Esquenta dos mercados: Inflação derrete bolsas no exterior com perspectiva de juros elevados; Ibovespa aguarda dados de desemprego hoje
Na nova rodada da pesquisa Genial/Qaest, os candidatos Lula e Bolsonaro mantiveram suas posições, mesmo com o início da campanha

A quarta-feira (31) das bolsas internacionais começa ao som de Raul Seixas. Não, os investidores não estão marcando os 33 anos e 10 dias da partida do ícone da música brasileira. Estão apenas se inspirando na letra de ‘Tente Outra Vez’ para ver se agora vai.
Em queda desde a sexta-feira, as principais bolsas de valores estrangeiras começaram o dia em busca de recuperação.
Nada muito robusto, porém: os índices futuros de Nova York oscilam sem direção definida, enquanto a inflação na zona do euro voltou a bater recorde, lançando as bolsas da região em território claramente negativo.
O mais recente movimento de queda começou depois do esperado discurso do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano), Jerome Powell, no simpósio de banqueiros centrais de Jackson Hole.
Na ocasião, ele sinalizou que o ambiente de taxas de juros mais elevadas provavelmente persistirá até que o Fed consiga domar o dragão da inflação.
Para completar um cenário externo nada favorável aos negócios, a Rússia interrompeu o fornecimento de gás do gasoduto Nord Stream 1 para a Europa no início desta quarta-feira, aumentando as perspectivas de recessão e racionamento de energia na região.
Leia Também
A interrupção para manutenção no Nord Stream 1 significa que nenhum gás fluirá para a Alemanha entre 31 de agosto e 3 de setembro, de acordo com a gigante estatal russa de energia Gazprom
Os números do operador do gasoduto — disponíveis no site da empresa — mostraram fluxos em zero nesta quarta-feira, com três horas consecutivas sem fluxos.
Por aqui, os investidores estão em busca de justificativas para descolar o Ibovespa de Wall Street. Na última sessão, o Ibovespa encerrou os negócios em queda de 1,68%, aos 110.430 pontos. Já o dólar à vista avançou 1,58%, a R$ 5,1130.
Confira o que irá movimentar o dia das bolsas, do dólar e do Ibovespa:
Uma ponta de esperança para as bolsas
Mas como é de batalhas que se vive a vida, parte dos investidores se enche de otimismo na expectativa de que a alta dos juros nos EUA poderia estar próxima do fim.
Esse grupo otimista não se ilude ao ponto de imaginar que o Fed poderia simplesmente não subir novamente a taxa básica de juro em setembro — e também mais duas vezes ainda em 2022. Mas ainda haveria muitos indicadores econômicos à espera de cruzar a ponte.
Na balança
A inflação encontra-se ainda próxima de seus níveis mais elevados em mais de 40 anos nos EUA. Entretanto, a alta dos preços dos Estados Unidos tem mostrado sinais de desaceleração. E é nisso que essa turma mais otimista se escora.
Somado a isso, os números do PIB — que, na segunda revisão, ainda indicam recessão técnica — ainda tem alguma chance de virem melhores do que o esperado na terceira leitura, que deve acontecer mais adiante.
Por fim, os dados do payroll, a folha de pagamento dos EUA, também é um dado a ser levado em conta.
Jogando contra as bolsas
Em contrapartida, um grupo mais pé-no-chão considera que a sinalização de Powell em Jackson Hole foi um golpe fatal no bear market rally que vinha se desenhando até a semana passada.
Para hoje, os investidores aguardam o relatório ADP de empregos privados, publicado ainda pela manhã, enquanto o exterior digere a inflação da Zona do Euro.
Brasil para acompanhar o Ibovespa
O mercado financeiro local tem grandes chances de encontrar gatilhos positivos para se descolar do exterior nos números do desemprego e do superávit fiscal, previstos para hoje.
Também nesta quarta-feira, o governo enviará ao Congresso o projeto de orçamento para 2023. Descolado da realidade ele virá. Só resta saber o quanto.
