A montanha-russa do IRB (IRBR3): Resseguradora volta ao prejuízo em abril depois de fechar primeiro trimestre com lucro
IRB registrou prejuízo de R$ 92,7 milhões em abril; no acumulado dos primeiros quatro meses de 2022, resseguradora também voltou para o vermelho
Entra mês, sai mês e parece que o IRB Brasil (IRBR3) não sai de sua montanha-russa particular na tentativa de recuperar-se da crise iniciada há pouco mais de dois anos.
Depois de voltar a dar lucro em janeiro e recolocar o pé no prejuízo em fevereiro para em seguida fechar o primeiro trimestre de 2022 no azul, a resseguradora voltou a registrar prejuízo em abril.
A informação faz parte da prestação de conta que o IRB é obrigado a fazer mensalmente à Superintendência de Seguros Privados (Susep).
O prejuízo do IRB em abril
A prestação de contas do IRB à Susep não é detalhada como um balanço trimestral, mas fornece pistas do que será informado mais adiante. A expectativa é de que os dados referentes ao segundo trimestre sejam conhecidos somente em 15 de agosto.
Portanto, vamos aos dados disponíveis.
Em relação a abril deste ano, o IRB registrou prejuízo de R$ 92,7 milhões, comparado a um prejuízo de R$ 48,9 milhões no mesmo mês de 2021.
No acumulado dos primeiros quatro meses de 2022, o IRB reportou prejuízo de 12,2 milhões, ante lucro líquido de R$ 1,9 milhão entre janeiro e abril de 2021.
Leia Também
Prêmio emitido e despesas com sinistro
O IRB emitiu R$ 552,8 milhões em prêmios em abril. Trata-se de uma queda de 29,7% em relação a abril de 2021.
Já no acumulado dos quatro primeiros meses de 2022, o prêmio emitido caiu 5,8% na comparação com o mesmo período do ano passado, para R$ 2,56 bilhões.
Por sua vez, as despesas com sinistro ficaram em R$ 478 milhões em abril de 2022, praticamente estáveis em relação a abril do ano passado.
Entretanto, o índice de sinistralidade passou de 84,3% em abril de 2021 para 103,1% um ano depois. Segundo o IRB, o principal impacto veio do segmento agro.
No acumulado do ano, as despesas com sinistro recuaram 7,7% em relação ao mesmo período de 2021, para 1,41 bilhão. Já o índice de sinistralidade subiu de 75,6% para 87,4% na mesma base de comparação.
Relembre o escândalo que manchou a reputação do IRB
IRBR3 estava entre as ações mais badaladas da bolsa brasileira até pouco antes da pandemia.
O calvário do IRB teve início da primeira sessão de fevereiro de 2020.
Foi quando veio a público o alerta da Squadra.
A gestora carioca foi a primeira a apontar a existência de inconsistências contábeis nos balanços da empresa de resseguros.
Warren Buffet no IRB?
Executivos da companhia ainda tentaram salvar a imagem da empresa ao divulgar a notícia falsa de que a Berkshire Hathaway, holding de investimentos do bilionário Warren Buffett, teria “aumentando a posição em IRBR3”. E funcionou por um momento. Os papéis recuperaram imediatamente parte das perdas.
Mas, assim como ocorreu com os balanços, o jogo virou quando a mentira foi descoberta. O IRB foi alvo de um vexame internacional depois que a Berkshire veio a público afirmar que nunca teve, não tem e não pretende ter ações da empresa.
Até a abertura da sessão de hoje, IRBR3 encontrava-se 67% abaixo de seu pico histórico, registrado justamente na última sessão de janeiro de 2020.
Nesta quarta-feira, os papéis IRBR3 protagonizaram a maior queda do Ibovespa, fechando com baixa de 10,60%, a R$ 2,53.
Para consultar os resultados recentes do IRB, consulte os links a seguir:
- IRB (IRBR3) volta a dar lucro em janeiro, puxado por ganho em ação judicial;
- IRB Brasil (IRBR3) volta a registrar prejuízo em fevereiro;
- Lucro do IRB Brasil (IRBR3) cresce 58% no 1T22, mas busca pela credibilidade perdida ainda está longe do fim.
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50
Queda brusca na B3: por que a Azul (AZUL4) despenca 22% hoje, mesmo com a aprovação do plano que reforça o caixa
As ações reagiram à aprovação judicial do plano de reorganização no Chapter 11, que essencialmente passa o controle da companhia para as mãos dos credores
Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema
Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem