Fenômeno vegano, Beyond Meat cortará 19% dos funcionários após redução de vendas e queda forte das ações
Para a empresa, a alta dos preços é a grande vilã; os papéis da companhia negociados na Nasdaq registram queda de 78% desde o início do ano

No auge da onda das startups, a fabricante de produtos veganos Beyond Meat surgiu como uma das “foodtechs” — empresas de tecnologia aplicada à indústria dos alimentos — mais promissoras. Mas a empresa acabou não resistindo ao cenário econômico mais difícil e anunciou nesta sexta-feira (14) um corte drástico no quadro de funcionários — inclusive do alto escalão.
A Beyond Meat planeja demitir cerca de 19% dos colaboradores, o que corresponde a cerca de 200 pessoas, até o final do ano. Essa deve ser a segunda baixa na empresa, que reduziu 4% da força de trabalho em agosto.
As ações da Beyond Meat caem 7,38% no pregão desta sexta-feira (14) na bolsa norte-americana Nasdaq após o anúncio, cotadas a US$ 13,69.
Beyond Meat: diretor “carnívoro”
As demissões acontecem em meio à polêmica saída do diretor de operações, Doug Ramsey, que foi preso por supostamente ter agredido com uma mordida um homem em Arkansas. Além disso, o diretor financeiro Philip Hardin renunciou ao cargo no início desta semana.
A empresa também iniciou uma reestruturação interna, com o corte no número de setores. A exemplo disso, eliminou a diretoria de crescimento.
“Acreditamos que nossa decisão de reduzir pessoal e despesas em toda a empresa, incluindo nosso grupo de liderança, reflete um dimensionamento adequado de nossa organização, dadas as condições econômicas atuais”, afirma Ethan Brown, CEO da Beyond em comunicado.
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Ele acrescentou que a alta dos preços é a principal motivo para a queda nas receitas, já que “os consumidores trocam [os produtos] por proteínas mais baratas, incluindo carne animal”.
Por fim, com as demissões e mudanças estruturais, a empresa estima uma economia de cerca de US$ 39 milhões nos próximos 12 meses.
Ainda, a fabricante de produtos veganos reduziu as expectativas de receita anual de US$ 520 milhões para uma faixa entre US$ 400 milhões e US$ 425 milhões e prevê uma queda de vendas de até 14% neste ano em comparação com 2021.
Resultados (não) sustentáveis
A Beyond Meat começou a vender alimentos à base de plantas nos EUA em 2012 e cresceu rapidamente nos últimos anos.
Sete anos, em 2019, a empresa fez a abertura do seu capital (IPO, na sigla em inglês) na Nasdaq, após levantar US$ 241 milhões com um oferta de 9,63 milhões de ações. No primeiro dia de negociações, os papéis da empresa subiram mais de 170%.
Um ano depois do IPO, a empresa já estava presente em mais de 70 países e anunciou sua chegada ao Brasil, juntamente com a expansão dos negócios na China.
Por outro lado, a fabricante de produtos à base de proteína vegetal acompanhou o surgimento de novos concorrentes, incluindo gigantes do setor de alimentos como Kellogg e Tyson Foods.
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E com a alta dos preços no cenário internacional, as vendas dos produtos da Beyond Meat caíram — e as ações da empresa também. Os papéis da companhia negociados na Nasdaq registram queda de 78% desde o início do ano.
*Com informações de BBC, CNBC e Reuters
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