Contribuição Social Sobre Lucros
O Senado aprovou na última terça-feira (30) a Medida Provisória (MP) que eleva em 1 ponto porcentual a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) de instituições bancárias e não bancárias até 31 de dezembro de 2022.
A medida elevou a CSLL dos bancos de 20% para 21%. Para instituições como corretoras e companhias de seguro a alíquota foi elevada de 15% para 16%. O texto segue agora para sanção presidencial. Dessa maneira, vale ficar de olho no setor financeiro da bolsa.
Foco no Orçamento — e como isso afeta os negócios
O governo federal, encabeçado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), deve apresentar o projeto de Orçamento para 2023. Por mais um ano consecutivo desde 2015, a peça deve contar com déficit para o ano que vem.
O ponto-chave, no entanto, é a manutenção do Auxílio Brasil em R$ 600 que não estava no texto original. Vale lembrar que o benefício terá esse valor só até o final deste ano. Ao mesmo tempo, o presidente tenta sua reeleição contra seu principal adversário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
De onde vem?
Lula também reforçou que, se for eleito, manterá o Auxílio com um bônus de R$ 150 por criança na família. Tanto Bolsonaro quanto o ex-presidente são os principais candidatos à frente nas pesquisas e não informaram como irão financiar o benefício.
O descontrole das contas públicas é um motivo de preocupação para os investidores porque eleva o risco brasileiro e afasta investidores internacionais dos ativos domésticos.
Genial/Quaest
Por fim, Lula continua liderando a corrida para o Palácio da Planalto, com 44% das intenções de voto contra 32% de Jair Bolsonaro (PL). A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest divulgada há pouco mostra que, mesmo após as entrevistas dos candidatos ao Jornal Nacional, e o início da propaganda de rádio e TV, os candidatos permanecem estagnados em suas respectivas posições.
Na contabilidade dos votos válidos, o ex-presidente ainda tem chance de ganhar no primeiro turno dentro da margem de erro.
Bolsa hoje: agenda do dia
- Zona do Euro: CPI e núcleo do CPI (6h)
- IBGE: Pnad Contínua, taxa de desemprego até julho (9h)
- Estados Unidos: Relatório ADP de empregos privados (9h15)
- Banco Central: Setor Público consolidado em julho (9h30)
- Banco Central: Fluxo cambial semanal (14h30)
- China: PMI industrial, composto e de serviços (22h30)
Inflação americana derruba Wall Street e Ibovespa cai mais de 2%; dólar vai a R$ 5,18 com pressão sobre o Fed
Com o Nasdaq em queda de 5% e demais índices em Wall Street repercutindo negativamente dados de inflação, o Ibovespa não conseguiu sustentar o apetite por risco
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais sobem em dia de inflação dos EUA; Ibovespa deve acompanhar cenário internacional e eleições
Com o CPI dos EUA como o grande driver do dia, a direção das bolsas após a divulgação dos dados deve se manter até o encerramento do pregão
CCR (CCRO3) já tem novos conselheiros e Roberto Setubal está entre eles — conheça a nova configuração da empresa
Além do novo conselho de administração, a Andrade Gutierrez informou a conclusão da venda da fatia de 14,86% do capital da CCR para a Itaúsa e a Votorantim
Expectativa por inflação mais branda nos Estados Unidos leva Ibovespa aos 113.406 pontos; dólar cai a R$ 5,09
O Ibovespa acompanhou a tendência internacional, mas depois de sustentar alta de mais de 1% ao longo de toda a sessão, o índice encerrou a sessão em alta
O Mubadala quer mesmo ser o novo rei do Burger King; fundo surpreende mercado e aumenta oferta pela Zamp (BKBR3)
Valor oferecido pelo fundo aumentou de R$ 7,55 para R$ 8,31 por ação da Zamp (BKBR3) — mercado não acreditava em oferta maior
Esquenta dos mercados: Inflação dos EUA não assusta e bolsas internacionais começam semana em alta; Ibovespa acompanha prévia do PIB
