Integrante de um dos setores que mais brilharam na bolsa durante a temporada de resultados do terceiro trimestre, a Suzano (SUZB3) vai aproveitar essa fase positiva para investir R$ 18,5 bilhões em 2023.
O valor projetado está acima dos R$ 16,1 bilhões investidos em 2022.
"A elevação em relação a 2022 decorre, em grande parte, do maior investimento no Projeto Cerrado, considerando investimentos industriais, florestais, infraestrutura e logística", diz o documento arquivado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
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Em relação aos gastos com investimentos com manutenção previstos para o próximo ano, a Suzano cita a forte influência dos efeitos da inflação e a quantidade de paradas programadas para manutenção.
Já os investimentos com expansão e modernização previstos para 2023 serão mais impactados pela continuidade de projetos já iniciados em períodos anteriores, como o Master Plan de energia em Jacareí.
O desempenho da Suzano (SUZB3)
Ainda que o mercado esteja receoso com as ações ligadas a commodities por conta do atual nível de preço das matérias-primas, o setor de papel e celulose parece andar na contramão de todas as expectativas.
De olho nisso, o JP Morgan elevou a recomendação dos papéis da Suzano (SUZB3) para compra no mês passado, com preço-alvo passando de R$ 58 para R$ 67 — potencial de alta de 34,8%, considerando o último fechamento antes da revisão.
Embora haja uma preocupação com a trajetória de preço da celulose — que atingiu níveis recordes e, portanto, deverá passar por uma correção —, os analistas do banco acreditam que essa queda não será tão acentuada quanto o previsto e ainda deve demorar.
As constantes interrupções de fornecimento, gargalos logísticos e problemas de capacidade devem ser obstáculos para que o preço da celulose volte a patamares normais.
E isso pode ser positivo para a Suzano, que passa também a ser a principal escolha na carteira do JP Morgan.

No ano, SUZB3 tem queda de 9,46% na bolsa, enquanto o avanço neste mês é de 0,03%.