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Karin Salomão

Karin Salomão

Jornalista formada pela Universidade de São Paulo (USP), com experiência em economia e negócios. Foi repórter na Exame e editora assistente no UOL Economia. Completou o Curso B3 de Mercado de Capitais para Jornalistas e Formadores de Opinião, em parceria com o Insper. Hoje, é editora assistente de empresas no Seu Dinheiro.

SINAIS CONFUSOS

Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA

Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo

Karin Salomão
Karin Salomão
9 de dezembro de 2025
9:32 - atualizado às 10:21
Wall Street, mercado norte-americano, EUA, bolsas
Imagem: Robb Miller/Unsplash

Os Estados Unidos são detentores de diversos títulos superlativos, e é por isso que participantes do mercado olham atentamente cada dado da economia norte-americana, decisão do Fed, banco central do país, e movimentações nas bolsas por lá.  No momento, porém, os sinais não parecem estar em uma única direção.

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De um lado, as MagSeven, as sete principais empresas de tecnologia, estão em alta. São elas: Apple (AAPL), Microsoft (MSFT), Alphabet (GOOGL, controladora do Google), Amazon (AMZN), Meta (META, controladora do Facebook, Instagram e Whatsapp), Nvidia (NVDA) e Tesla (TSLA). O ETF MAGS, fundo de índice que as acompanha, subiu 19,97% em 2025 e 38,90% nos últimos doze meses.

Na esteira dessa valorização, o S&P 500, índice que concentra as 500 maiores companhias, subiu 13,09% no último ano. Isso porque as 10 maiores empresas do índice, que inclui as MagSeven, correspondem a quase 40% de seu valor total.

VEJA TAMBÉM: TRIBUTAÇÃO DE DIVIDENDOS à vista: Empresas aceleram pagamento de proventos assista o novo episódio do Touros e Ursos no Youtube 

E, se investidores estão indo atrás de ativos de maior risco, também estão correndo para o ouro, ativo de segurança. A onça-troy vale mais de US$ 4,2 mil, valorização de 60% no último ano, segundo o contrato futuro da commodity.

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No entanto, o dólar, historicamente visto como moeda segura, está em queda. O índice DYX, índice que compara o valor da divisa norte-americana em relação a uma cesta de moedas estrangeiras fortes, caiu 6,7% em doze meses.

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Afinal, o que está acontecendo? Há uma busca por ativos mais seguros ou pelos mais arriscados?

Na verdade, são dois movimentos distintos. Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities — ou seja, em ações nas bolsas — de outros ativos, como dólar e ouro.

A alta das MagSeven vem, principalmente, de suas apostas em inteligência artificial. "Vemos o mercado tomando risco. Há uma grande liquidez no mundo, e investidores estão pagando prêmios no valuation de empresas que estão prometendo criar valor com IA", diz Erminio Lucci, CEO da BGC Liquidez, uma das maiores corretoras independentes de investimentos no segmento institucional do Brasil.

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Já a queda do dólar e a busca pelo ouro têm relação com a percepção do mercado sobre o governo de Donald Trump e a possibilidade de corte dos juros pelo Fed, banco central norte-americano.

Como a percepção sobre os EUA mudou

Por conta da guerra da Rússia contra a Ucrânia, o governo norte-americano proibiu qualquer transação com o Banco Central Russo, além de ter aumentado as sanções contra o país. Ao isolar a Rússia do sistema monetário internacional, os EUA levantaram um alerta entre vários países, que aumentaram suas reservas em ouro para depender menos do dólar.

"Foi uma indicação para os europeus de que as relações estavam mudando e que a Europa precisava cuidar mais de si mesma", diz Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, casa com mais de US$ 1,5 trilhão em ativos sob gestão no mundo, R$ 43 bilhões apenas no Brasil. Confira a entrevista completa aqui.

Já com Trump no poder, o tarifaço também acendeu abalou as relações dos EUA com outros países, que intensificaram a percepção sobre a necessidade de diversificar os parceiros comerciais e diminuir a dependência do gigante norte-americano.

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Além disso, o Tesouro americano deixou de ser um investimento livre de riscos. Em maio, a Moody's rebaixou a nota de crédito da maior economia do mundo, que perdeu seu triple A. Antes da Moody’s, as agências S&P Global Ratings e a Fitch já haviam feito esse movimento. 

