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Larissa Vitória

Larissa Vitória

É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo na Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo portal SpaceMoney e pelo departamento de imprensa do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).

ATROPELADAS PELA INFLAÇÃO

Por que as ações da Tenda (TEND3) derretem após o balanço do quarto trimestre e afundam outras construtoras da B3

Classificados como “fracos”, “muito negativos” e “para esquecer” pelos analistas, os números jogaram um balde de água fria sobre as ações

Tenda TEND3 Construtoras Incorporadoras ações
Imagem: Shutterstock

Alguém anotou a placa do caminhão que atropelou as incorporadoras nesta sexta-feira (11)? A velocidade dificultou a leitura das letras e números, mas testemunhas ouvidas pelo Seu Dinheiro apontam que eles formavam a sigla TEND3, ticker da Tenda na B3.

E por trás do volante do veículo desgovernado e causando todo o estrago, ainda segundo as investigações, estava o balanço da empresa, divulgado na noite de quinta-feira (11).

Classificados como “fracos”, “muito negativos” e “para esquecer” pelos analistas, os números do quarto trimestre jogaram um balde de água fria sobre as ações. Por volta das 14h40, a Tenda desabava 24,82%, a R$ 9,21.

O impacto não está restrito apenas à Tenda. Outras construtoras sofrem os efeitos colaterais, que são especialmente duros para aquelas que também focam nos segmentos de baixa e média renda. Veja abaixo as cotações das principais empresas do setor:

  • Cury (CURY3): R$ 6,49 (-6,35%);
  • Cyrela (CYRE3): R$ 14,24 (-2,60%);
  • Direcional (DIRR3): R$ 10,91 (-7,31%);
  • Even (EVEN3): R$ 5,46 (-2,85%);
  • Eztec (EZTC3): R$ 16,33 (-4,39%);
  • Lavvi (LAVV3): R$ 4,84 (-3,78%);
  • Melnick (MELK3): R$ 3,69 (-3,91%);
  • MRV (MRVE3): R$ 10,57 (-10,88%);

Os números por trás da queda da Tenda (TEND3)

A chegada do balanço marca uma virada para a Tenda. Quando saíram as prévias operacionais das incorporadoras, em janeiro, a companhia era apontada como uma das favoritas do setor, com oito recomendações de compra.

Seus esforços para manter as margens em meio à alta nos insumos da construção civil e o  aperto na taxa básica de juros brasileira — que encarece os financiamentos imobiliários, um dos pilares do mercado — eram elogiados.

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Agora, com a divulgação dos números do quarto trimestre, investidores e analistas verificaram que os esforços não foram suficientes para vencer os implacáveis cenários macro e microeconômico.

Cresceram em R$ 350 milhões os custos de produção e também foram gastos R$ 169 milhões com despesas operacionais, alta de 42,7% na comparação com o quarto trimestre do ano anterior. 

Conforme destaca a Genial Investimentos, o modelo de negócios da empresa dificultou o repasse aos consumidores: “A companhia, por atuar no grupo dois do Programa Casa Verde e Amarela, não tem muita liberdade para aumentar o preço, impactando suas margens”.

Com isso, a receita líquida ficou em R$ 517,2 milhões entre outubro e dezembro, queda de 24,6% na mesma base de comparação. A Tenda também terminou o ano com prejuízo líquido de R$ 191,5 milhões em 2021, revertendo o lucro de R$ 200,3 milhões registrado em 2020.

Margens cada vez mais apertadas 

Os analistas destacam ainda que a alta de R$ 350 milhões nos custos de produção levou a margem bruta ajustada a recuar 42,5 pontos percentuais no trimestre, para -11%.

Para quem está se perguntando quais despesas exigiram esse crescimento, os analistas do BTG detalham o destino de cada centavo:

  • R$ 73 milhões foram gastos com a maior inflação já incluída em seus projetos;
  • R$ 89 milhões cobriram as expectativas de inflação mais alta no futuro;
  • R$ 85 milhões foram para custos relacionados a reajustes de orçamento na infraestrutura de projetos;
  • e R$ 126 milhões foram despendidos devido à queda na produtividade em seus canteiros de obras, afetados pela pandemia de covid-19.

No ano, a margem bruta ajustada também recuou 13 p.p., para 19,2%. “Mesmo após duas revisões de guidance ao longo de 2021, ela ficou longe de ser atingida, muito distante da expectativa revisada de 26-28% e mais distante ainda do ponto de eficiência operacional de 32-34%”, indica a Genial.

A corretora mantém a recomendação neutra para TEND3, com preço-alvo de R$ 17 por ação. Já o BTG Pactual recomenda compra e preço-alvo de R$ 40, mas já avisou que revisará os números em breve.

A queda da Tenda (TEND3) iniciou um efeito dominó na bolsa?

Agora que você já sabe por que o mercado não está contente com a Tenda (TEND3), é hora de conferir como os números ruins da construtora afetam outras empresas do setor.

Até mesmo aquelas que ainda não divulgaram os balanços do quarto trimestre sofrem hoje. Esse é o caso da MRV, por exemplo, que lidera as perdas do Ibovespa.

Não há resposta definitiva para essa questão, pois o mercado de renda variável reflete uma série de fatores que, muitas vezes, não são apenas quantitativos.

Mas há indícios que ajudam a construir uma resposta. Por trabalharem com públicos e condições similares aos da Tenda, outras construtoras do segmento podem apresentar resultados parecidos.

E, para piorar as perspectivas, o contexto econômico que eleva a inflação, a taxa básica de juros e encarece os materiais da construção civil não deve mudar tão cedo.

“Para 2022, não vemos a situação dos preços dos insumos de construção de forma positiva, principalmente com o início da guerra na Ucrânia, que tende a aumentar os preços por tempo ainda difícil de se prever”, alerta a Genial.

Antes de ir, saiba se a afirmação é verdadeira: quanto mais cedo declarar o IR, melhor? Assista o vídeo abaixo sobre a restituição do Imposto de Renda 2022 e inscreva-se no canal do Seu Dinheiro no Youtube para mais conteúdos exclusivos:

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