Rússia destrói porto de grãos da Ucrânia um dia após fim do acordo e Putin fala em vingança
Destroços e ondas de explosão danificaram várias casas e infraestrutura portuária não especificada em Odessa, um dos principais portos ucranianos

Se tem uma coisa que o presidente da Rússia, Vladimir Putin, não faz é deixar algo barato — ainda mais quando se trata da guerra na Ucrânia. E não demorou muito para que ele se vingasse de Kiev pela destruição da ponte que liga a Crimeia ao território russo.
Nesta terça-feira (18), a Rússia atingiu portos ucranianos — um dia depois de desistir de um acordo apoiado pela Organização das Nações Unidas (ONU) para permitir que Kiev exportasse grãos.
O governo russo disse que atingiu o armazenamento de combustível em Odessa e uma fábrica de drones marítimos como parte de "ataques de vingança em massa" em retaliação à derrubada da ponte para a península da Crimeia no dia anterior.
A queda de destroços e ondas de explosão danificaram várias casas e infraestrutura portuária em Odessa, que também foi atingida por incêndios.
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Ataques de Ucrânia e Rússia
Há seis semanas, a Ucrânia lançou uma contraofensiva no leste e no sul, enquanto a Rússia está montando uma ofensiva terrestre própria no nordeste.
Desde então, Kiev recapturou algumas aldeias no sul e o território ao redor da cidade arruinada de Bakhmut, no leste, mas ainda não tentou um grande avanço nas linhas russas fortemente defendidas.
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O Ministério da Defesa da Rússia, por sua vez, disse que suas forças avançaram 2 km nas proximidades de Kupiansk — um centro ferroviário da linha de frente recapturado pela Ucrânia em uma ofensiva no ano passado. Kiev reconheceu uma situação "complicada" na área.
"Acho que ainda há muita luta pela frente e vou continuar com o que dissemos antes: vai ser longo. Vai ser difícil. Vai ser sangrento", disse o principal general dos EUA Mark Milley, presidente do Joint Chiefs of Staff.
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A exportação de grãos
O ataque russo ao porto de Odessa, um dos principais para a Ucrânia, acontece um dia depois de um acordo que permitia a exportação de grãos expirar e não ser renovado por Moscou.
Até então, o acordo de exportação de grãos do Mar Negro negociado há um ano pela Turquia e pela ONU era considerado um dos únicos sucessos diplomáticos da guerra, levantando um bloqueio russo de fato aos portos ucranianos e evitando uma emergência alimentar global.
A Ucrânia e a Rússia estão entre os maiores exportadores mundiais de grãos e outros alimentos. Se o grão ucraniano for bloqueado por muito tempo, os preços podem disparar em todo o mundo, atingindo duramente os países mais pobres.
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*Com informações da Reuters
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