Dividendos extraordinários da Petrobras (PETR4): acionistas batem o martelo para o pagamento de R$ 21,9 bilhões
O pagamento dos outros 50% ainda este ano também foi aprovada, segundo o Broadcast e a CNN Brasil, mas a decisão sobre a data exata deve sair até 31 de dezembro
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia dado luz verde para a Petrobras (PETR4) avançar no pagamento de 50% dos dividendos extraordinários retidos no início de março e, nesta quinta-feira (25), foi a vez de os acionistas da petroleira aprovarem a proposta da União por maioria.
Com isso, a Petrobras deve distribuir metade dos R$ 43,9 bilhões — equivalente a R$ 21,9 bilhões — que tinham sido encaminhados para a reserva de remuneração.
Os acionistas também aprovaram o pagamento da metade restante desse montante da reserva ao longo de 2024, com decisão a ser tomada até 31 de dezembro.
Segundo o representante da União na Assembleia Geral Ordinária de Acionistas da Petrobras (AGO), Ivo Timbó, o pagamento será feito em duas parcelas:
- Primeira parcela: 20 de maio de 2024
- Segunda parcela: 20 de junho de 2024
Dessa forma, os pagamentos extraordinários acontecerão nas mesmas datas dos dividendos ordinários relativos ao quarto trimestre de 2023.
Cabe agora à administração da Petrobras a decisão sobre o formato de pagamento, por meio de dividendos ou por juros sobre capital próprio (JCP) — deve ser escolhida a que melhor se encaixar ao interesse tributário da estatal.
Leia Também
Logo após o anúncio da distribuição dos 50% dos proventos retidos, as ações da Petrobras entraram em leilão na B3. Por volta de 15h20, as ações PETR3 (ON) subiam 1,90%, cotadas a R$ 44,08, enquanto PETR4 (PN) avançava 1,89%, a R$ 42,01. Acompanhe nossa cobertura ao vivo dos mercados.
A Petrobras informou ainda que a remuneração total aos acionistas referente ao exercício de 2023 somou R$ 94,35 bilhões, incluindo os R$ 21,9 bilhões em dividendos extraordinários, segundo a aprovação em assembleia de hoje.
Uma verdade dura sobre a ação da Petrobras (PETR4)
A queda de braço dos dividendos da Petrobras
A decisão de finalmente liberar o pagamento dos 50% dos dividendos extraordinários da Petrobras agora acontece depois de uma queda de braço entre o governo e os acionistas da companhia.
A estatal teve o segundo maior lucro da história no ano passado, alcançando R$ 124,6 bilhões, o que permitiria o pagamento de dividendos da ordem de R$ 43,9 bilhões caso 100% do montante fosse pago — o que colocou integrantes do conselho indicados pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, e o presidente da estatal, Jean Paul Prates, em lados opostos.
Mas, na última sexta-feira (19), o conselho sinalizou que a estatal pretendia distribuir os 50% desses proventos por entender que não comprometeria a sustentabilidade financeira da empresa — só que a proposta ainda precisava ser votada na reunião de hoje.
Na reunião anterior à de sexta-feira, os representantes de governo se opuseram à medida e defenderam por 6 a 4 a retenção dos dividendos extraordinários.
A aprovação de hoje ocorreu também em meio a um processo de fritura do presidente da Petrobras. Lula, no entanto, decidiu manter Prates no comando da petroleira e o governo acabou acatando a proposta da diretoria.
- O que acontece na gestão da Petrobras, Eletrobras e Caixa? Convidamos 3 ex-CEOs e CFOs para contar tudo que viveram nos “bastidores” das estatais em um evento inédito. Saiba mais e retire seu ingresso gratuito aqui.
Outras aprovações do dia
Além do pagamento dos dividendos extraordinários, os acionistas da Petrobras também deram luz verde, também por maioria, para um Conselho de Administração composto por 11 membros.
Além disso, as contas e o relatório de administração sobre o exercício de 2023 foram aprovados por 81,08% dos votos, contra 0,18% de votos contrários e 18,7% de abstenções.
Conjuntamente foram aprovadas ainda as demonstrações financeiras da Petrobras, acompanhadas do relatório dos auditores independentes e do parecer do Conselho Fiscal referente ao mesmo período.
