Perda de até 80%: investidor de debêntures da Light (LIGT3) que não escolherem como querem receber até amanhã estão sujeitos a enorme deságio
Opções do plano de recuperação judicial da Light incluem conversão em ações, prazos distintos e correção pelo dólar, inflação e CDI
Às vezes, não tomar uma decisão pode ser a pior decisão a se tomar. É o caso de parte dos investidores das debêntures da Light (LIGT3), que foram afetados pela recuperação judicial da companhia. Eles têm até amanhã, dia 3 de agosto, para optar por uma nova modalidade de pagamento à sua escolha.
Isso porque, dependendo do volume de créditos e da data de compra, quem não optar por uma modalidade de pagamento sofrerá um deságio de 80% sobre o valor da dívida.
Dentre as opções para o investidor, estão a conversão parcial em ações, bem como a reestruturação em prazos distintos e diferentes indexadores, como o dólar, o IPCA e o CDI.
Abaixo, resumimos as possibilidades de escolha e recebimento.
- Leia mais: Até IPCA + 7% - Confira as debêntures com melhor risco-retorno do mercado
Quem possuía até R$ 30 mil em créditos não precisa se preocupar; quem tinha mais pode receber só 20%
O pequeno investidor de debêntures e possui créditos a receber da Light precisa ficar atento, além do prazo final, a duas datas: 12 de maio de 2023 e 19 de abril de 2024.
Quem possuía, no dia 19 de abril deste ano, créditos equivalentes a R$ 30 mil na data de 12 de maio de 2023, não precisa fazer a escolha da modalidade de pagamento, pois receberá, automaticamente, o valor integral no dia 17 de setembro.
Leia Também
Já quem adquiriu créditos após o dia 19 de abril de 2024 terá de optar por um plano de pagamento correspondente a esse investimento, independentemente do valor.
O mesmo vale para quem possuía créditos superiores a R$ 30 mil na data de corte. Em ambos, os casos, não optar por uma modalidade de pagamento resulta em um deságio de 80%, ou seja, o investidor só receberia 20% da dívida corrigida pelo IPCA. Além disso, o pagamento só acontece após 15 anos do fechamento da data da reestruturação.
Ações, prazo, indexador: veja as modalidades de pagamento para credores da Light
Além do pagamento automático para créditos inferiores a R$ 30 mil e o deságio de 80% para os não optantes, a Light ainda oferece duas modalidades de pagamento via portal do plano de RJ:
- Conversão parcial das debêntures em ações: neste caso, ao menos 35% dos créditos serão convertidos em ações da Light. O restante será pago em oito anos, de maneira semestral. As parcelas podem ser corrigidas por IPCA + 5% ou por um rendimento em dólar de 4,21% ao ano.
- Pagamento integral em 13 anos: parcelas semestrais, corrigidas por IPCA + 3% ou rendimento anual de 2,26% em dólar.
Perceba que na opção por conversão em ações, por poupar o fluxo de caixa da companhia e trazer mais risco ao investidor, a remuneração da dívida é maior e o prazo, mais curto.
Já no caso do pagamento integral, além do prazo estendido, o fator corretor das parcelas é menor.
Além da modalidade, o investidor também opta pelo indexador, o que deve ser feito de acordo com a composição atual de sua carteira, para equilibrar riscos e oportunidades.
Há ainda uma terceira opção de recebimento para apoiadores SESA, que exige o envio de termos de adesão e pode ser indexada ao CDI. Após escolhida a modalidade, o investidor não pode voltar atrás.
Quem possui mais de uma debênture precisa optar apenas por uma modalidade de pagamento, já que os créditos serão agrupados sob o CPF ou CNPJ do credor.
Planos de pagamento valem para debêntures quirografárias; entenda o que significa
A reestruturação cujo prazo termina neste sábado vale para os créditos das chamadas debêntures quirografárias.
Debêntures são títulos de renda fixa emitidos por empresas. Como elas não contam com garantias fortes como o FGC e o risco de crédito é o da companhia, elas tendem a oferecer remuneração acima de outros títulos da categoria, como os CDBs ou as letras.
Contudo, as debêntures podem ser classificadas por seu nível de garantia oferecido:
- Garantia real: atrelada a bens da empresa, como máquinas e imóveis, que não podem ser vendidos;
- Garantia flutuante: vinculada a bens que podem ser vendidos, mas, neste caso, o investidor tem preferência de recebimento;
- Debênture quirografária: não tem garantia e nem preferência de recebimento. Por conta do risco, o retorno tende a ser maior.
