🔴 +30 RECOMENDAÇÕES DE ONDE INVESTIR EM DEZEMBRO – VEJA AQUI

Aperte os cintos! Mais uma Super Quarta vem aí, com promessa de mais uma rodada de alta de juros ao redor do globo

Maioria dos bancos centrais com reunião prevista para esta semana deve subir juros; no Brasil, ciclo de aperto monetário pode chegar ao fim

20 de setembro de 2022
6:01 - atualizado às 8:04
Roberto Campos Neto e Jerome Powell, presidentes dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos
Roberto Campos Neto e Jerome Powell, presidentes dos bancos centrais do Brasil e dos Estados Unidos - Imagem: Divulgação

É evidente que os mercados estejam estressados. Na semana passada, os investidores assistiram a mais de 3,75 trilhões de dólares serem apagados dos mercados globais de ações, tudo depois da divulgação do índice de inflação nos Estados Unidos. Até então, os mercados conseguiam sustentar certa alta, se baseando na expectativa de um Federal Reserve mais comedido. Não parece ser o caso.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Como se não bastasse o discurso duro de Jerome Powell, presidente do Fed, em Jackson Hole, foi necessário que os preços nos EUA voltassem a assustar para que os mercados caíssem na real. Deu no que deu. O mais interessante foi o fato de acontecer na semana que antecede uma grande quantidade de decisões de política monetária ao redor do mundo.

Mas não são apenas os EUA e o Brasil em ação nesta semana. Vários outros bancos centrais devem apresentar aumentos de taxas que somam mais de 500 pontos-base combinados, com potencial para uma contagem maior se as autoridades optarem por uma abordagem mais agressiva. Destaque para a Inglaterra, Japão e China.

Fonte: Bloomberg

Qual banco central age quando

O início do processo será o da Suécia, na terça-feira, com os formuladores de política monetária previstos pelos economistas para acelerar o aperto com um movimento de 75 pontos-base. Na terça, também teremos decisão na China. Em seguida, vem o Fed (EUA) e o Bacen (Brasil) na quarta-feira.

Na quinta-feira, teremos o Japão, as Filipinas, a Indonésia e Taiwan aumentando suas respectivas taxas. Na sequência, no mesmo dia, o foco muda para a Europa, com aumentos de meio ponto ou mais na Suíça, Noruega e Reino Unido.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em outro continente, a África do Sul continuará com seu movimento hawkish (contracionista) de 75 pontos-base, sendo que o Egito também poderá agir nesta mesma linha mais contracionista.

Leia Também

Aperto monetário em escala global não é a novidade

O aperto monetário em nível global não é nenhuma novidade. Ao todo, cerca de 90 bancos centrais aumentaram as taxas de juros este ano, e metade deles subiu pelo menos 75 pontos-base de uma só vez. Em outras palavras, vivemos o aperto monetário mais amplo da política monetária em 15 anos.

Fonte: Bloomberg

Trata-se de um afastamento decisivo da era do dinheiro barato iniciada pela crise financeira de 2008, em meio aos esforços das autoridades monetárias para enfrentar a tarefa nada invejável de conter a inflação mais alta em décadas sem desencadear recessões severas.

Com isso esclarecido, vamos ao que mais nos interessa: a Super Quarta.

Costumeiramente, os investidores do mercado brasileiros chamam a quarta-feira na qual se finaliza as reuniões de política monetária no Brasil e nos EUA de Super Quarta. As decisões para esta semana já são bem antecipadas pelo mercado, restando a formação de expectativas para os comunicados que acompanham as mudanças.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Nos EUA, desde que o último relatório mostrando a inflação anual ao consumidor em 8,3%, as apostas em Wall Street aumentaram de que o Federal Reserve poderia elevar as taxas de juros em um ponto percentual pela primeira vez em sua história moderna. Contudo, entendo que não seja o mais provável.

Fed deve manter ritmo do aperto

O Fed deverá manter o nível de elevação da última reunião, subindo a taxa de juros em 75 pontos mais elevada, colocando-a entre 3% e 3,25% ao ano. Adicionalmente, será importante acompanharmos a coletiva de Powell, logo na sequência da decisão.

Se o presidente mantiver o tom agressivo e combativo contra a inflação, será possível mais uma alta de 75 pontos-base em novembro.

Os próximos passos de Jerome Powell serão mais difíceis, já que a economia está começando a mostrar o impacto dos aumentos das taxas do banco central para conter a demanda do consumidor e conter a inflação — a manufatura está desacelerando e as vendas no varejo estão diminuindo em meio a altas taxas de inflação, enquanto o mercado de trabalho permanece bastante aquecido.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Powell enfatizou há semanas que o Fed sabe que suas ações devem provocar uma dolorosa consciência sobre a economia real.