Mais um presente aos acionistas: Axia Energia (AXIA6) vai distribuir R$ 30 bilhões em bonificação com nova classe de ações
A distribuição ocorrerá com a criação de uma nova classe de ações preferenciais, a classe C (PNC). Os papéis serão entregues a todos os acionistas da Axia, na proporção de sua participação no capital social
Do campo de batalha ao chão da sala: a empresa de robôs militares que virou aspirador de pó — e acabou pedindo falência
Criadora dos robôs Roomba entra em recuperação judicial e será comprada por sua principal fabricante após anos de prejuízos
É para esvaziar o carrinho: o que levou o JP Morgan rebaixar o Grupo Mateus (GMAT3); ações caem mais de 2%
Embora haja potencial para melhorias operacionais, o banco alerta que o ruído de governança deve manter a ação da varejista fora do radar de muitos investidores
Sabesp (SBSP3), C&A (CEAB3), Hypera (HYPE3), Sanepar (SAPR11), Alupar (ALUP11), Ourofino (OFSA3) e outras 3 empresas anunciam R$ 2,5 bilhões em dividendos e JCP
Quem lidera a distribuição polpuda é a Sabesp, com R$ 1,79 bilhão em JCP; veja todos os prazos e condições para receber os proventos
Com dívidas bilionárias, Tesouro entra como ‘fiador’ e libera empréstimo de até R$ 12 bilhões aos Correios
Operação terá juros de 115% do CDI, carência de três anos e prazo de 15 anos; uso dos recursos será limitado em 2025 e depende de plano de reequilíbrio aprovado pelo governo
Banco Inter (INBR32) vai a mercado e reforça capital com letras financeiras de R$ 500 milhões
A emissão das “debêntures dos bancos” foi feita por meio de letras financeiras Tier I e Tier II e deve elevar o índice de Basileia do Inter; entenda como funciona a operação
Sob ameaça de banimento, TikTok é vendido nos EUA em um acordo cheio de pontos de interrogação
Após anos de pressão política, TikTok redefine controle nos EUA, com a Oracle entre os principais investidores e incertezas sobre a separação da ByteDance
O “presente de Natal” do Itaú (ITUB4): banco distribui ações aos investidores e garante dividendos turbinados
Enquanto os dividendos extraordinários não chegam, o Itaú reforçou a remuneração recorrente dos investidores com a operação; entenda
Petrobras (PETR4) e Braskem (BRKM5) fecham contratos de longo prazo de quase US$ 18 bilhões
Os contratos são de fornecimento de diferentes matérias primas para várias plantas da Braskem pelo país, como nafta, etano, propano e hidrogênio
Bradesco (BBDC4), Cemig (CMIG4), PetroRecôncavo (RECV3), Cogna (COGN3) e Tenda (TEND3) pagam R$ 5 bilhões em proventos; Itaú (ITUB4) anuncia bônus em ações
A maior fatia dessa distribuição farta ficou com o Bradesco, com R$ 3,9 bilhões, enquanto o Itaú bonifica acionistas em 3%; confira todos os prazos e condições para receber
CVM reabre caso da Alliança e mira fundo de Nelson Tanure e gestora ligada ao Banco Master 2 anos depois de OPA
O processo sancionador foi aberto mais de dois anos após a OPA que consolidou o controle da antiga Alliar, na esteira de uma longa investigação pela autarquia; entenda
Dona do Google recebe uma forcinha de Zuckerberg na ofensiva para destronar a Nvidia no mercado de IA
Com o TorchTPU, a Alphabet tenta remover barreiras técnicas e ampliar a adoção de suas TPUs em um setor dominado pela gigante dos chips
Casas Bahia (BHIA3) aprova plano que estica dívidas até 2050 e flexibiliza aumento de capital; ações sobem mais de 2%
Plano aprovado por acionistas e credores empurra vencimentos, reduz pressão de caixa e amplia a autonomia do conselho
Brava Energia (BRAV3) salta mais de 10% após rumores de venda de poços e com previsão de aumento nos investimentos em 2026
Apesar de a empresa ter negado a venda de ativos para a Eneva (ENEV3), o BTG Pactual avalia que ainda há espaço para movimentações no portfólio
Agora é lei: cardápios de papel serão obrigatórios em bares e restaurantes de São Paulo, dando adeus à hegemonia dos ‘QR Codes’
Cardápios digitais, popularizados durante a pandemia, permaneceram quase que de forma exclusiva em muitos estabelecimentos – mas realidade pode mudar com projeto de lei aprovado pela Alesp
Presente de Natal da Prio (PRIO3)? Empresa anuncia novo programa de recompra de até 86,9 milhões de ações; confira os detalhes
O conselho da Prio também aprovou o cancelamento de 26.890.385 ações ordinárias mantidas em tesouraria, sem redução do capital social
Exclusivo: Oncoclínicas (ONCO3) busca novo CEO e quer reestruturar todo o alto escalão após a crise financeira, diz fonte
Após erros estratégicos e trimestres de sufoco financeiro, a rede de oncologia estuda sucessão de Bruno Ferrari no comando e busca novos executivos para a diretoria
Copasa (CSMG3): lei para a privatização da companhia de saneamento é aprovada pelo legislativo de Minas Gerais
O texto permite que o estado deixe de ser o controlador da companhia, mas mantenha uma golden share, com poder de veto em decisões estratégicas
B de bilhão: BB Seguridade (BBSE3) anuncia quase R$ 9 bi em dividendos; Cemig (CMIG4) também libera proventos
Empresas anunciam distribuição farta aos acionistas e garantem um fim de ano mais animado
Vale (VALE3) e Petrobras (PETR4) estão entre as rainhas dos dividendos no 4T25; Itaú BBA diz quais setores vão reinar em 2026
Levantamento do banco aponta que ao menos 20 empresas ainda podem anunciar proventos acima de 5% até o final do ano que vem