Brasil está barato e eleições de 2026 podem ser gatilho para ações, diz Morgan Stanley; veja papéis recomendados
O banco destaca que há uma mudança na relação risco-retorno, com maior probabilidade para o cenário otimista do que para o pessimista

O Brasil está sendo motivo de otimismo para as corretoras do mundo e agora é a vez da Morgan Stanley “biscoitar” o país com uma recomendação overweight, que equivale à compra.
Em relatório divulgado nesta terça-feira (20), o banco destaca que há uma mudança na relação risco-retorno, com maior probabilidade para o cenário otimista do que para o pessimista.
Mas não significa que o Brasil não tenha concorrentes: segundo o banco, o México parece promissor no longo prazo, mas enfrenta desafios no curto prazo.
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“Estamos mais construtivos com as ações latino-americanas, especialmente no caso do Brasil, pois acreditamos que o calendário eleitoral movimentado nos próximos 18 meses abre oportunidade para iniciar uma mudança de política necessária”, afirma o Morgan Stanley.
Brasil barato, mas…
Ainda segundo os analistas, o Brasil está barato, com posicionamento extremo em renda fixa para financiar um déficit orçamentário de 10%, combinado com alocação mínima em ações.
“A questão é que é difícil se animar com as ações brasileiras no atual ciclo tardio, mas o nível de avaliação é atraente, talvez o mais atraente do mundo”.
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Para o banco, é necessário um rebalançamento que possa iniciar um novo ciclo de lucros para o mercado.
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Na visão do Morgan Stanley, o risco fiscal ainda permanece no radar.
“Uma mudança estrutural na política fiscal em toda a região é necessária para reduzir as taxas de juros, desbloqueando um novo ciclo de investimento e potencial expansão múltipla”.
2026 é agora?
No ano que vem, os brasileiros voltam às urnas para escolher o presidente. Últimas pesquisas indicam desgaste do presidente Lula, o que poderia abrir caminho para candidatos mais pró-mercado.
“Embora seja muito cedo para termos uma opinião forte sobre uma mudança na política estrutural para a região, vemos sinais de fraqueza entre as plataformas políticas vigentes, que se baseiam em grandes gastos sociais”.
O Morgan recorda que o índice de aprovação líquida (aprovação menos desaprovação) do presidente em seu atual terceiro mandato está acompanhando o do ex-presidente Bolsonaro no mesmo período.
“Mais importante ainda, olhando para o futuro, o índice de aprovação líquida do presidente Lula (-17%) está substancialmente abaixo da média de aprovação de presidentes em primeiro mandato que foram reeleitos, de +22% (FHC, Lula e Dilma Rousseff)”.
Neste momento, porém, o Morgan diz que ainda estamos a meses da eleição e que, de acordo com as pesquisas mais recentes, a disputa ainda está aberta e o partido atual permanece competitivo tanto nas simulações de primeiro quanto de segundo turno.
“O presidente Lula lidera o primeiro turno nas pesquisas por 10 pontos percentuais, mas parece estar 1 p.p. atrás de potenciais candidatos da oposição em simulações de segundo turno”.
Setores (e ações) para ficar de olho
Setores exportadores, como energia e agricultura, enchem os olhos do Morgan Stanley.
“É aqui que podemos esperar ver a melhor relação risco-recompensa […] O Brasil está começando a se assemelhar ao Texas, com crescimento e força nos setores de energia e agricultura”.
O banco também gosta de serviços financeiros, estatais, petróleo, serviços públicos e concessões.
“Os serviços financeiros oferecem uma das melhores alavancagens operacionais do mercado. Portanto, se o Brasil reequilibrar sua economia, esta será uma forma fundamental de se beneficiar, em nossa opinião”.
Entre os papéis, estão Bradesco (BBDC4), Itaú (ITUB4), Banco do Brasil (BBAS3) e Nubank (portfólio completo logo abaixo).
Outro destaque, a Petrobras (PETR4) segue atrativa para o Morgan, mesmo com a queda do petróleo. Para o banco, a empresa possui uma das melhores relações risco-recompensa tanto no Brasil quanto na América Latina.
“Forte crescimento, dividendos elevados, governança aprimorada e o que consideramos ser o valor da opção no caso de uma mudança de política no Brasil que possa reduzir o risco de intervencionismo”.
Empresa | Ticker | Peso no Portfólio |
---|---|---|
Petrobras | PBR | 16% |
Itaú Unibanco | ITUB4 | 11,50% |
Vale | VALE4 | 9,2% |
Eletrobras | ELET3 | 7,2% |
Banco do Brasil | BBAS3 | 6,7% |
Sabesp | SBSP3 | 5,5% |
JBS | JBSS3 | 5,4% |
B3 | B3SA3 | 4,7% |
BTG Pactual | BPAC11 | 4,4% |
Bradesco | BBD.N | 3,8% |
Embraer | ERJ.N | 3,5% |
Nubank | NU.N | 3% |
PetroRio | PRIO3 | 2,9% |
SLC Agrícola | SLCE3 | 2,5% |
XP Inc. | XP.O | 2,5% |
Motiva | MOTV3 | 2,1% |
Rumo | RAIL3 | 2,1% |
Usiminas | USIM5 | 2% |
Mercado Livre | MELI.O | 2% |
Gerdau | GGBR4 | 2% |
Iguatemi | IGTI11 | 1% |
*Com informações do Money Times
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