Contudo, ele também diz que não controlar a inflação agora só causará mais dor no futuro, e o Fed não será dissuadido de seu objetivo de reduzir a inflação para 2%.

No Brasil, fim do aperto ou alta residual?

Enquanto isso, no Brasil, os membros do Banco Central devem encerrar o ciclo de aperto monetário após uma série sem precedentes de aumentos nos últimos 18 meses, que levou a taxa de juros de 2% para dois dígitos.

No Comitê de Política Monetária (Copom) desta quarta-feira, entendo ser válido encerrar sem novas altas, em 13,75%.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Há ainda a possibilidade de um ajuste adicional marginal de 25 pontos, colocando a Selic em 14% ao ano. Menos provável, pouca coisa mudaria se de fato confirmado.

Roberto Campos Neto deverá manter as coisas como estão e apenas manter o tom cauteloso, o que preservaria os juros elevados até a segunda metade do ano que vem.

Eventuais surpresas devem ter efeito na curva de juros, no câmbio e nos mercados de ações.

Para as empresas americanas, entendo que ainda haja espaço para quedas adicionais, podendo renovar as mínimas nos índices em breve (ainda estamos em um bear market, afinal).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Para o Brasil, por outro lado, considerando o desconto já existente em nossos ativos e a clara predileção dos alocadores por teses tradicionais e descontadas (value), vejo espaço para valorização ainda em 2022.

Dessa forma, feito sob o devido dimensionamento das posições, conforme seu perfil de risco e a devida diversificação de carteira, com as respectivas proteções associadas, gosto de uma combinação de Bolsa brasileira, renda fixa local (o caixa no Brasil paga dois dígitos por meio de um título Tesouro Selic 2027, por exemplo) e dólar (moeda forte).

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Copel (CPLE3) é a ação do mês, Ibovespa bate novo recorde, e o que mais movimenta os mercados hoje

3 de dezembro de 2025 - 8:24

Empresa de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, a Copel é a favorita para investir em dezembro. Veja o que mais você precisa saber sobre os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Mais empresas no nó do Master e Vorcaro, a escolha do Fed e o que move as bolsas hoje

2 de dezembro de 2025 - 8:16

Titan Capital surge como peça-chave no emaranhado de negócios de Daniel Vorcaro, envolvendo mais de 30 empresas; qual o risco da perda da independência do Fed, e o que mais o investidor precisa saber hoje

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros

2 de dezembro de 2025 - 7:08

A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual

EXILE ON WALL STREET

Tony Volpon: Bolhas não acabam assim

1 de dezembro de 2025 - 19:55

Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso

DÉCIMO ANDAR

As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora

30 de novembro de 2025 - 8:00

Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado

28 de novembro de 2025 - 8:25

Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros

SEXTOU COM O RUY

Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo

28 de novembro de 2025 - 6:01

A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje

27 de novembro de 2025 - 8:23

Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR

INSIGHTS ASSIMÉTRICOS

Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim

27 de novembro de 2025 - 7:49

Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?

26 de novembro de 2025 - 19:30

Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje

26 de novembro de 2025 - 8:36

Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado

25 de novembro de 2025 - 8:20

Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional

EXILE ON WALL STREET

Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central

24 de novembro de 2025 - 19:59

Se você é explicitamente “o menino de ouro” do presidente da República e próximo ao ministério da Fazenda, é natural desconfiar de sua eventual subserviência ao poder Executivo

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Hapvida decepciona mais uma vez, dados da Europa e dos EUA e o que mais move a bolsa hoje

24 de novembro de 2025 - 7:58

Operadora de saúde enfrenta mais uma vez os mesmos problemas que a fizeram despencar na bolsa há mais dois anos; investidores aguardam discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE) e dados da economia dos EUA

BOMBOU NO SD

CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3), o ‘terror dos vendidos’ e mais: as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana

23 de novembro de 2025 - 17:13

Matéria sobre a exposição da Oncoclínicas aos CDBs do Banco Master foi a mais lida da semana; veja os destaques do SD

MERCADOS HOJE

A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje

21 de novembro de 2025 - 9:27

Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa

20 de novembro de 2025 - 8:36

Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento

EXILE ON WALL STREET

Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?

19 de novembro de 2025 - 20:00

Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje

19 de novembro de 2025 - 8:01

Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje

O MELHOR DO SEU DINHEIRO

O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje

18 de novembro de 2025 - 8:29

Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar