E agora, Elon Musk? Ação da fabricante de carros elétricos apoiada por Warren Buffett dispara após projeções otimistas da rival da Tesla
A chinesa prevê que o lucro entre julho e setembro de 2022 deve disparar até 365% na comparação anual, para US$ 850 milhões

Warren Buffett parece estar acirrando a disputa com Elon Musk quando se trata das fabricantes de veículos elétricos. Na contramão da Tesla, que entregou dados de produção do terceiro trimestre abaixo das expectativas, a montadora chinesa BYD anunciou projeções otimistas para o período.
A empresa apoiada pela Berkshire Hathaway prevê que o lucro entre julho e setembro de 2022 deve disparar até 365% na comparação anual, para 5,9 bilhões de yuans — equivalente a US$ 850 milhões, nas cotações atuais.
O bom humor após as estimativas positivas contaminou as ações da BYD, com os papéis encerrando em alta de 6,22% na bolsa de valores de Hong Kong.
Isso porque os números indicam que a montadora está conseguindo contornar os problemas enfrentados pelas fabricantes de automóveis com as dificuldades na cadeia de suprimentos.
As projeções da rival da Tesla
A BYD projetou um lucro líquido entre 5,5 bilhões de yuans (US$ 765 milhões) e 5,9 bilhões de yuans (US$ 850 milhões) para o terceiro trimestre deste ano, o que representaria um recorde histórico para a fabricante chinesa.
Os números previstos correspondem a um crescimento de 333,6% a 365,1% em relação ao lucro de aproximadamente US$ 176 registrado no mesmo período de 2021.
Leia Também
“Apesar da situação econômica complexa e severa, da propagação da pandemia, das temperaturas extremamente altas, dos elevados preços das commodities e de outros fatores desfavoráveis, a indústria de veículos de nova energia continuou a acelerar sua tendência ascendente”, informou a empresa apoiada por Warren Buffett, em comunicado.
De acordo com a companhia, o volume de vendas de veículos de “energia nova” — como os carros elétricos concorrentes da Tesla e os híbridos — manteve um forte crescimento e seguiu atingindo patamares recorde.
A empresa chinesa apoiada por Warren Buffett está cada vez mais determinada em consolidar o domínio da China no setor de energia renovável, como veículos elétricos, baterias e energia solar e eólica.
Vale destacar que a fabricante chinesa venceu a empresa de Elon Musk no primeiro semestre deste ano ao consagrar-se a maior vendedora de automóveis elétricos do mundo.
- Leia também: Portugal terá visto para nômades digitais; Veja outros países da Europa que buscam trabalhadores estrangeiros
Como a BYD está vencendo a Tesla?
Como noticiamos anteriormente, as fabricantes de veículos elétricos enfrentam problemas na cadeia de suprimentos há algum tempo — especialmente devido ao aumento dos preços das matérias-primas utilizadas na produção dos automóveis, como o lítio, usado nas baterias.
A própria Tesla afirmou que uma das causas dos dados de produção e vendas enfraquecidos no terceiro trimestre deste ano foram os preços crescentes das commodities. No dia da divulgação dos resultados operacionais abaixo das expectativas, a fortuna de Elon Musk inclusive chegou a despencar US$ 15 bilhões.
Acontece que, ao contrário das rivais do setor, a BYD afirmou que o crescimento robusto do volume de vendas de seus veículos entre julho e setembro foi capaz de aliviar a pressão nos lucros causada pela alta dos preços das matérias-primas.
Outro ponto que beneficiou a montadora chinesa é que a empresa apoiada por Warren Buffett produz as próprias baterias e semicondutores. Isso evita que a companhia tenha que interromper a produção dos veículos — problema este enfrentado pela fabricante de Elon Musk diversas vezes.
Com isso, desde o início do ano até o final de setembro, a BYD vendeu 1,18 milhão de veículos de energia nova, enquanto a Tesla entregou pouco mais de 900 mil automóveis elétricos no período.
Só no terceiro trimestre, as vendas de carros elétricos chegaram a 537.164 unidades, um aumento de 197% na base anual. Já a empresa de Elon Musk vendeu 343.830 automóveis entre julho e setembro de 2022.
Vale destacar que, apesar de ter superado com larga vantagem as entregas da Tesla, o montante da chinesa considera todos os veículos de energia nova, enquanto a americana vende apenas os automóveis elétricos puros.
Warren Buffett desistiu de competir com Elon Musk?
Quando a Berkshire Hathaway, de Warren Buffett, decidiu investir na montadora BYD, a holding pagou cerca de US$ 1 por ação — gastando cerca de US$ 232 milhões para comprar 225 milhões de ações em 2008.
Essa posição foi mantida até 12 de julho deste ano, segundo registros arquivados na SEC (a CVM dos Estados Unidos).
De lá para cá, a Berkshire diminuiu a posição na BYD em 8%, permanecendo com 207 milhões de ações da asiática no portfólio — isto é, uma participação de 18,87%.
Com isso, o megainvestidor embolsou cerca de US$ 600 milhões ao vender quase 18 milhões de ações da chinesa a um preço médio de US$ 35, segundo análise do Markets Insider.
Os desinvestimentos feitos pelo Oráculo de Omaha geraram questões como “o CEO da Berkshire Hathaway desistiu de vez da competição com a empresa de Elon Musk?” e “a holding de Buffett ainda vai se desfazer de mais ações da montadora asiática?”.