Por esses motivos, bancos centrais em todo o mundo passaram a trocar parte de suas reservas em dólar por ouro. Seguindo essa tendência, vieram investidores, fundos e outras instituições. "Por motivações políticas, escolheram ter menos exposição aos Estados Unidos. É o que, em grande parte, explica a alta do ouro e uma das maiores desvalorizações do dólar dos últimos anos", diz Popovich.

O catalisador para a bolsa brasileira

Com a perspectiva de queda dos juros nos EUA, investidores buscam os mercados emergentes. É o caso do Chile, Peru, Colômbia, Sudeste Asiático, África do Sul e até Brasil. "O preço da bolsa brasileira já estava atrativo, mas faltava um catalisador. A desvalorização do dólar pode ser sim um gatilho para a bolsa brasileira", afirma o gestor da Franklin Templeton.

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A valorização de quase 30% do Ibovespa esse ano foi em grande parte patrocinada pela chegada de investidores estrangeiros. Essa também é a avaliação da gestora da Fator Administração de Recursos, Isabel Lemos, em entrevista ao Seu Dinheiro — veja o programa Touros e Ursos aqui.

Porém, não se sabe até quando os juros nos EUA irão cair. A maior parte dos analistas acredita em um corte de 25 pontos-base na taxa na reunião deste mês, mas há pouca visibilidade sobre o que deve acontecer em seguida.

Outra variável de incerteza é a sucessão na presidência do Fed, diz Lucci. O mandato de Jerome Powell termina em maio do ano que vem, e o presidente Trump já deu indicações de que irá escolher alguém mais alinhado às suas políticas pela queda dos juros.

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A ascensão meteórica das empresas ligadas à Inteligência Artificial

No meio desse cenário de instabilidade, as bolsas estão eufóricas impulsionadas pela alta das companhias de tecnologia. E não é para menos: "Com a IA, o ganho para a produtividade da economia como um todo tem um potencial disruptivo. É uma nova revolução industrial, muda a forma como trabalhamos e vivemos", diz Popovich.

Atualmente, cerca de 40% do valor de mercado do S&P 500 é diretamente influenciado por fatores relacionados ao uso de inteligência artificial, como investimentos, construção de infraestrutura e ganhos de produtividade, diz relatório do JP Morgan sobre suas visões para o ano que vem. Isso leva a um receio sobre uma possível bolha nesses papéis.

No entanto, especialistas afirmam que o cenário hoje é bastante diferente do de 25 anos atrás. Entre as diferenças, estão o modelo de financiamento desse crescimento, a relevância desses gastos no PIB norte-americano e a robustez das companhias que estão bombando.

Por enquanto, elas ainda estão investindo pesadamente na tecnologia e na estrutura para sustentá-la. As líderes devem investir o equivalente a 25% de todo o capex do mercado norte-americano no ano que vem, enquanto no passado o crédito barato ou IPOs inflaram as altas. "Mas gera uma dúvida importante: se esse montante aumentar, de onde virão esses recursos?", pergunta Popovich. "As empresas precisarão emitir dívida para financiar sua expansão?"

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Apesar disso, o investimento em IA está atualmente em torno de 1% do PIB. Em ciclos anteriores de investimento em tecnologias de propósito geral (por exemplo, eletricidade, ferrovias, comunicações), o investimento atingiu um pico de 2% a 5% do PIB.

Esse nível de gasto pode pressionar a inflação, inclusive por meio de custos mais altos de energia no curto prazo, acredita a Blackrock, maior gestora de ativos do mundo, em relatório sobre suas expectativas para 2026. Com o tempo, ganhos de eficiência tendem a compensar parte desse aumento inicial na demanda por energia, acredita.

Outro ponto relevante é que essas empresas já são grandes, gerando caixa e com produtos conhecidos, que usamos todos os dias.

"O valuation está caro? Sim, mas isso não significa que é uma bolha”, diz Lucci, da BGC Liquidez. “O maior risco, para nós, é não ter exposição a essa tecnologia transformadora”, diz o JP Morgan em relatório.

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