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Carolina Gama
Formada em jornalismo pela Cásper Líbero, já trabalhou em redações de economia de jornais como DCI e em agências de tempo real como a CMA. Já passou por rádios populares e ganhou prêmio em Portugal.
FECHAMENTO DO DIA

Dois bancos quebram e o S&P 500… não desaba? Entenda o motivo por trás do comportamento de Wall Street hoje

O Dow Jones, o S&P 500 e o Nasdaq tinha tudo para amargar fortes perdas nesta segunda-feira (13), mas conseguiram, em certa medida, resistir à quebradeira do SBV e do Signature Bank

Estátua de garota em frente ao touro de Wall Street
Estátua de garota em frente ao touro de Wall Street - Imagem: Shutterstock

A segunda-feira (13) tinha tudo para ser uma catástrofe para o S&P 500, para o Nasdaq e para o Dow Jones: dois bancos gringos quebraram, ativos considerados mais seguros como o ouro e a prata subiram e o temor de uma nova crise voltou a aparecer no horizonte. Mas os três índices da bolsa de Nova York resistiram em meio às oscilações.

Para um desavisado, a sessão de hoje poderia até ser considerada normal, afinal de contas, o sobe e desce dos índices faz parte do dia a dia do mercado de ações. Só que não foi. 

Para se ter uma ideia, o índice Cboe Volatility (VIX) — o medidor de medo usado por Wall Street — atingiu um nível não visto desde o final de 2022 e se aproximou de um território considerado de alto risco. Ele subiu cerca de dois pontos, a 26,56.

As ações dos bancos permaneceram sob pressão após a queda da semana passada, com JPMorgan Chase e Citigroup caindo. Bancos regionais recuaram ainda mais na esteira da falência do SVB Financial e do Signature Bank, liderados pela queda de mais de 70% do First Republic. 

Mas Wall Street resistiu, com Dow Jones e S&P 500 em queda moderada e o Nasdaq encerrando o dia em alta. Confira a variação e a pontuação dos principais índices de ações da Bolsa de Valores de Nova York no fechamento:

  • Dow Jones: -0,28%, 31.819,14 pontos
  • S&P 500: -0,15%, 3.855,76 pontos
  • Nasdaq: +0,45%, 11.188,84 pontos
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Por que o S&P 500, o Nasdaq e o Dow não despencaram?

A resposta para essa pergunta é uma só: a expectativa do abrandamento do ciclo de aperto monetário do Federal Reserve (Fed). Mais do que isso: a possibilidade de corte da taxa de juros neste ano diante de uma crise bancária que se avizinha. 

Embora esteja preparando um novo programa de financiamento a prazo destinado a salvaguardar os depósitos, o mercado entende que, depois da falência dos dois bancos, isso não será suficiente e o BC dos EUA será obrigado a agir em outras frentes, uma delas, a taxa de juros. 

Até então, 70% das apostas indicavam que o Fed elevaria a taxa referencia em 0,50 ponto percentual (pp) na reunião deste mês. Agora, com a falência dos dois bancos, os traders estão precificando chances de cerca de 2 para 1 de que o Fed aumente os juros apenas em 0,25 pp no encontro dos dias de 21 a 22 de março. 

Além disso, o mercado também está antecipando que, até o final do ano, o BC dos EUA cortará os juros, reduzindo a taxa para uma faixa entre 4% e 4,25%. Para se ter uma ideia, a precificação em maio apontava uma taxa terminal de 4,75% ao ano. 

A falência que perturba

A falência dos dois bancos perturba o Fed. O BC norte-americano está travando uma batalha contra a inflação usando como arma o aumento dos juros. E, agora, é desafiado por problemas de liquidez sistêmica. 

Se a volatilidade dos mercados financeiros não der uma trégua, o estresse é ainda maior e pode afastar o Fed de seu plano de trazer a inflação de volta para a meta de longo prazo de 2% com o aperto monetário. 

Há, inclusive, quem acredite que os planos do BC dos EUA já foram por água abaixo. O Goldman Sachs, por exemplo, não espera mais que o Federal Reserve aumente os juros em na reunião da próxima semana.

Um elemento chave que pode determinar os próximos passos do Fed é o indicador de inflação de fevereiro. O índice de preços ao consumidor norte-americano será revelado na terça-feira (14) antes da abertura do mercado. 

"Se obtivermos um índice de preços ao consumidor ruim, o Fed se encontrará em uma situação difícil ou muito mais difícil do que se encontra antes da divulgação desse dado", disse o CIO da Orion Advisor Solutions, Timothy Holland. 

E a Europa nisso tudo?

Os mercados europeus não escaparam dos efeitos negativas das falências e fecharam em forte baixa nesta segunda-feira, levando os bancos da região ao pior dia em mais de um ano.

Por lá, o setor bancário recuou 5,65%, a pior performance desde 4 de março de 2022, de acordo com dados do Eikon, quando caíram 6,66% com avisos de que a qualidade de seus ativos seria afetada pela guerra na Ucrânia.

O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em baixa de 2,34%. Confira abaixo o fechamento de algumas das principais bolsas da Europa:

  • Londres: -2,58%, 7.548,63 pontos
  • Frankfurt: -3,04%, 14.959,47 pontos
  • Paris: -2,90%, 7.011,50 pontos

*Com informações da CNBC e do Investor

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