Esses dois bancos são os preferidos do Citi — saiba o que essas ações têm que as outras não têm
O Citi fez uma avaliação geral do setor bancário e apontou os pontos fortes e fracos das principais instituições brasileiras; confira
O ciclo de flexibilização monetária que se avizinha e a estabilização da inadimplência devem melhorar o cenário do segundo semestre para os bancos brasileiros. Banco do Brasil (BBAS3) e Itaú (ITAUB4) devem surfar melhor essa onda, segundo o Citi.
De acordo com o banco norte-americano, com o impulso do Plano Safra, o Banco do Brasil deve passar bem pela queda dos preços das commodities — graças também aos valores competitivos das linhas de crédito do BB.
Embora as despesas com provisões estejam um pouco acima das expectativas, o Citi diz que o Banco do Brasil pode compensá-las com uma margem de lucro mais forte, refletindo os esforços de reprecificação.
Além disso, o BB tem espaço para acelerar em algumas linhas individuais, particularmente folha de pagamento para aposentados (INSS), na qual tem cerca de 8% de participação de mercado, enquanto tem cerca 20% de participação em pagamentos de benefícios, segundo o Citi.
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Itaú, o queridinho junto com Banco do Brasil
O que mais chama atenção do Citi é o fato de o Itaú ter uma boa administração da qualidade de seus ativos — embora o próprio banco ainda não vislumbre um ambiente bom o suficiente para acelerar o crescimento do crédito, dado o nível ainda elevado de endividamento da carteira de pessoa física.
“O Itaú não tem intenção de aumentar sua presença no segmento de baixa renda e micro comércios, pois não vê uma oferta diferenciada para o segmento, mas acredita que ainda existe uma grande oportunidade de crescimento no segmento de alta renda”, diz o Citi em relatório.
Ainda que as despesas com provisões tenham se deteriorado ligeiramente no segundo trimestre, o Citi destaca ainda a perspectiva de queda nominal no segundo semestre como um todo.
Bancos: a concorrência
O Citi também fez uma avaliação dos outros bancos brasileiros. Confira abaixo os principais pontos:
- Bradesco (BBDC4): o banco começa a acelerar em algumas linhas de crédito sem garantia, mas ainda de forma muito conservadora e com carteiras limitadas.
- BTG Pactual (BPAC11): a carteira de crédito é focada em clientes com ratings mais elevados, o que gerou um impacto um tanto neutro nos spreads, mas com melhor qualidade dos ativos. Nas últimas duas semanas houve uma retomada relevante em novos negócios, que se continuar, pode levar a uma boa recuperação para o segundo semestre.
- Banco Pan (BPAN4): trabalhando para fechar a lacuna em termos de funcionalidades com outros bancos, com a maioria das novidades a serem entregues no segundo semestre deste ano. Espera-se vender menos carteira até dezembro, o que deve ajudar na expansão do crédito.
- Inter (INTR): o banco segue em busca de maior monetização, com iniciativas como redução do quadro de funcionários, cobrança de alguns serviços e alteração da mecânica dos depósitos à vista e dos programas de fidelização. Apesar disso, a inadimplência deve permanecer alta no curto prazo.
- Nubank (NUBR33): começou a oferecer o consignado em abril, ainda como piloto, mas recebendo feedback positivo. Espera lançar novidades no segundo semestre, como portabilidade e recargas, além de novas linhas, como aposentados e FGTS. Forte foco no aumento da penetração no segmento de alta renda.
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