Sem demanda? Mahle Metal Leve (LEVE3) capta menos que o esperado em oferta de ações
Diante de um grande desconto, a fabricante de autopeças levantou apenas R$ 402,45 milhões com a oferta, bem abaixo das projeções iniciais
Há quem diga que decepção faz parte da vida. Mas a Mahle Metal Leve (LEVE3) pode afirmar que a frustração inegavelmente permeia o mundo dos investimentos. A fabricante de autopeças teve uma surpresa negativa com o resultado da oferta de ações (follow-on) na última terça-feira (31).
Isso porque, embora tenha conseguido colocar o lote principal na íntegra, o follow-on da companhia saiu com grande desconto — mesmo após o anúncio de uma reestruturação da emissão.
Com a menor adesão à operação, a fabricante de autopeças levantou R$ 402,45 milhões com a oferta, bem abaixo das projeções iniciais, que superavam a marca de R$ 460 milhões.
Vale lembrar que as ações da companhia terminaram o pregão de ontem em queda de 10,71% na bolsa brasileira. No acumulado de 2023, porém, os papéis ainda registram saldo positivo de 35% na B3.
É importante destacar que as ações lutam para manter-se no campo positivo da bolsa desde o anúncio da oferta, em 9 de outubro. De lá para cá, os papéis LEVE3 recuaram 16,7%.
O resultado da oferta de ações da Mahle (LEVE3)
Mas por que a Mahle (LEVE3) captou menos que o esperado com a oferta de ações?
Leia Também
Para começar, a oferta saiu a R$ 28 por ação. Trata-se de um desconto de 36% em relação ao preço do papel na ocasião do anúncio da oferta e de 23% frente às cotações das ações no último fechamento.
Mesmo nas contas da empresa, segundo a qual o valor por ação ficaria em torno de R$ 32,46, considerando as cotações atuais da companhia na B3 ajustadas pelos dividendos, o desconto superaria os 25%.
Além disso, com a menor demanda dos investidores, a Mahle não conseguiu colocar o lote adicional de ações da oferta no mercado. Ou seja, o follow-on da fabricante de autopeças contou apenas com a venda do lote base de ações.
Sem o exercício do lote extra, a oferta de ações incluiu apenas uma emissão primária de 7.230.500 novas ações e uma distribuição secundária de 7.142.858 papéis detidos pelos acionistas vendedores.
Nas contas iniciais da Mahle Metal Leve, o follow-on poderia ter levantado quase R$ 1 bilhão, se acontecesse a venda do lote adicional.
A reestruturação da oferta
Ainda ontem, o mercado reagiu negativamente ao anúncio da reestruturação da oferta de ações da Mahle Metal Leve (LEVE3).
Em termos financeiros, o follow-on não passou por mudanças tão drásticas, uma vez que o montante previsto com a oferta não foi alterado.
Vale lembrar que a oferta de ações da fabricante de autopeças de origem alemã a oferta foi constituída de distribuição primária (quando os recursos levantados vão diretamente para o caixa da empresa) e secundária (quando os atuais acionistas vendem parte de suas fatias).
A principal mudança foi na quantidade de ações vendidas pelos acionistas. Os controladores decidiram reduzir o lote inicial de ações que seriam vendidas pela Mahle GmbH.
Para compensar a diminuição do lote base, a empresa aumentou a quantidade de ações que poderiam ser vendidas por parte da Mahle Ltda no lote adicional de ações.
Os dividendos da Mahle (LEVE3) estão ameaçados?
No caso da distribuição primária — que engorda o caixa da companhia —, a Mahle (LEVE3) conseguiu realizar a emissão de novos papéis conforme o esperado.
Por isso, a companhia não deve anunciar mudanças no destino esperado do dinheiro levantado com a oferta de ações.
De acordo com a empresa, a intenção da oferta primária de ações era depositar dinheiro na conta dos acionistas. O conselho de administração da companhia aprovou a distribuição de R$ 710,8 milhões em dividendos, equivalente ao valor de R$ 5,54 por ação LEVE3.
Os proventos devem pingar no bolso dos investidores em 10 de novembro. Vale ressaltar, porém, que o pagamento da remuneração estava condicionado ao sucesso da oferta de ações.
Para ter direito aos proventos, é preciso possuir ações da Mahle até hoje, 1º de novembro. Entretanto, quem adquirir os papéis LEVE3 na oferta na B3 não poderá receber esses valores.
