Balanço da Direcional (DIRR3) agrada analistas e mostra como construtoras podem superar desafios do setor. Então, por que as ações não reagiram?
Mesmo pressionada pela alta nos custos da construção e pelo avanço da taxa Selic, a construtora manteve as margens sólidas, mas números não garantiram alta hoje
Depois que o balanço da Tenda (TEND3) surpreendeu negativamente o mercado na semana passada, o temor de que outras construtoras da B3 também apresentassem resultados ruins espalhou-se como fogo em palha pela B3.
Mas os números da Direcional Engenharia (DIRR3) vieram à público ontem e mostraram que não há motivos para pânico. A companhia, que também atua no segmento de baixa e média renda, provou que é possível afugentar os fantasmas que assombram o setor e entregar um desempenho sólido.
Mesmo pressionada pela alta nos custos da construção e pelo avanço da taxa Selic, a construtora manteve a margem bruta em 36,5%, um patamar “forte” para os analistas do Bank of America, Genial Investimentos e XP.
- IMPORTANTE: Liberamos um guia gratuito com tudo que você precisa para declarar o Imposto de Renda 2022; acesse pelo link da bio do nosso Instagram e aproveite para nos seguir. Basta clicar aqui
Só elogios para a Direcional (DIRR3)
“A Direcional apresentou resultados sólidos no 4T21 e, em sua maioria, em linha com nossas estimativas e mantendo as margens brutas sólidas após resultados fracos de Tenda na semana passada”, destaca o BofA em relatório divulgado nesta terça-feira (15).
Os analistas da Genial também reforçam que a companhia “tem sido capaz de manter suas margens resilientes e em patamar que rivaliza com as de construtoras de alta renda”.
Para eles, o feito é possível graças ao mix de produtos oferecido pela controlada Riva, voltada para renda média, e uma postura mais agressiva nas vendas.
Leia Também
O Bank of America concorda que o aumento da exposição ao segmento de renda média — fora do foco da Direcional no programa habitacional Casa Verde e Amarela — é favorável às margens, “dada a melhor flexibilidade de preços em face das pressões persistentes de preços sobre materiais”.
Com essa avaliação, os analistas das três casas mantiveram a recomendação de compra para as ações DIRR3, com preço-alvo de R$ 17,00 para BofA e XP. O valor indica um potencial de alta de 53,3% em relação à cotação atual das ações.
Direcional (DIRR3) desce e Tenda (TEND3) sobe: quem explica as construtoras no mercado?
Mas, mesmo com o balanço elogiado, os papéis da Direcional recuaram hoje na B3, enquanto Tenda disparou e MRV também subiu forte. Veja abaixo as cotações de fechamento:
- Direcional (DIRR3): R$ 11,09 (-0,27%);
- MRV (MRVE3): R$ 10,34 (+2,48%);
- Tenda (TEND3): R$ 8,60 (+6,17%);
O comportamento das ações mostra que números sólidos nem sempre são o suficiente para agradar os investidores. Vale lembrar que o mercado de renda variável reflete uma série de fatores além dos qualitativos.
Portanto, não é possível cravar os motivos por trás das cotações. Mas uma análise dos múltiplos das ações indica que o comportamento do mercado hoje pode ser explicado por uma opção dos investidores pelo papel com maior desconto.
| Ação | P/L |
| DIRR3 | 7,85x |
| MRVE3 | 6,37x |
| TEND3 | -4,56x |
Múltiplos mais baixos são desejados por indicarem empresas mais baratas em relação ao valor gerado. Números negativos, porém, apontam prejuízo e podem ser um sinal de alerta.
Esse é o caso da Tenda. O indicador de P/L — que representa a relação entre preço e lucro de uma ação —, por exemplo, estava na casa de 8x até a semana passada. Após o balanço da construtora revelar prejuízo líquido em 2021, o múltiplo caiu para -4,56x.
Além disso, mesmo com a alta registrada hoje, as ações da Tenda ainda recuam 17,4% desde a divulgação dos números do quarto trimestre, um possível fator de atração para os investidores em busca de pechinchas no setor.
Com o balanço da Direcional mostrando que há esperança para as construtoras de baixa renda, a queda pode ganhar ares de oportunidade com a possibilidade de uma recuperação da Tenda nos próximos meses.
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem
BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México
O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”
As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%
Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano
A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação
2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque
Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque
Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição
TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora
Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões
BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)
O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic
Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem
Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros
JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje
Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas
Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever
Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial
Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista
A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto
