto renovou máxima, subindo mais de 2%
A bolsa brasileira vai negociar ouro a partir deste mês; entenda como funcionará o novo contrato
A negociação começará em 21 de julho, sob o ticker GLD, e foi projetada para ser mais acessível, inspirada no modelo dos minicontratos de dólar
Ibovespa tropeça em Galípolo e na taxação de Trump ao Brasil e cai 1,31%; dólar sobe a R$ 5,5024
Além da sinalização do presidente do BC de que a Selic deve ficar alta por mais tempo do que o esperado, houve uma piora generalizada no mercado local depois que Trump mirou nos importados brasileiros
FII PATL11 dispara na bolsa e não está sozinho; saiba o que motiva o bom humor dos cotistas com fundos do Patria
Após encher o carrinho com novos ativos, o Patria está apostando na reorganização da casa e dois FIIs entram na mira
O Ibovespa está barato? Este gestor discorda e prevê um 2025 morno; conheça as 6 ações em que ele aposta na bolsa brasileira agora
Ao Seu Dinheiro, o gestor de ações da Neo Investimentos, Matheus Tarzia, revelou as perspectivas para a bolsa brasileira e abriu as principais apostas em ações
A bolsa perdeu o medo de Trump? O que explica o comportamento dos mercados na nova onda de tarifas do republicano
O presidente norte-americano vem anunciando uma série de tarifas contra uma dezena de países e setores, mas as bolsas ao redor do mundo não reagem como em abril, quando entraram em colapso; entenda por que isso está acontecendo agora
Fundo Verde, de Stuhlberger, volta a ter posição em ações do Brasil
Em carta mensal, a gestora revelou ganhos impulsionados por posições em euro, real, criptomoedas e crédito local, enquanto sofreu perdas com petróleo
Ibovespa em disparada: estrangeiros tiveram retorno de 34,5% em 2025, no melhor desempenho desde 2016
Parte relevante da valorização em dólares da bolsa brasileira no primeiro semestre está associada à desvalorização global da moeda norte-americana
Brasil, China e Rússia respondem a Trump; Ibovespa fecha em queda de 1,26% e dólar sobe a R$ 5,4778
Presidente norte-americano voltou a falar nesta segunda-feira (7) e acusou o Brasil de promover uma caça às bruxas; entenda essa história em detalhes
Em meio ao imbróglio com o FII TRBL11, Correios firmam acordo de locação com o Bresco Logística (BRCO11); entenda como fica a operação da agência
Enquanto os Correios ganham um novo endereço, a agência ainda lida com uma queda de braço com o TRBL11, que vem se arrastando desde outubro do ano passado
De volta ao trono: Fundo imobiliário de papel é o mais recomendado de julho para surfar a alta da Selic; confira o ranking
Apesar do fim da alta dos juros já estar entrando no radar do mercado, a Selic a 15% abre espaço para o retorno de um dos maiores FIIs de papel ao pódio da série do Seu Dinheiro
Ataque hacker e criptomoedas: por que boa parte do dinheiro levado no “roubo do século” pode ter se perdido para sempre
Especialistas consultados pelo Seu Dinheiro alertam: há uma boa chance de que a maior parte do dinheiro roubado nunca mais seja recuperada — e tudo por causa do lado obscuro dos ativos digitais
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), lança programa de BDRs na B3; saiba como vai funcionar
Os certificados serão negociados na bolsa brasileira com o ticker EVEB31 e equivalerão a uma ação ordinária da empresa na Bolsa de Nova York
Quem tem medo da taxação? Entenda por que especialistas seguem confiantes com fundos imobiliários mesmo com fim da isenção no radar
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, especialistas da Empiricus Research, da Kinea e da TRX debateram o que esperar para o setor imobiliário se o imposto for aprovado no Congresso
FIIs na mira: as melhores oportunidades em fundos imobiliários para investir no segundo semestre
Durante o evento Onde Investir no Segundo Semestre de 2025, do Seu Dinheiro, especialistas da Empiricus Research, Kinea e TRX revelam ao que o investidor precisa estar atento no setor imobiliário com a Selic a 15% e risco fiscal no radar
Ibovespa sobe 0,24% e bate novo recorde; dólar avança e termina dia cotado em R$ 5,4248
As bolsas norte-americanas não funcionaram nesta sexta-feira (4) por conta de um feriado, mas o exterior seguiu no radar dos investidores por conta das negociações tarifárias de Trump
Smart Fit (SMFT3) falha na série: B3 questiona queda brusca das ações; papéis se recuperam com alta de 1,73%
Na quarta-feira (2), os ativos chegaram a cair 7% e a operadora da bolsa brasileira quis entender os gatilhos para a queda; descubra também o que aconteceu
Ibovespa vale a pena, mas vá com calma: por que o UBS recomenda aumento de posição gradual em ações brasileiras
Banco suíço acredita que a bolsa brasileira tem espaço para mais valorização, mas cita um risco como limitante para alta e adota cautela