A TIM (TIMS3) quer pagar R$ 2,3 bilhões em dividendos e JCP em 2023 — e planeja aumentar a cifra nos anos seguintes
A Tim quer pisar no acelerador do volume de dividendos e JCP pagos aos acionistas; os planos também envolvem algumas métricas financeiras
A TIM distribuiu R$ 2 bilhões em proventos aos acionistas em 2022: R$ 1,4 bilhão sob a forma de juros sobre capital próprio (JCP) e outros R$ 600 milhões em dividendos. São cifras relevantes e que fazem a alegria de quem detém as ações TIMS3; a empresa, no entanto, quer remunerar a sua base com quantias cada vez maiores.
Ao menos, é o que indica o plano estratégico 2023-2025, publicado há pouco pela TIM. Nele, a tele deixa claro que, entre as suas metas para este ano, está o pagamento de cerca de R$ 2,3 bilhões em proventos — a companhia não deixa claro qual a proporção entre JCP e dividendos neste montante.
E mais: para os anos seguintes — portanto, 2024 e 2025 — a Tim diz esperar uma 'evolução contínua' nas cifras a serem distribuídas aos investidores sob a forma de dividendos e JCP.
"A TIM projeta uma melhora na dinâmica geral dos negócios, impulsionada pela combinação de uma maior base de receita com sólida tendência de recuperação de margem e melhores oportunidades de eficiência de capex e um caminho claro para otimização dos gastos com arrendamentos", diz a companhia, em relação ao triênio 2023-2025.
- O Seu Dinheiro acaba de liberar um treinamento exclusivo e completamente gratuito para todos os leitores que buscam receber pagamentos recorrentes de empresas da Bolsa. [LIBERE SEU ACESSO AQUI]
TIM: dividendos e outras metas
Além do pagamento mais volumoso de proventos, seja na forma de dividendos ou na de JCP, a TIM (TIMS3) também forneceu algumas estimativas operacionais e financeiras referentes aos próximos três anos, em especial a 2023.
É o caso do comportamento da receita de serviços que, segundo a companhia, deve crescer pouco menos de 10% em relação a 2022, quando totalizou R$ 20,8 bilhões. Já o Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização), que somou R$ 10,2 bi no ano passado, deve se expandir em pouco mais de 10% na base anual.
Leia Também
Considerando o horizonte de 2024 e 2025, a TIM diz que as receitas de serviços vão aumentar a uma taxa de crescimento anual composta (CAGR, na sigla em inglês) de perto de 5%; já o Ebitda tende a contar com um CAGR mais próximo dos 10%.
Por fim, os investimentos da TIM previstos para o ano tendem a ficar abaixo dos 20% da receita líquida; considerando o triênio de 2023 a 2025, o volume total de capex, em termos nominais, é de cerca de R$ 13,3 bilhões — a empresa lista três pontos de atenção para a alocação de capital:
- Sinergias do espectro adquirido já garantidas;
- Descarregamento do tráfego 4G após o lançamento acelerado do 5G; e
- Manutenção de uma abordagem leve em ativos para a expansão da rede de fibra óptica (FTTH).
Proventos, dividendos e planos estratégicos
Esta não é a primeira vez que a Tim (TIMS3) divulga um plano trienal: o anúncio de hoje, na verdade, é uma continuidade do projeto 2022-2024 — e, ao menos no ano passado, a companhia atingiu seus objetivos com uma exatidão bastante impressionante.
Lembra-se da receita de serviços, que chegou a R$ 20,8 bilhões em 2022? Pois bem: ela representa um salto de 19,3% em relação ao ano anterior; a TIM trabalhava com uma expansão "de dois dígitos" para a linha.
O mesmo acontece em outros quesitos do guidance: projetava-se um crescimento também de dois dígitos para o Ebitda, e o avanço alcançado foi de 17,2%; os investimentos projetados para 2022 eram da ordem de R$ 4,8 bilhões; o o capex total no ano ficou apenas R$ 100 milhões abaixo do previsto.
