Banco eleva preço-alvo para o Nubank — mas explica por que você não deveria se animar (tanto) com as ações
Apesar do aumento do target de US$ 12,80 para US$ 15, a nova cifra implica um potencial de valorização de apenas 5% em relação ao último fechamento

O Bank of America (BofA) acaba de revisar para cima o preço-alvo para o Nubank. No entanto, os analistas revelaram por que você não deveria se animar tanto assim com as ações da fintech.
Afinal, o próprio BofA manteve uma recomendação neutra para os papéis do banco digital listados em Wall Street.
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E apesar do aumento do target de US$ 12,80 para US$ 15, a nova cifra implica um potencial de valorização de apenas 5% em relação às cotações do último fechamento.
Ou seja, trata-se apenas de uma atualização para refletir os atuais patamares de preço das ações, hoje negociadas na casa dos US$ 14.
Vale lembrar que a fintech também possui BDRs (depósitos de ações) listados na B3 sob o ticker ROXO34.
Nubank (ROXO34) com pouco espaço para valorização
Para o BofA, o Nu oferece uma “forte proposta de valor em comparação com os pares de neobancos e players tradicionais e tem ampla pista para crescer na América Latina devido aos seus custos de aquisição de clientes excepcionalmente baixos”.
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No entanto, após a forte valorização em 2024, o Nubank possui um “valuation premium” e um potencial limitado de novos ganhos, segundo os analistas.
Desde o início do ano, as ações do Nu subiram em torno de 75% em Nova York, enquanto os BDRs avançaram cerca de 98% na B3 no mesmo período.
Nas contas dos analistas, o Nubank hoje é negociado a múltiplos de 25 vezes a relação preço sobre lucro (P/L) e de 10,2 vezes o preço da ação sobre o valor contábil por ação (P/B, price to book value).
Já o valor de mercado do banco do cartão roxo chega a US$ 68 bilhões e lidera todas as empresas financeiras na América Latina.
“Enquanto isso, outras empresas financeiras de alto crescimento em mercados emergentes são negociadas em múltiplos de 6 a 8 vezes P/B, com valores de mercado significativamente inferiores aos dos principais bancos nas regiões”, afirmaram os analistas.
As linhas do balanço do 2T24 que acionaram um alerta entre os analistas
Na avaliação do Bank of America, o balanço do Nubank no segundo trimestre continha “tendências operacionais positivas que apoiaram a tese dos otimistas”, mas também expuseram tendências negativas.
Do lado positivo, o lucro líquido permaneceu em tendência de alta, apoiada pela sólida geração de receita e ganhos de eficiência.
Essa combinação levou a rentabilidade do Nubank, medida pelo ROE, a um novo recorde no 2T24.
No entanto, os temores dos analistas foram confirmados com o aumento da inadimplência entre abril e junho, com o índice NPL acima de 90 dias dos clientes do Nubank a 7%. Por outro lado, a inadimplência de 30 dias caiu para 4,5%.
“O índice NPL continuou a se deteriorar em ritmo acelerado, ao contrário das tendências do setor. O negócio principal no Brasil está desacelerando — o crescimento no número de cartões desacelerou significativamente, e o crescimento dos empréstimos com rendimento de juros está alcançando o crescimento geral dos empréstimos”, afirmou o BofA.
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Além disso, o enfraquecimento do real frente ao dólar neste ano realçou a vulnerabilidade do Nu aos movimentos cambiais, segundo os analistas.
Apesar do resultado misto no 2T24, o Bank of America manteve praticamente inalteradas as estimativas de lucros do Nubank para este ano e 2025, a US$ 2,0 bilhões e US$ 2,9 bilhões, respectivamente.
“Enquanto nossas estimativas aumentaram em real, nossas estimativas em dólar foram impactadas negativamente por uma previsão mais fraca para a moeda brasileira, de R$ 5,50.”
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