Rumo ao crédito mais barato e aluguel sem fiador: Tesouro Direto lança o TD Garantia, plataforma que permite ao investidor usar títulos públicos como garantia de contratos
Primeiro produto que permite usar títulos públicos dessa maneira é garantia locatícia da plataforma imobiliária Loft, que substitui caução, fiador e seguro-fiança

O Tesouro Direto lançou nesta segunda-feira (25), em parceria com a B3 e o Banco Central, uma iniciativa na direção de baratear o crédito no país e facilitar a vida de proprietários e inquilinos de imóveis.
Trata-se do TD Garantia, uma plataforma que permitirá aos investidores do Tesouro Direto colocarem seus títulos públicos como garantia de financiamentos e contratos de locação imobiliária.
O novo ecossistema permitirá o registro desses títulos junto aos contratos que eles garantem, gerando um certificado que pode ser consultado no site do Banco Central por qualquer interessado.
Isso atesta que os títulos usados como garantia fiquem atrelados a determinado financiamento ou aluguel e só possam ser resgatados nas condições estipuladas em contrato.
Esse sistema já existia para os títulos públicos negociados em mercado secundário, e agora estará disponível também para a pessoa física cadastrada no Tesouro Direto.
Será possível tanto adquirir novos títulos públicos quanto colocar em garantia os papéis que o investidor porventura já tenha na carteira.
Leia Também
Eles poderão garantir contratos de locação de imóveis (no lugar de outras garantias, como fiador, seguro-fiança ou depósito-caução) e também de empréstimo e financiamento junto a instituições financeiras ou outras pessoas físicas, de forma a tornar essas negociações mais seguras para o locador/credor, que poderá executar a garantia em caso de inadimplência.
Lembrando que os títulos públicos são garantidos pelo governo federal, sendo os investimentos de menor risco de crédito da economia brasileira.
Por outro lado, se o contrato for honrado pelo locatário/mutuário, ele recebe seus títulos de volta.
A iniciativa faz parte da agenda de reformas microeconômicas do governo federal, que tem, entre seus objetivos, baratear o custo do crédito e reduzir a burocracia.
Na agenda do Tesouro Nacional, tal projeto faz parte da lista de iniciativas para tornar o Tesouro Direto uma ferramenta de educação financeira que chegue também às camadas mais baixas da população.
“O lançamento do TD Garantia casa muito bem com esse objetivo, para que a jornada do investidor seja a mais completa possível dentro da plataforma”, disse Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, ao relembrar que, além de usar títulos como garantia, a pessoa física também conta com títulos voltados especificamente para sua aposentadoria e a educação dos seus filhos.
- VEJA MAIS: carteira que rendeu 470% acima do Ifix aponta 5 fundos imobiliários para buscar superar o índice
A expectativa do Tesouro é de que a segurança da garantia em títulos públicos facilite a vida de inquilinos de imóveis e possibilite linhas de crédito com juros mais baixos, uma vez que hoje, mesmo nas operações que contam com garantias, sua execução pode ser custosa em caso de inadimplência, inclusive com questionamentos na Justiça.
De acordo com Paulo Marques, coordenador geral do Tesouro Direto, até hoje não houve problemas na execução de garantias de títulos públicos no mercado secundário, onde o sistema já vem funcionando, e a expectativa é de que o mesmo ocorra com o TD Garantia.
“No Brasil, a recuperação de ativos é problemática, e isso [o TD Garantia] pode fazer muita diferença no custo do crédito”, disse Rogério Ceron, durante a cerimônia de lançamento do TD Garantia.
Garantia Investe: primeiro produto é garantia locatícia oferecida pela Loft, em parceria com a Warren
A utilização do TD Garantia depende de empresas e instituições financeiras criarem produtos que utilizem a plataforma do Tesouro Direto.
Podem ser, por exemplo, linhas de empréstimo e financiamento ou produtos de garantia locatícia, como é o caso do primeiro lançamento, feito também nesta segunda-feira, junto com o TD Garantia.
Trata-se do Garantia Investe, fruto de uma parceria entre a Loft, plataforma online de aluguel, compra e venda de imóveis, e a corretora Warren, além, é claro, de B3 e Tesouro Direto.
O Garantia Investe permite ao inquilino cliente da Loft adquirir títulos Tesouro Selic para colocá-los em garantia do contrato de aluguel fechado pela plataforma imobiliária, podendo resgatá-los no fim do contrato ou na rescisão antecipada.
Para comprar esses títulos, o inquilino precisa ter conta na corretora Warren, parceira da Loft neste produto, a fim de acessar o Tesouro Direto.
- Planilha gratuita do Seu Dinheiro simula quanto investir por mês para ‘pendurar as chuteiras’ com tranquilidade e um bom salário; cadastre-se para receber
Futuramente, os inquilinos que já tiverem títulos públicos em carteira e quiserem utilizá-los como garantia do seu aluguel poderão fazer portabilidade desses papéis para a Warren, na modalidade Garantia Investe, sem necessidade de fazer novos aportes.
O valor a ser aportado é definido pelo proprietário, que definirá a quantos meses de aluguel deve corresponder sua garantia. O contrato de locação, por sua vez, define a situação em que esses papéis poderão ser resgatados.
Segundo a Loft, duas imobiliárias já adotaram o Garantia Investe e já há contratos ativos garantidos pelo novo produto.
Não são só as LCIs e LCAs! CRI, CRA e debêntures incentivadas também devem perder isenção; demais investimentos terão alíquota única
Pacote de medidas para substituir o aumento do IOF propõe tributação de 5% em todos os títulos de renda fixa hoje isentos, além de alíquota única de 17,5% nas demais aplicações
Ainda vale a pena investir em LCI e LCA com o imposto de 5% proposto por Haddad? Fizemos as contas
Taxação mexe com um dos investimentos preferidos do investidor pessoa física; LCI e LCA hoje são isentas de imposto de renda
Neon lança CDB que rende até 150% do CDI, de olho em novos clientes; veja como investir
Os Certificados de Depósito Bancário tem aporte mínimo de R$ 100; promoção será válida por dois meses
Petrobras (PETR4) está considerando emitir R$ 3 bilhões em debêntures incentivadas, isentas de imposto de renda
Oferta da estatal seguiria outra oferta bilionária de dívida anunciada na semana passada, a da Vale
Vale (VALE3) anuncia emissão de R$ 6 bilhões em debêntures isentas de imposto de renda com retorno inferior ao dos títulos públicos
Com isenção, porém, papel deve se manter atrativo em relação aos títulos Tesouro IPCA+; oferta será restrita a investidores profissionais
CMN reduz prazo de carência de LCIs e LCAs de nove para seis meses, mas fecha um pouco mais o cerco a CRIs, CRAs e CDCAs
Órgão afrouxa restrição imposta em fevereiro de 2024 a LCIs e LCAs, mas aperta um pouco mais as regras para outros títulos isentos de imposto de renda
Vencimento de Tesouro IPCA+ paga R$ 153 bilhões nesta semana; quanto rende essa bolada se for reinvestida?
O Seu Dinheiro simulou o retorno do reinvestimento em novos títulos Tesouro IPCA+ e em outros papéis de renda fixa; confira
Retorno recorde nos títulos IPCA+ de um lado, spreads baixos e RJs do outro: o que é de fato risco e oportunidade na renda fixa privada hoje?
Em carta a investidores, gestora de renda fixa Sparta elenca os pontos positivos e negativos do mercado de crédito privado hoje
Retorno da renda fixa chegou ao topo? Quanto rendem R$ 100 mil na poupança, em Tesouro Selic, CDB e LCI com a Selic em 14,75%
Copom aumentou a taxa básica em mais 0,50 ponto percentual nesta quarta (7), elevando ainda mais o retorno das aplicações pós-fixadas; mas ajuste pode ser o último do ciclo de alta
Onde investir na renda fixa em maio: Tesouro IPCA+ e CRA da BRF são destaques; indicações incluem LCA e debêntures incentivadas
Veja o que BB Investimentos, BTG Pactual, Itaú BBA e XP Investimentos recomendam comprar na renda fixa em maio, especialmente entre os ativos isentos de IR
Selic em alta atrai investidor estrangeiro para a renda fixa do Brasil, apesar do risco fiscal
Analistas também veem espaço para algum ganho — ou perdas limitadas — em dólar para o investidor estrangeiro que aportar no Brasil
Criptoativos de renda fixa: tokens de crédito privado oferecem retorno de até CDI+4% ao ano; é seguro investir?
Empresas aproveitam o apetite do investidor por renda fixa e aumentam a oferta de criptoativos de dívida, registrados na blockchain; entenda os benefícios e os riscos desses novos investimentos
Tesouro Direto pagará R$ 153 bilhões aos investidores em maio; veja data de pagamento e qual título dá direito aos ganhos
O valor corresponde ao vencimento de 33,5 milhões de NTN-Bs, que remuneram com uma taxa prefixada acrescida da variação da inflação
CDBs do Banco Master que pagam até 140% do CDI valem o investimento no curto prazo? Títulos seguem “baratos” no mercado secundário
Investidores seguem tentando desovar seus papéis nas plataformas de corretoras como XP e BTG, mas analistas não veem com bons olhos o risco que os títulos representam
As empresas não querem mais saber da bolsa? Puxada por debêntures, renda fixa domina o mercado com apetite por títulos isentos de IR
Com Selic elevada e incertezas no horizonte, emissões de ações vão de mal a pior, e companhias preferem captar recursos via dívida — no Brasil e no exterior; CRIs e CRAs, no entanto, veem emissões caírem
Não foi só o Banco Master: entre os CDBs mais rentáveis de março, prefixado do Santander paga 15,72%, e banco chinês oferece 9,4% + IPCA
Levantamento da Quantum Finance traz as emissões com taxas acima da média do mercado; no mês passado, estoque de CDBs no país chegou a R$ 2,57 trilhões, alta de 14,3% na base anual
Renda fixa para abril chega a pagar acima de 9% + IPCA, sem IR; recomendações já incluem prefixados, de olho em juros mais comportados
O Seu Dinheiro compilou as carteiras do BB, Itaú BBA, BTG e XP, que recomendaram os melhores papéis para investir no mês
CDBs do Banco Master pagam até 160% do CDI no mercado secundário após investidores desovarem papéis com desconto
Negócio do Master com BRB jogou luz nos problemas de liquidez do banco, o que levou os investidores a optarem por resgate antecipado, com descontos de até 20%; taxas no secundário tiram atratividade dos novos títulos emitidos pelo banco, a taxas mais baixas
O ativo que Luis Stuhlberger gosta em meio às tensões globais e à perda de popularidade de Lula — e que está mais barato que a bolsa
Para o gestor do fundo Verde, Brasil não aguenta mais quatro anos de PT sem haver uma “argentinização”
Banco Master diminui taxas de CDBs em meio à possível compra pelo BRB; veja como ficam as remunerações agora
O grupo Master já soma R$ 52 bilhões em CDBs investidos, mas o Banco de Brasília assumiria apenas uma parte desse passivo — que agora pode aumentar ainda mais