E, como já foi falado: a TIM distribuiu R$ 2 bilhões em dividendos e JCP no ano passado — é exatamente a quantia que havia sido planejada no projeto 2022-2024.
TIM: nova CFO
Por fim, a TIM (TIMS3) aproveitou a ocasião para anunciar a sua nova diretora financeira (CFO): Andrea Palma Viegas Marques irá suceder Camille Faria, que deixou a companhia para assumir a mesma cadeira na Americanas (AMER3), em meio às turbulências vividas pela varejista.
Andrea Viegas está no grupo TIM há 17 anos e é formada em administração pela Universidade Cândido Mendes, com MBA em finanças corporativas pelo Ibmec; ela ocupava a função executiva de diretora de planejamento e controle da companhia. Sua posse está prevista para o dia 1º de março.
Orizon (ORVR3) compra Vital e cria negócio de R$ 3 bilhões em receita: o que está por trás da operação e como fica o acionista
Negócio amplia a escala da companhia, muda a composição acionária e não garante direito de recesso a acionistas dissidentes
Maior rede de hospitais privados pagará R$ 8,12 bilhões em proventos; hora de investir na Rede D’Or (RDOR3)?
Para analista, a Rede D’Or é um dos grandes destaques da “mini temporada de dividendos extraordinários”
Fim da especulação: Brava Energia (BRAV3) e Eneva (ENEV3) negam rumores sobre negociação de ativos
Após rumores de venda de ativos de E&P avaliados em US$ 450 milhões, companhias desmentem qualquer transação em curso
Virada à vista na Oncoclínicas (ONCO3): acionistas querem mudanças no conselho em meio à crise
Após pedido da Latache, Oncoclínicas convoca assembleia que pode destituir todo o conselho. Veja a proposta dos acionistas
Bancos pagam 45% de imposto no Brasil? Não exatamente. Por que os gigantes do setor gastam menos com tributos na prática
Apesar da carga nominal elevada, as instituições financeiras conseguem reduzir o imposto pago; conheça os mecanismos por trás da alíquota efetiva menor
Mais de R$ 4 bilhões em dividendos e JCP: Tim (TIMS3), Vivo (VIVT3) e Allos (ALOS3) anunciam proventos; veja quem mais paga
Desse total, a Tim é a que fica com a maior parte da distribuição aos acionistas: R$ 2,2 bilhões; confira cronogramas e datas de corte
Vale (VALE3) mais: Morgan Stanley melhora recomendação das ações de olho nos dividendos
O banco norte-americano elevou a recomendação da mineradora para compra, fixou preço-alvo em US$ 15 para os ADRs e aposta em expansão do cobre e fluxo de caixa robusto
Não é por falta de vontade: por que os gringos não colocam a mão no fogo pelo varejo brasileiro — e por quais ações isso vale a pena?
Segundo um relatório do BTG Pactual, os investidores europeus estão de olho nas ações do varejo brasileiro, mas ainda não estão confiantes. Meli, Lojas Renner e outras se destacam positivamente
Pequenos negócios têm acesso a crédito verde com juros reduzidos; entenda como funciona
A plataforma Empreender Clima, lançada pelo Governo Federal durante a COP30, oferece acesso a financiamentos com juros que variam de 4,4% a 10,4% ao ano
Antes ‘dadas como mortas’, lojas físicas voltam a ser trunfo valioso no varejo — e não é só o Magazine Luiza (MGLU3) que aposta nisso
Com foco em experiência, integração com o digital e retorno sobre capital, o Magalu e outras varejistas vêm evoluindo o conceito e papel das lojas físicas para aumentar produtividade, fidelização e eficiência
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Fim da concessão de telefonia fixa da Vivo; relembre os tempos do “alô” no fio
Ao encerrar o regime de concessão, a operadora Vivo deixará de ser concessionária pública de telefonia fixa
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
