Petróleo em queda alivia juros antes do Copom, mas bolsa fecha o dia no vermelho; dólar vai a R$ 5,15
O Ibovespa não conseguiu acompanhar o movimento das bolsas internacionais e fechou em queda firme, no aguardo da Super-Quarta
Uma das táticas mais tradicionais na hora de tomar uma decisão é sempre a boa e velha lista de prós e contras. De um lado, tudo o que você pode ganhar, do outro, tudo o que você pode perder. Uma dinâmica semelhante ao que vimos hoje no Ibovespa.
De forma simplificada, podemos dizer que o processo de decisão de política monetária é um nível mais avançado da brincadeira. Para combater a inflação, a elevação da taxa de juros pode ajudar, mas se o cenário econômico também estiver prejudicado, a dose do remédio pode acabar trazendo danos colaterais indesejados.
Amanhã, o Federal Reserve, banco central americano, deve iniciar a sua jornada de normalização da taxa básica de juros. Já o BC brasileiro, deve reduzir o ritmo de alta da Selic, com a elevação de apenas um ponto percentual. Tudo isso em meio à crescente onda de impactos econômicos causados pela guerra na Ucrânia.
Nas últimas semanas, vimos o preço do petróleo decolar com o conflito, pressionando a inflação em todo o mundo. Mas hoje, na véspera da decisão, o comportamento das commodities aliviou a pressão. Na China, cidades inteiras voltam ao isolamento social para conter surtos de covid-19, e a queda de demanda pode ajudar a lidar com a restrição de oferta vinda da Rússia.
Se por um lado commodities em queda é uma boa notícia do ponto de vista inflacionário, por outro significa que uma bolsa fortemente concentrada em empresas produtoras e exportadoras desses ativos sente o baque com força – como é o caso do Brasil.
Com o petróleo caindo mais de 6% e o minério de ferro recuando 7%, o Ibovespa ficou longe do apetite por risco visto no exterior. O principal índice da bolsa brasileira recuou 0,88%, aos 108.959 pontos. O dólar à vista avançou 0,76%, a R$ 5,1591. No mercado de juros, a aposta por uma alta maior do que 1 ponto percentual por parte do BC brasileiro amanhã perdeu força.
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| CÓDIGO | NOME | ULT | FEC |
| DI1F23 | DI jan/23 | 13,09% | 13,24% |
| DI1F25 | DI Jan/25 | 12,43% | 12,67% |
| DI1F26 | DI Jan/26 | 12,24% | 12,49% |
| DI1F27 | DI Jan/27 | 12,24% | 12,49% |
No exterior, dados de inflação ao produtor nos Estados Unidos mostraram números melhores do que o esperado. A queda de 6% do petróleo também ajudou as bolsas americanas a ganharem um fôlego extra antes da tão aguardada decisão de política monetária do Federal Reserve amanhã. O Dow Jones subiu 1,82%, enquanto o S&P 500 e Nasdaq avançaram mais de 2%.
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Um susto conhecido
A China decidiu impor novas medidas restritivas em diversas cidades para conter os novos surtos de coronavírus que começam a ser identificados no país. Segundo o governo local, foram mais de 15 mil infecções sintomáticas transmitidas localmente em 28 províncias.
A preocupação geral é de que o novo isolamento traga problemas para a cadeia produtiva, pressionando mais uma vez a inflação global. Por essa razão, a queda do petróleo e do minério de ferro aliviaram o cenário para negócios.
O fantasma do fiscal
A bolsa monitora os ruídos que chegam de Brasília. Ontem, surgiu a notícia de que o governo estuda elevar o valor do Auxílio Brasil, uma medida que impõe uma cautela ainda maior ao já conturbado cenário fiscal. Tendo em vista a guerra na Ucrânia, o plano seria decretar estado de calamidade, evitando assim que a medida esbarre na lei eleitoral.
Sobe e desce do Ibovespa
Com o petróleo em queda de 6% e a curva de juros dando algum respiro antes da decisão de política monetária do Banco Central brasileiro e do Fed, empresas do setor aéreo e de consumo tiveram um dia de recuperação. Confira as maiores altas do dia no Ibovespa:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| AZUL4 | Azul PN | R$ 20,10 | 6,91% |
| PETZ3 | Petz ON | R$ 17,13 | 5,87% |
| CIEL3 | Cielo ON | R$ 2,57 | 5,33% |
| NTCO3 | Natura ON | R$ 21,82 | 5,16% |
| BEEF3 | Minerva ON | R$ 11,59 | 3,76% |
A divulgação do resultado do quarto trimestre de 2021 parece ter consolidado o mau momento vivido pelo Magazine Luiza. Com margens apertadas e um cenário macroeconômico desafiador para o comércio eletrônico, as ações da ex-queridinha da bolsa fecharam com um recuo de mais de 8%. Confira também as maiores quedas dentro do principal índice da bolsa:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| MGLU3 | Magazine Luiza ON | R$ 4,87 | -8,63% |
| CMIN3 | CSN Mineração ON | R$ 5,72 | -5,30% |
| GGBR4 | Gerdau PN | R$ 27,56 | -4,54% |
| USIM5 | Usiminas PNA | R$ 13,37 | -4,29% |
| CSNA3 | CSN ON | R$ 23,35 | -4,19% |
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