O Brasil voltou mesmo? Tese de Lula passará por teste de fogo em Davos
Realizado anualmente na cidade suíça de Davos, o Fórum Econômico Mundial reúne líderes políticos e empresariais esta semana

Uma das principais bandeiras do primeiro ano de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi a reintegração do Brasil no mapa político internacional, após um mergulho no ostracismo durante a gestão de Jair Bolsonaro. E o primeiro teste relevante da tese de que o "Brasil voltou" acontecerá nesta semana em Davos, durante o Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial.
A cidade nos Alpes suíços, como ocorre há mais de meio século, vai hospedar cerca de 3 mil delegados de 125 países, entre eles, dezenas de chefes de Estado e presidentes das principais empresas do mundo, como Bill Gates, da Microsoft, e Sam Altman, da OpenAI.
Apesar das reiteradas críticas de ser um "convescote dos ricos" e estar em decadência, o evento em Davos ainda é, de longe, o mais importante encontro multitemático da agenda global.
Na lista de participantes, há políticos de contrastantes tons ideológicos, entre eles Javier Milei, presidente recém-eleito da Argentina, e o presidente da Colômbia, Gustavo Petro.
Líderes de países em guerra, como Volodmir Zelenski, presidente da Ucrânia, e Isaac Herzog, de Israel, não renunciaram à oportunidade de estar em Davos.
Representantes dos principais bancos, empresas e consultorias, acadêmicos e até alguns artistas sempre circulam pelas ruas cobertas de neve.
Leia Também
Rodolfo Amstalden: Falta pouco agora
A visão do mundo sobre Lula 3
Nas 386 palestras e debates que ocorrerão até sexta-feira, será possível medir a temperatura de como a comunidade internacional está avaliando os rumos do Brasil desde o início do governo Lula 3.
Os esforços para reposicionar o País como um importante player político global já estariam gerando resultados concretos, garante o governo.
Mas a desconfiança gerada pelos afagos do Brasil à Rússia de Vladimir Putin e ao ditador Nicolás Maduro, da Venezuela, atrapalharam muito essa estratégia. Sem falar do recente apoio de Brasília à acusação sul-africana de genocídio contra Israel por causa do conflito em Gaza.
- ONDE INVESTIR EM 2024: Descubra o que esperar do cenário econômico brasileiro e internacional e quais são os melhores investimentos para a sua carteira, em diferentes classes de ativos. Clique aqui.
Lula não irá a Davos
Lula, que em 2003 foi a principal estrela de Davos, se manteve distante neste terceiro mandato.
Entre os integrantes da delegação oficial brasileira, estão o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso; as ministras do Meio Ambiente, Marina Silva; da Saúde, Nízia Trindade; o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira; e o chefe da assessoria especial da Presidência, Celso Amorim.
No lado econômico e financeiro, chama atenção a ausência de nomes do primeiro escalão do governo brasileiro. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, esteve em Davos em 2023, mas cancelou sua ida neste ano.
Caberá aos representantes de bancos, como o presidente do conselho de administração do Bradesco, Luiz Carlos Trabuco Cappi, o CEO do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, e André Esteves, presidente do BTG Pactual, a tarefa de avaliar o grau de confiança com a economia brasileira, após a aprovação da reforma tributária e inflação na meta e diante das crescentes dúvidas com a performance fiscal.
Mesmo para a ministra Marina Silva, a missão de vender a imagem de um Brasil líder na defesa da preservação ambiental poderá ser questionada, pois o próprio presidente Lula e lideranças do governo têm dados sinais públicos contraditórios sobre esses compromissos.
O ministro Barroso terá de discorrer sobre os crescentes temores de politização do STF.
Davos costuma ter pautas ambiciosas
Tradicionalmente, os organizadores de Davos estabelecem pautas globais ambiciosas para os seus encontros. Neste ano, elas estão relacionadas à busca de maior diálogo em um "momento de complexidade geopolítica", disse o presidente do fórum, Borge Brende.
"Reconstruir a confiança dentro e entre as sociedades pode lançar as fundações da cooperação necessária para moldar um futuro mais sustentável, inclusivo e resiliente", disse.
A inteligência artificial será tema de dezenas de seminários e promete ser um dos principais destaques do evento.
