Bolsa em alta e dólar em queda: como o canto da sereia de Powell seduziu o Ibovespa e os mercados globais hoje
Na máxima do dia, o Ibovespa chegou aos 136.477,53 pontos, enquanto o dólar à vista desceu à mínima de R$ 5,4749, mas acabou terminando a semana com valorização

Diz a lenda que as sereias são capazes de atrair qualquer um que ouvir seu canto. Nesta sexta-feira (23), foram as palavras de Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed), que seduziram os investidores ao redor do mundo. Mas, ao contrário dos marinheiros, que se descuidavam da embarcação e naufragavam, o canto do chefão do BC dos EUA levou a bolsa, aqui e lá fora, às alturas.
O Ibovespa terminou a sessão em alta de 0,32%, aos 135.608,47 pontos, garantindo um ganho semanal acumulado de 1,61%. Na máxima desta sexta, o Ibovespa chegou aos 136.477,53 pontos.
No mercado de câmbio, o dólar à vista foi o marinheiro da vez: depois de chegar na mínima do dia, a R$ 5,4749, a moeda norte-americana encerrou o pregão cotada a R$ 5,4794 (-1,99%). A baixa, no entanto, não foi suficiente para anular a valorização na semana, que foi de +0,21%.
Lá fora, as principais bolsas na Europa também terminaram o dia em alta — com destaque percentual para Madri e Milão, que subiram 1,02% e 1,09%, respectivamente.
Em Wall Street, o Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq acabaram a sessão com ganhos superiores a 1%.
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O canto de Powell seduz os investidores
Powell seduziu o mercado com o canto que os investidores mais queriam ouvir: há confiança para os juros começarem a cair.
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“Chegou a hora de a política monetária se ajustar. A direção da viagem é clara, e o momento e o ritmo dos cortes nos juros dependerão dos dados recebidos, da perspectiva em evolução e do equilíbrio de riscos”, disse ele em Jackson Hole, um dos principais eventos da política monetária mundial.
Embora tenha reconhecido uma inversão recente de papéis — com o aumento dos riscos de desaquecimento do emprego e a redução dos riscos de aceleração da inflação — Powell disse que os preços em 2,5% dão a confiança de que a inflação está em um caminho sustentável de volta à meta de 2% ao ano. O Seu Dinheiro detalhou o discurso de hoje e você pode conferir aqui.
As declarações confirmaram o que o mercado esperava desde março — e que desde meados de julho já era uma unanimidade: 100% das apostas de corte de juros em setembro.
Agora, os investidores se dividem sobre o calibre dessa redução: 65,5% enxergam a chance de um afrouxamento de 25 pontos-base e 34,5%, de 50 pontos-base, de acordo com a ferramenta FedWatch do CME Group.
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Além de se afastar da máxima, o Ibovespa acabou encerrando o dia abaixo dos 136 mil pontos depois que o presidente do Federal Reserve (Fed) de Chicago, Austan Goolsbee, — que também participava de Jackson Hole — evitou argumentar em favor do corte nos juros em setembro.
"Não gosto de atar minhas mãos antes de uma reunião", disse Goolsbee, em entrevista à CNBC.
Ainda assim, das 75 ações da carteira teórica do Ibovespa que subiram após o discurso de Powell, as oito maiores altas estavam entre as mais impactadas pelo desempenho da economia brasileira.
Cogna (+7,52%) puxou ganhos, seguida por Lojas Renner (+7,32%) e Eztec (+6,93%). Na ponta negativa estavam JBS (-3,81%), BRF (-2,02%) e Vale (-1,68%).
Entre as commodities, os contratos futuros do petróleo subiram no pregão de hoje, também impulsionados por Powell. O Brent para novembro avançou 2,09%, a US$ 78,15 o barril. Já o WTI para outubro subiu 2,49%, a US$ 74,83 o barril.
Entre as metálicas, o ouro para dezembro fechou em alta de 1,18%, a US$ 2.546,30 por onça-troy, na Comex, divisão de metais da New York Mercantile Exchange (Nymex).
No mercado de dívida, os yields (rendimentos) dos Treasurys tiveram queda firme. Nesta tarde, o retorno da T-note de 2 anos — mais sensível às mudanças de política monetária — caía a 3,912%, o da T-note de 10 anos — a referência do mercado — baixava a 3,803% e o do T-bond de 30 anos recuava a 4,095%.
*Com informações do Money Times
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