O exterior ignora a crise energética hoje e amplia o rali da última sexta-feira
Vale (VALE3) dispara mais de 10% e anota a maior alta do Ibovespa na semana, enquanto duas ações de frigoríficos dominam a ponta negativa do índice
Por trás da alta da mineradora e da queda de Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3) estão duas notícias vindas da China
Magalu (MGLU3) cotação: ação está no fundo do poço ou ainda é possível cair mais? 5 pontos definem o futuro da ação
Papel já alcançou máxima de R$ 27 há cerca de dois anos, mas hoje é negociado perto dos R$ 4. Hoje, existem apenas 5 fatores que você deve olhar para ver se a ação está em ponto de compra ou venda
Commodities puxam Ibovespa, que sobe 1,3% na semana; dólar volta a cair e vai a R$ 5,14
O Ibovespa teve uma semana marcada por expectativas para os juros e inflação. O dólar à vista voltou a cair após atingir máximas em 20 anos
Esquenta dos mercados: Inflação e eleições movimentam o Ibovespa enquanto bolsas no exterior sobem em busca de ‘descontos’ nas ações
O exterior ignora a crise energética e a perspectiva de juros elevados faz as ações de bancos dispararem na Europa
BCE e Powell trazem instabilidade à sessão, mas Ibovespa fecha o dia em alta; dólar cai a R$ 5,20
A instabilidade gerada pelos bancos centrais gringos fez com o Ibovespa custasse a se firmar em alta — mesmo com prognósticos melhores para a inflação local e uma desinclinação da curva de juros.
Esquenta dos mercados: Decisão de juros do BCE movimenta as bolsas no exterior enquanto Ibovespa digere o 7 de setembro
Se o saldo da Independência foi positivo para Bolsonaro e negativo aos demais concorrentes — ou vice-versa —, só o tempo e as pesquisas eleitorais dirão
Ibovespa cede mais de 2% com temor renovado de nova alta da Selic; dólar vai a R$ 5,23
Ao contrário do que os investidores vinham precificando desde a última reunião do Copom, o BC parece ainda não estar pronto para interromper o ciclo de aperto monetário – o que pesou sobre o Ibovespa
Em transação esperada pelo mercado, GPA (PCAR3) prepara cisão do Grupo Éxito, mas ações reagem em queda
O fato relevante com a informação foi divulgado após o fechamento do mercado ontem, quando as ações operaram em forte alta de cerca de 10%, liderando os ganhos do Ibovespa na ocasião
Atenção, investidor: Confira como fica o funcionamento da B3 e dos bancos durante o feriado de 7 de setembro
Não haverá negociações na bolsa nesta quarta-feira. Isso inclui os mercados de renda variável, renda fixa privada, ETFs de renda fixa e de derivativos listados
Esquenta dos mercados: Bolsas no exterior deixam crise energética de lado e investidores buscam barganhas hoje; Ibovespa reage às falas de Campos Neto
Às vésperas do feriado local, a bolsa brasileira deve acompanhar o exterior, que vive momentos tensos entre Europa e Rússia
Ibovespa ignora crise energética na Europa e vai aos 112 mil pontos; dólar cai a R$ 5,15
Apesar da cautela na Europa, o Ibovespa teve um dia de ganhos, apoiado na alta das commodities
Crise energética em pleno inverno assusta, e efeito ‘Putin’ faz euro renovar mínima abaixo de US$ 1 pela primeira vez em 20 anos
O governo russo atribuiu a interrupção do fornecimento de gás a uma falha técnica, mas a pressão inflacionária que isso gera derruba o euro
Boris Johnson de saída: Liz Truss é eleita nova primeira-ministra do Reino Unido; conheça a ‘herdeira’ de Margaret Thatcher
Aos 47 anos, a política conservadora precisa liderar um bloco que encara crise energética, inflação alta e reflexos do Brexit
Esquenta dos mercados: Bolsas internacionais caem com crise energética no radar; Ibovespa acompanha calendário eleitoral hoje
Com o feriado nos EUA e sem a operação das bolsas por lá, a cautela deve prevalecer e a volatilidade aumentar no pregão de hoje