De carona com Wall Street, Ibovespa sobe 1,3%, mas estaciona nos 113 mil pontos; dólar encerra o dia em queda
Veja tudo o que movimentou os mercados hoje, incluindo os principais destaques do noticiário corporativo e as ações com o melhor e o pior desempenho do Ibovespa

Os principais índices acionários dos Estados Unidos entraram em um carro e dirigiram a toda velocidade pela estrada das cotações nesta segunda-feira (17). E, no meio do caminho, pararam para dar uma carona para o Ibovespa.
O combustível para a arrancada foi fornecido pela renovação do apetite por risco nas principais praças ao redor do mundo. Na Europa, por exemplo, a reversão de quase todas as medidas do pacote fiscal britânico animou as negociações. Em Wall Street, a festa foi patrocinada pelos balanços de grandes bancos e levou a altas de até 3,4%.
Por aqui, uma parte do trajeto foi feita de avião: as companhias aéreas e de turismo dominaram a ponta positiva do principal índice acionário brasileiro.
Um dos fatores por trás da forte alta desses setores foi a queda de 0,37% do dólar — a moeda norte-americana encerrou o dia cotada em R$ 5,3028. O alívio nos juros futuros também ajudou a alimentar as expectativas pela venda de passagens aéreas e viagens para o exterior.
Impulsionado pelo otimismo global e nacional, o Ibovespa subiu 1,38%, cotado em 113.623 pontos. A alta poderia ter sido maior — ele chegou a ultrapassar os 114.300 pontos —, mas uma virada negativa do petróleo no exterior pressionou as ações da Petrobras (PETR4) e o índice.
Sobe e desce do Ibovespa
Além das companhias aéreas, a queda dos juros futuros também beneficiou o setor de tecnologia, que marcou presença entre as maiores altas do Ibovespa com as ações da Locaweb (LWSA3).
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Veja abaixo os destaques positivos do índice:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
CVCB3 | CVC ON | R$ 6,90 | 9,18% |
EMBR3 | Embraer ON | R$ 12,15 | 6,58% |
AZUL4 | Azul PN | R$ 16,50 | 6,11% |
LWSA3 | Locaweb ON | R$ 10,20 | 5,37% |
ELET3 | Eletrobras ON | R$ 46,05 | 4,90% |
Já a ponta negativa foi dominada pela MRV (MRVE3). A construtora registrou um tombo brusco após a divulgação de uma prévia operacional do terceiro trimestre que desagradou analistas e investidores.
Fleury (FLRY3) e Braskem (BRMK5) acompanharam a companhia nas primeiras posições. A primeira empresa foi afetada pela notícia de que fará aumento de capital de R$ 1,2 bilhão para reforçar o caixa. Já a segunda devolveu os ganhos dos últimos dias. Confira:
CÓDIGO | NOME | ULT | VAR |
MRVE3 | MRV ON | R$ 9,31 | -11,42% |
BRKM5 | Braskem PNA | R$ 34,61 | -3,54% |
FLRY3 | Fleury ON | R$ 17,94 | -2,87% |
YDUQ3 | Yduqs ON | R$ 12,94 | -1,45% |
USIM5 | Usiminas PNA | R$ 7,30 | -1,22% |
Uma volta ao redor do mundo
No exterior, a temporada de balanços e o pacote fiscal do Reino Unido deram a tônica dos negócios. O resultado trimestral mais esperado nos EUA foi o do Bank of America, que agradou e subiu 6% hoje.
No decorrer da semana, os balanços da Netflix, da Tesla e da IBM também vão agitar o setor de tecnologia. Outras empresas para se prestar atenção nos próximos dias são Johnson & Johnson, United Airlines, AT&T, Verizon e Procter & Gamble.
Na Europa, as bolsas reagiram à expectativa com a reformulação do plano fiscal do novo ministro das Finanças do Reino Unido. Jeremy Hunt acalmou os nervos do mercado e dos políticos conservadores ao reverter boa parte do pacote de corte de impostos da premiê Liz Truss.
Vale destacar que Hunt é o segundo ministro das Finanças de Truss, que assumiu o governo britânico há menos de um mês e meio.
Hunt sucede Kwasi Kwarteng, rifado na semana passada em meio à repercussão negativa de seu plano de mini-orçamento. No fim de semana, Hunt afirmou que sua prioridade será o crescimento econômico, assim como era a de seu antecessor, mas seu plano será pautado pela “estabilidade”.
Uma das exceções para o otimismo generalizado foram as bolsas da Ásia e Pacífico, que encerraram o primeiro pregão da semana sem direção definida. Os mercados locais ainda digerem o congresso do Partido Comunista na China, que ocorreu no fim de semana.
Ao que tudo indica, o presidente Xi Jinping deve continuar à frente do país e manter a política de "covid zero' que afetou diretamente o desempenho da economia por lá.
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