Santander corta o preço-alvo da PetroReconcavo (RECV3), mas mantém recomendação de compra e ações saltam 4% na bolsa
Para o segundo semestre, a expectativa é de que a PetroReconcavo pise no acelerador, para uma média de 27 mil boed até o fim de 2024 e de 31 mil boed em 2025
Mesmo com um balanço que deixou a desejar no último trimestre de 2023, os analistas já previam um futuro melhor para a PetroReconcavo (RECV3) e ela ainda é uma junior oil que vale a pena ter na carteira. É isso que os analistas do Santander consideram, em um relatório recente.
Os analistas destacam que essa “novata” no ramo do petróleo tende a se beneficiar de um cenário com menores proteções (hedges) contra flutuações negativas no preço da commodity no segundo semestre.
Isso porque a produção acumulada no ano tem sido levemente abaixo da média, de 26 mil barris de óleo equivalente por dia (boed, em inglês). E os eventos que levaram a essa baixa produtividade incluem paradas para manutenção e clima, o que atrasou a perfuração de poços da empresa.
Contudo, para o segundo semestre, a expectativa é de que a PetroReconcavo pise no acelerador, para uma média de 27 mil boed até o fim de 2024 e de 31 mil boed em 2025, de acordo com as projeções.
Assim, o banco espanhol mantém a recomendação de compra para as ações, porém com um preço-alvo um pouco menor, de R$ 23,00, contra a previsão anterior de R$ 26,00. Isso representa um potencial de alta de cerca de 20% em relação ao fechamento de ontem (10).
Essa melhora operacional deve vir mantendo-se o foco nas perfurações na Bahia e no Rio Grande do Norte, apoiadas por suas sondas de perfuração modernas (PR-21 e PR-04), e em reparos em poços danificados.
Leia Também
Quem ficou animado com a notícia foram os investidores. As ações da empresa chegaram a saltar mais de 4% durante a manhã, mas perderam força pela tarde. Os papéis terminaram o dia com alta de 1,66%, cotadas a R$ 19,03.
- LEIA TAMBÉM: Essa é a melhor ação do agro para se ter na carteira nesse momento, segundo os analistas da Empiricus Research
Na ponta do lápis: PetroReconcavo (RECV3) em números
“Apesar de nossas premissas conservadoras, acreditamos que a abordagem seletiva da RECV3 para alocação de capital apoia resultados e dividendos robustos”, destaca o relatório. As projeções para a PetroReconcavo para o biênio 2024 e 2025 seguem a tendência conservadora da produção.
O Ebitda (medida do mercado para avaliar a geração de caixa de uma empresa) ajustado deve permanecer na faixa entre R$ 1,8 bilhão e R$ 2,3 bilhões. Já o fluxo de caixa livre (FCF, em inglês) deve ficar entre R$ 900 milhões e R$ 1,3 bilhão.
Contudo, esses indicadores devem melhorar conforme a empresa passar a economizar com reduções no estoque de capital e melhorar os custos operacionais envolvendo a Unidade de Tratamento de Gás (UTG) de São Roque, na Bahia.
“Dada a baixa alavancagem da empresa, acreditamos ser razoável esperar dividendos adicionais no 2º semestre de 2024”, dizem os analistas. “Projetamos dividend yield de 10% em 2024, ou cerca de R$ 150 milhões acima dos R$ 410 milhões já anunciados.”
Tópico sensível
Os analistas destacam que esse otimismo em relação aos dividendos se deve, em parte, pelos planos de fusões e aquisições deste ano. Essas incorporações podem ser financiadas com um fluxo de caixa excedente e/ou com ações, dizem os analistas.
Vale lembrar que a 3R tinha planos de combinação de negócios com a PetroReconcavo (RECV3), que foram frustrados após o início da fusão com a Enauta (ENAT3). O negócio saiu do papel em maio deste ano.
Mas há outras flores no jardim, e a Eneva (ENEV3) começou a estudar uma combinação com a PetroReconcavo.
Riscos à frente para PetroReconcavo
Por fim, na visão dos analistas do Santander, a presença onshore da PetroReconcavo é um dos pontos de atenção, ao mesmo tempo em que a petroleira precisa manter a carteira comercial mais atrativa.
“Acreditamos também que uma potencial parceria com a 3R em relação à infraestrutura de midstream no Rio Grande do Norte (RN) possa se materializar durante o segundo semestre de 2024 e o primeiro semestre de 2025”, escrevem os analistas.
Essa parceria poderia reduzir a dependência da petroleira de terceiros e desbloquear algum potencial de crescimento, mas tudo irá depender do acordo se concretizar.
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
