Ex-CEO da Americanas (AMER3) pedia balanços fraudados em pen drive para não ser descoberto
Ministério Público Federal diz ter provas da participação de Miguel Gutierrez no esquema que causou rombo bilionário na varejista
O Ministério Público Federal (MPF) afirma ter encontrado provas "inequívocas" da participação do ex-CEO da Americanas (AMER3), Miguel Gutierrez, nas fraudes que teriam sido operadas para manter as ações da varejista em alta. A defesa do executivo alega que ele não tinha conhecimento do esquema.
Gutierrez é apontado na investigação como o principal responsável pela manipulação dos resultados contábeis da empresa. Era ele quem, segundo o MPF, tinha a palavra final sobre os números supostamente inflados que seriam levados ao conselho de administração e ao mercado.
"Os demais investigados faziam referências a ordens diretas de Miguel Gutierrez e, por vezes, tratavam diretamente com ele sobre a fraude", afirma o Ministério Público.
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As fraudes seriam operadas ao final de cada trimestre para aproximar os resultados reais das expectativas do mercado. Documentos nomeados "verdes e vermelhos" seriam a base do esquema.
Os investigadores identificaram que o executivo preferia receber a maior parte dos arquivos em pen drive, "a fim de se resguardar", mas mensagens recuperadas confirmariam que ele teve acesso aos resultados fraudados.
A Polícia Federal (PF) acredita que as fraudes eram operadas com dois objetivos: atingir metas financeiras internas, para conseguir bonificações, e aumentar o valor das ações da empresa, já que Gutierrez era um dos acionistas. Ele vendeu R$ 171 milhões em ações antes do anúncio de rombo, em janeiro de 2023.
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O ex-CEO da Americanas é o principal investigado na Operação Disclosure. Ele foi preso na última sexta-feira (28) em Madri, na Espanha, onde era considerado foragido. Em razão disso, seu nome foi incluído na lista dos mais procurados da Interpol, junto com o da ex-diretora da varejista, Anna Christina Ramos Saicali.
As acusações contra o antigo presidente da Americanas incluem uso de informações privilegiadas (insider trading) e manipulação de mercado, além de lavagem de dinheiro por “ocultação patrimonial”.
Outro lado
"A Americanas reitera sua confiança nas autoridades que investigam o caso e reforça que foi vítima de uma fraude de resultados pela sua antiga diretoria, que manipulou dolosamente os controles internos existentes. A Americanas acredita na Justiça e aguarda a conclusão das investigações para responsabilizar judicialmente todos os envolvidos", diz a empresa, em nota.
Já a defesa de Miguel Gutierrez diz que "Miguel reitera que jamais participou ou teve conhecimento de qualquer fraude e que vem colaborando com as autoridades, prestando os esclarecimentos devidos nos foros próprios."
Com informações do Estadão Conteúdo
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