Leia mais: 4 debêntures que pagam até IPCA + 7,1% ao ano
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas
Cade aprova fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi com exigência de venda de lojas em SP
A união das operações cria a maior rede pet do Brasil. Entenda os impactos, os “remédios” exigidos e a reação da concorrente Petlove
Crise nos Correios: Governo Lula publica decreto que abre espaço para recuperação financeira da estatal
Novo decreto permite que estatais como os Correios apresentem planos de ajuste e recebam apoio pontual do Tesouro
Cyrela (CYRE3) propõe aumento e capital e distribuição bilionária de dividendos, mas ações caem na bolsa: o que aconteceu?
A ideia é distribuir esses dividendos sem comprometer o caixa da empresa, assim como fizeram a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, e a Localiza, locadora de carros (RENT3)
Telefônica Brasil (VIVT3) aprova devolução de R$ 4 bilhões aos acionistas e anuncia compra estratégica em cibersegurança
A Telefônica, dona da Vivo, vai devolver R$ 4 bilhões aos acionistas e ainda reforça sua presença em cibersegurança com a compra da CyberCo Brasil
Brasil registra recorde em 2025 com abertura de 4,6 milhões de pequenos negócios; veja quais setores lideram o crescimento
No ano passado, pouco mais de 4,1 milhões de empreendimentos foram criados
Raízen (RAIZ4) vira penny stock e recebe ultimato da B3. Vem grupamento de ações pela frente?
Com RAIZ4 cotada a centavos, a B3 exige plano para subir o preço mínimo. Veja o prazo que a bolsa estipulou para a regularização
Banco Pan (BPAN4) tem incorporação pelo BTG Pactual (BPAC11) aprovada; veja detalhes da operação e vantagens para os bancos
O Banco Sistema vai incorporar todas as ações do Pan e, em seguida, será incorporado pelo BTG Pactual
Dividendos e JCP: Ambev (ABEV3) anuncia distribuição farta aos acionistas; Banrisul (BRSR6) também paga proventos
Confira quem tem direito a receber os dividendos e JCP anunciados pela empresa de bebidas e pelo banco, e veja também os prazos de pagamento
Correios não devem receber R$ 6 bilhões do Tesouro, diz Haddad; ajuda depende de plano de reestruturação
O governo avalia alternativas para reforçar o caixa dos Correios, incluindo a possibilidade de combinar um aporte com um empréstimo, que pode ser liberado ainda este ano
Rede de supermercados Dia, em recuperação judicial, tem R$ 143,3 milhões a receber do Letsbank, do Banco Master
Com liquidação do Master, há dúvidas sobre os pagamentos, comprometendo o equilíbrio da rede de supermercados, que opera queimando caixa e é controlada por um fundo de Nelson Tanure
Nubank avalia aquisição de banco para manter o nome “bank” — e ainda pode destravar vantagens fiscais com isso
A fintech de David Vélez analisa dois caminhos para a licença bancária no Brasil; entenda o que está em discussão
Abra Group, dona da Gol (GOLL54) e Avianca, dá mais um passo em direção ao IPO nos EUA e saída da B3; entenda
Esse é o primeiro passo no processo para abertura de capital, que possibilita sondar o mercado antes de finalizar a proposta
Por que a Axia Energia (AXIA3), ex-Eletrobras, aprovou um aumento de capital de R$ 30 bilhões? A resposta pode ser boa para o bolso dos acionistas
O objetivo do aumento de capital é manter o equilíbrio financeiro da empresa ao distribuir parte da reserva de lucros de quase R$ 40 bilhões
Magazine Luiza (MGLU3) aposta em megaloja multimarcas no lugar da Livraria Cultura para turbinar faturamento
Com cinco marcas sob o mesmo teto, a megaloja Galeria Magalu resgata a memória da Livraria Cultura, cria palco para conteúdo e promete ser a unidade mais lucrativa da varejista
Dividendos e bonificação em ações: o anúncio de mais de R$ 1 bilhão da Klabin (KLBN11)
A bonificação será de 1%, terá como data-base 17 de dezembro e não dará direito aos dividendos anunciados