Petrobras (PETR4): com novo ciclo de investimentos, dividendos devem viver montanha-russa, segundo Itaú BBA e XP
O novo ciclo de investimentos da Petrobras (PETR4) tende a reduzir a distribuição de proventos no curto prazo, mas cria as bases para dividendos mais robustos no médio prazo, disseram analistas. A principal variável de risco segue sendo o preço do petróleo, além de eventuais pressões de custos e riscos operacionais. Na visão do Itaú […]
Depois de despencarem quase 12% nesta terça, ações da Azul (AZUL4) buscam recuperação com otimismo do CEO
John Rodgerson garante fluxo de caixa positivo em 2026 e 2027, enquanto reestruturação reduz dívidas em US$ 2,6 bilhões
Ozempic genérico vem aí? STJ veta prorrogação de patente e caneta emagrecedora mais em conta deve chegar às farmácias em 2026
Decisão do STJ mantém vencimento da patente da semaglutida em março de 2026 e abre espaço para a chegada de versões genéricas mais baratas do Ozempic no Brasil
Por que tantas empresas estão pagando dividendos agora — e por que isso pode gerar uma conta alta para o investidor no futuro
A antecipação de dividendos tomou a B3 após o avanço da tributação a partir de 2026, mas essa festa de proventos pode esconder riscos para o investidor
Cosan (CSAN3) vende fatia da Rumo (RAIL3) e reforça caixa após prejuízo bilionário; ações caem forte na B3
A holding reduziu participação na Rumo para reforçar liquidez, mas segue acompanhando desempenho da companhia via derivativos
Raízen (RAIZ4) recebe mais uma baixa: S&P reduz nota de crédito para ‘BBB-‘, de olho na alavancagem
Os analistas da agência avaliam que a companhia enfrenta dificuldades para reduzir a alavancagem, em um cenário de dívida nominal considerável e queima de caixa
Fim da era Novonor na Braskem (BRKM5) abre oportunidade estratégica que a Petrobras (PETR4) tanto esperava
A saída da Novonor da Braskem abre espaço para a Petrobras ampliar poder na petroquímica. Confira o que diz a estatal e como ficam os acionistas minoritários no meio disso tudo
Fusão entre Petz (PETZ3) e Cobasi finalmente vai sair do papel: veja cronograma da operação e o que muda para acionistas
As ações da Petz (PETZ3) deixarão de ser negociadas na B3 ao final do pregão de 2 de janeiro de 2026, e novas ações ordinárias da Cobasi serão creditadas aos investidores
Adeus, telefone fixo: Vivo anuncia fim de operação e deixa para trás uma história de memória afetiva para milhões de brasileiros
Ao encerrar o regime de concessão do telefone fixo, a Vivo sela o fim de um modelo que moldou a comunicação no Brasil por décadas
Vamos (VAMO3), LOG CP (LOGG3), Blau Farmacêutica (BLAU3) anunciam mais de R$ 500 milhões em dividendos; Rede D´Or (RDOR3) aprova recompra de ações
A LOG fica com a maior parte da distribuição aos acionistas, ou R$ 278,5 milhões; Rede D´Or já havia anunciado pagamento de proventos e agora renova a recompra de ações
Itaúsa (ITSA4) vai bonificar investidor com novas ações; saiba quem tem direito a participar
Quem é acionista da holding vai ganhar 2 ações bônus a cada 100; operação acontece depois do aumento de capital
Casas Bahia (BHIA3) busca fôlego financeiro com nova emissão, mas Safra vê risco para acionistas
Emissão bilionária de debêntures promete reduzir dívidas e reforçar caixa, mas analistas dizem que pode haver uma diluição pesada para quem tem ações da varejista
Banco do Brasil (BBAS3) ou Bradesco (BBDC4)? Um desses bancos está na mira dos investidores estrangeiros
Em roadshow com estrangeiros nos EUA, analistas do BTG receberam muitas perguntas sobre as condições do Banco do Brasil e do Bradesco para 2026; confira
Um novo controlador será capaz de resolver (todos) os problemas da Braskem (BRKM5)? Analistas dizem o que pode acontecer agora
O acordo para a saída da Novonor do controle da petroquímica reacendeu entre os investidores a expectativa de uma solução para os desafios da empresa. Mas só isso será suficiente para levantar as ações BRKM5 outra vez?
Nubank (ROXO34) pode estar ajudando a ‘drenar’ os clientes de Tim (TIMS3) e Vivo (VIVT3); entenda
Segundo a XP, o avanço da Nucel pode estar acelerando a migração de clientes para a Claro e pressionando rivais como Tim e Vivo, o que sinaliza uma mudança mais rápida na dinâmica competitiva do setor
Bradespar (BRAP4) distribui quase R$ 600 milhões em dividendos e JCP; pagamento será feito em duas etapas
Do total anunciado, R$ 330 milhões correspondem aos dividendos e R$ 257 milhões aos juros sobre capital próprio (JCP); Localiza também detalha distribuição de proventos
Falta de luz em SP: Prejuízo a bares, hotéis e restaurantes pode chegar a R$ 100 milhões
Estimativa da Fhoresp é que 5 mil estabelecimentos foram atingidos pelo apagão
Isa Energia (ISAE4) recebe upgrade duplo do JP Morgan depois de comer poeira na bolsa em 2025
Após ficar atrás dos pares em 2025, a elétrica recebeu um upgrade duplo de recomendação. Por que o banco vê potencial de valorização e quais os catalisadores?
Não colou: por que a Justiça barrou a tentativa do Assaí (ASAI3) de se blindar de dívidas antigas do Pão de Açúcar
O GPA informou, nesta segunda (15), que o pedido do Assaí por blindagem contra passivos tributários anteriores à cisão das duas empresas foi negado pela Justiça
Braskem (BRKM5) com novo controlador: IG4 fecha acordo com bancos e tira Novonor do comando
Gestora fecha acordo com bancos credores, avança sobre ações da Novonor e pode assumir o controle da petroquímica