Para o diretor de investimentos da Atlantis Investment, Yang Liu, o mercado pode ter que se preparar para novas vendas por parte de Buffett.
*Com informações de CNBC e Bloomberg
Americanas (AMER3) consegue “colher de chá” de R$ 500 milhões para pagar o que deve à União
Em meio à recuperação judicial, a varejista alcançou um acordo com a PGFN para quitar dívidas fiscais milionárias
Acionistas minoritários são favoráveis à fusão entre Marfrig (MRFG3) e BRF (BRFS3) — mas ainda há outras etapas para oficializar o casamento
Nos votos à distância reportados pela BRF, houve 35% favoráveis à fusão, ante 16% contrários
Do canteiro de obras ao mercado financeiro: como uma incorporadora de alto padrão conseguiu captar meio bilhão com títulos verdes
Tegra estrutura política de sustentabilidade e capta R$ 587 milhões com debêntures e CRI verdes; experiência aponta caminhos possíveis para o setor
Nelson Tanure contrata Rothschild para estruturar oferta pela Braskem (BRKM5), diz jornal
O empresário pretende adquirir a participação da Novonor indiretamente, comprando as ações da holding que controla a fatia da petroquímica
Alpargatas (ALPA4) fecha acordo com Eastman Group, que será distribuidora exclusiva da Havaianas nos Estados Unidos e Canadá
O acordo de distribuição marca uma mudança importante no modelo de operação da companhia na América do Norte
Eve, subsidiária da Embraer (EMBR3), fecha contrato bilionário para decolar com seus ‘carros voadores’ nos céus de São Paulo
Atualmente, a capital paulista possui mais de 400 helicópteros registrados e cerca de 2 mil decolagens e aterrissagens diárias
“Investir sem se preocupar com impacto é quase uma irresponsabilidade”, afirma Daniel Izzo, da Vox Capital
O sócio-fundador da primeira venture capital de impacto do país conta como o setor vem se desenvolvendo, quem investe e os principais desafios para a sua democratização
Após três anos da privatização, Eletrobras (ELET3) ainda não atingiu as expectativas do mercado; entenda o que está travando a ex-estatal
A companhia do setor elétrico avanços nesse período, contudo, o desempenho das ações ainda está aquém do esperado pelo mercado
Dividendos e JCP: saiba quanto a Multiplan (MULT3) vai pagar dessa vez aos acionistas e quem pode receber
A administradora de shopping center vai pagar proventos aos acionistas na forma de juros sobre capital próprio; confira os detalhes
Compra do Banco Master: BRB entrega documentação ao BC e exclui R$ 33 bi em ativos para diminuir risco da operação
O Banco Central tem um prazo de 360 dias para analisar a proposta e deliberar pela aprovação ou recusa
Prio (PRIO3): Santander eleva o preço-alvo e vê potencial de valorização de quase 30%, mas recomendação não é tão otimista assim
Analistas incorporaram às ações da petroleira a compra da totalidade do campo Peregrino, mas problemas em outro campo de perfuração acende alerta
Estreia na Nyse pode transformar a JBS (JBSS32) de peso-pesado brasileiro a líder mundial
Os papéis começaram a ser negociados nesta sexta-feira (13); Citi avalia catalisadores para os ativos e diz se é hora de comprar ou de esperar
Minerva (BEEF3) entra como terceira interessada na incorporação da BRF (BRFS3) pela Marfrig (MRFG3); saiba quais são os argumentos contrários
Empresa conseguiu autorização do Cade para contribuir com dados e pareceres técnicos
“Com Trump de volta, o greenwashing perde força”, diz o gestor Fabio Alperowitch sobre nova era climática
Para o gestor da fama re.capital, retorno do republicano à Casa Branca acelera reação dos ativistas legítimos e expõe as empresas oportunistas
Dividendos e JCP: Telefônica (VIVT3), Copasa (CSMG3) e Neoenergia (NEOE3) pagam R$ 1 bilhão em proventos; veja quem tem direito a receber
A maior fatia é da B3, a operadora da bolsa brasileira, que anunciou na noite desta quinta-feira (11) R$ 378,5 milhões em juros sobre capital próprio
Radar ligado: Embraer (EMBR3) prevê demanda global de 10,5 mil aviões em 20 anos; saiba qual região é a líder
A fabricante brasileira de aviões projeta o valor de mercado de todas as novas aeronaves em US$ 680 bilhões, avanço de 6,25% em relação ao ano anterior
Até o Nubank (ROXO34) vai pagar a conta: as empresas financeiras mais afetadas pelas mudanças tributárias do governo
Segundo analistas, os players não bancários, como Nubank, XP e B3, devem ser os principais afetados pelos novos impostos; entenda os efeitos para os balanços dos gigantes do setor
Dividendo de R$ 1,5 bilhão da Rumo (RAIL3) é motivo para ficar com o pé atrás? Os bancos respondem
O provento representa 70% do lucro líquido do último ano e é bem maior do que os R$ 350 milhões distribuídos na última década. Mas como fica a alavancagem?
O sinal de Brasília que faz as ações da Petrobras (PETR4) operarem na contramão do petróleo e subirem mais de 1%
A Prio e a PetroReconcavo operam em queda nesta quinta-feira (12), acompanhando os preços mais baixos do Brent no mercado internacional
Dia dos Namorados: por que nem a solteirice salva apps de relacionamento como Tinder e Bumble da crise de engajamento
Após a pandemia, dating apps tiveram uma queda grande no número de “pretendentes”, que voltaram antigo método de conhecer pessoas no mundo real