Para Gabriel Galípolo, inflação, defasagens e incerteza garantem alta da Selic na próxima semana
Durante a coletiva sobre o Relatório de Estabilidade Financeira (REF) do segundo semestre de 2024, o presidente do Banco Central reafirmou o ciclo de aperto monetário e explicou o raciocínio por trás da estratégia
Quando o plano é não ter plano: Ibovespa parte dos 135 mil pontos pela primeira vez em 2025 em dia de novos dados sobre mercado de trabalho dos EUA
Investidores também se preparam para o relatório de produção e vendas da Petrobras e monitoram entrevista coletiva de Galípolo
Planos pré-feriado: Ibovespa se prepara para semana mais curta, mas cheia de indicadores e balanços
Dados sobre o mercado de trabalho no Brasil e nos EUA, balanços e 100 dias de Trump são os destaques da semana
Agenda econômica: Balanços, PIB, inflação e emprego estão no radar em semana cheia no Brasil e no exterior
Semana traz IGP-M, payroll, PIB norte-americano e Zona do Euro, além dos últimos balanços antes das decisões de juros no Brasil e nos Estados Unidos de maio
Agenda intensa: semana tem balanços de gigantes, indicadores quentes e feriado
Agenda da semana tem Gerdau, Santander e outras gigantes abrindo temporada de balanços e dados do IGP-M no Brasil e do PIB nos EUA
Primeiro ETF de XRP do mundo estreia na B3 — marco reforça protagonismo do Brasil no mercado de criptomoedas
Projeto da Hashdex com administração da Genial Investimentos estreia nesta sexta-feira (25) na bolsa de valores brasileira
Vale (VALE3) sem dividendos extraordinários e de olho na China: o que pode acontecer com a mineradora agora; ações caem 2%
Executivos da companhia, incluindo o CEO Gustavo Pimenta, explicam o resultado financeiro do primeiro trimestre e alertam sobre os riscos da guerra comercial entre China e EUA nos negócios da empresa
Fernando Collor torna-se o terceiro ex-presidente brasileiro a ser preso — mas o motivo não tem nada a ver com o que levou ao seu impeachment
Apesar de Collor ter entrado para a história com a sua saída da presidência nos anos 90, a prisão está relacionada a um outro julgamento histórico no Brasil, que também colocou outros dois ex-presidentes atrás das grades
Deixa a bolsa me levar: Ibovespa volta a flertar com máxima histórica em dia de IPCA-15 e repercussão de balanço da Vale
Apesar das incertezas da guerra comercial de Donald Trump, Ibovespa está a cerca de 2% de seu recorde nominal
Dona do Google vai pagar mais dividendos e recomprar US$ 70 bilhões em ações após superar projeção de receita e lucro no trimestre
A reação dos investidores aos números da Alphabet foi imediata: as ações chegaram a subir mais de 4% no after market em Nova York nesta quinta-feira (24)
Subir é o melhor remédio: ação da Hypera (HYPE3) dispara 12% e lidera o Ibovespa mesmo após prejuízo
Entenda a razão para o desempenho negativo da companhia entre janeiro e março não ter assustado os investidores e saiba se é o momento de colocar os papéis na carteira ou se desfazer deles
A culpa é da Gucci? Grupo Kering entrega queda de resultados após baixa de 25% na receita da principal marca
Crise generalizada do mercado de luxo afeta conglomerado francês; desaceleração já era esperada pelo CEO, François Pinault
Tudo tem um preço: Ibovespa tenta manter o bom momento, mas resposta da China aos EUA pode atrapalhar
China nega que esteja negociando tarifas com os Estados Unidos e mercados internacionais patinam
Ação da Neoenergia (NEOE3) sobe 5,5% após acordo com fundo canadense e chega ao maior valor em cinco anos. Comprar ou vender agora?
Bancos que avaliaram o negócio não tem uma posição unânime sobre o efeito da venda no caixa da empresa, mas são unânimes sobre a recomendação para o papel
Bolsa nas alturas: Ibovespa sobe 1,34% colado na disparada de Wall Street; dólar cai a R$ 5,7190 na mínima do dia
A boa notícia que apoiou a alta dos mercados tanto aqui como lá fora veio da Casa Branca e também ajudou as big techs nesta quarta-feira (23)
Agora 2025 começou: Ibovespa se prepara para seguir nos embalos da festa do estica e puxa de Trump — enquanto ele não muda de ideia
Bolsas internacionais amanheceram em alta nesta quarta-feira diante dos recuos de Trump em relação à guerra comercial e ao destino de Powell
Solana (SOL) no Itaú: banco expande sua oferta de criptomoedas e adiciona 3 novos tokens no app
Além do bitcoin (BTC) e do ethereum (ETH), disponíveis desde 2024, Itaú adiciona XRP, solana (SOL) e USDC ao seu catálogo de investimentos
Ibovespa pega carona nos fortes ganhos da bolsa de Nova York e sobe 0,63%; dólar cai a R$ 5,7284
Sinalização do governo Trump de que a guerra tarifária entre EUA e China pode estar perto de uma trégua ajudou na retomada do apetite por ativos mais arriscados
Banco Central acionou juros para defender o real — Galípolo detalha estratégia monetária brasileira em meio à guerra comercial global
Em audiência na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, Gabriel Galípolo detalhou a estratégia monetária do Banco Central e sua visão sobre os rumos da guerra comercial
Orgulho e preconceito na bolsa: Ibovespa volta do feriado após sangria em Wall Street com pressão de Trump sobre Powell
Investidores temem que ações de Trump resultem e interferência no trabalho do Fed, o banco central norte-americano