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Kaype Abreu

Kaype Abreu

Formado em Jornalismo pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). Colaborou com Estadão, Gazeta do Povo, entre outros.

segredos da bolsa

Prepare-se para uma temporada de forte alta dos lucros no 2º trimestre, com protagonismo de varejistas, bancos, commodities e techs

Início da safra de resultados é o principal destaque da semana; saiba quem divulga balanço e o que esperar dos números

Kaype Abreu
Kaype Abreu
26 de julho de 2021
6:09 - atualizado às 15:54
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Imagem: Shuterstock, com intervenção de Andrei Morais

A temporada de balanços do segundo trimestre deste ano deve mostrar forte avanço dos lucros em relação ao mesmo período do ano passado, segundo analistas.

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Não se trata de uma previsão muito difícil de se fazer. Afinal, o período de abril a junho do ano passado foi marcado pela fase mais aguda do isolamento social em consequência da pandemia da covid-19.

A expectativa, contudo, é que a maioria das companhias supere até mesmo as projeções mais otimistas.

A bateria de resultados é o principal destaque da agenda dos investidores nesta semana, que ainda conta com a divulgação do IGP-M de julho e a decisão de política monetária nos Estados Unidos.

Voltando aos balanços, o tom das expectativas é de otimismo, após o baque da pandemia há pouco mais de um ano. As companhias que fazem parte do Ibovespa devem registrar uma alta anual de 255% do lucro por ação (LPA), de acordo com projeções reunidas pela Bloomberg.

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A receita desse grupo de empresas deve avançar 30,6% e o lucro operacional subirá 70,3%, embora represente uma desaceleração significativa em relação aos três primeiros meses do ano.

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O crescimento dos lucros também tem razões particulares para cada setor. A XP Investimentos aponta em relatório quatro áreas cujas empresas devem apresentar resultados mais fortes:

  1. Commodities, beneficiados pela demanda global aquecida. "Apesar da valorização do real frente ao dólar durante o trimestre, os preços das commodities continuaram em patamares altos, com o índice de preços futuros CRB registrando uma alta de 9,7% no período";
  2. Tecnologia, principalmente no segmento de e-commerce, que deve ter uma desaceleração por conta da flexibilização das medidas de restrição, "mas as empresas ainda devem registrar um crescimento sólido dos resultados";
  3. Varejo, em particular o varejo tradicional que foi duramente afetado pela pandemia e deve se beneficiar diretamente da aceleração da vacinação e do afrouxamento das restrições de mobilidade;
  4. Bancos, com resultados que devem ser impulsionados por menores provisões, volumes maiores com a gradual retomada da economia, e redução de custos.  

Balanços da semana

Nos próximos dias, divulgam balanço:

  • Santander, quarta (28), antes da abertura;
  • Weg: quarta (28), antes da abertura;
  • Pão de Açúcar: quarta (28), após o fechamento;
  • Multiplan: quarta (28), após o fechamento;
  • Vale: quarta (28), após o fechamento;
  • Ambev: quinta (29), antes da abertura;
  • Gol: quinta (29), antes da abertura;

Santander e Pão de Açúcar

No setor bancário, o Santander (SANB11) deve seguir os pares e apresentar lucros maiores do que há um ano, com o resultado impusionado por menores provisões, receita de serviços e redução de custos.

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O ganho de eficiência é um dos focos dos gigantes do setor, tendo em vista o avanço das fintechs sobre diferentes áreas de atuação dos grandes bancos.

No segundo trimestre, inclusive, o Santander se aproximou mais desse universo digital ao entrar para a área de assinatura de carros, com a compra das startups Solution4fleet e Car10.

No dia dos resultados, o mercado também estará de olho na rentabilidade do banco — métrica sempre importante para o setor —, além de eventuais novidades sobre a cisão da GetNet. Confira a estimativa para o resultado:

  • R$ 3,8 bilhões de lucro, segundo dados da Bloomberg, alta de 80%;

Já as companhias de varejo alimentar como o Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) chegam ao resultado do segundo trimestre deste ano em uma situação diferente.

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Enquanto quase todos os outros setores da economia estavam praticamente paralisados, os supermercados registraram forte movimento nos primeiros meses de 2020 com o movimento de abastecimento pelos consumidores no início da pandemia.

Em relatório, a XP disse que o Grupo Pão de Açúcar pode ser um destaque negativo no segmento. A corretora vê queda de 4,5% no faturamento, vendas nas mesmas lojas (SSS) negativo em 7,4% e vendas líquidas em queda de 10%, a R$ 6,6 bilhões. Veja a estimativa:

  • Lucro líquido de R$ 42 milhões, segundo projeção da XP; queda de 89%;

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Weg e Vale

A Weg (WEGE3) deve fazer valer mais uma vez com a fama de empresa que entrega resultados consistentes, depois de ser apontada como opção defensiva para os investidores durante a crise.

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Em meio à pandemia, o Bank of America (BofA) apontou que a fabricante de motores e equipamentos para o setor elétrico demonstrava uma capacidade de execução "única" ao "manter o ritmo das fábricas e evitando interrupções em sua cadeia de fornecimento global durante a pandemia".

Nos três primeiros meses do ano, o lucro líquido da Weg avançou de maneira ainda mais expressiva, totalizando R$ 764,3 milhões, em uma alta de 73,7% na base anual — com alta da receita no mercado interno e externo.

Se as projeções se confirmarem, a empresa deve apresentar ritmo semelhante das operações no segundo trimestre, avançando na base anual com um lucro parecido com o do início do ano.

  • Projeção de lucro líquido de R$ 796 milhões, segundo dados da Bloomberg, alta de 54% na comparação anual;

Outra opção defensiva, a Vale (VALE3) também deve apresentar uma evolução do crescimento registrado no início do ano, a depender das projeções sobre a linha final do balanço.

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A forte alta do minério de ferro, com uma demanda em especial da China, além de uma gestão mais eficiente têm impulsionado os resultados da mineradora.

A empresa já revelou em relatório que, no segundo trimestre, a produção de finos de minério de ferro subiu 11% na base anual, chegando a 75,7 milhões de toneladas. Confira a estimativa para a última linha do balanço da mineradora:

  • R$ 7,8 bilhões em lucro líquido, segundo projeção em dados da Bloomberg, alta de 50%

Multiplan, Ambev e Gol

Em uma outra ponta da pandemia, a Multiplan (MULT3) teve nos últimos meses uma perspectiva melhor com a reabertura das economias e o avanço da vacinação.

Mas a receita de aluguéis, eventos, anúncios em mídias e estacionamentos deve seguir em patamares inferiores aos de pré-pandemia, o que pode refletir na linha final do balanço.

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  • Projeção de lucro líquido de R$ 95 milhões, segundo dados da Bloomberg, alta de 35%

Já a Ambev (ABEV3) segue com estratégia de oferecer preços promocionais, em uma tentativa de apoiar a retomada da atividade de bares e restaurantes.

O Bank of America (BofA) disse que a estratégia da empresa deve resultar em volumes de bebidas vendidos, preços e mix de produtos mais fortes no segundo trimestre

Segundo o banco, o índice de custos segue em tendência de alta para cervejaria: aumentou 22% desde o início do ano — trajetória que o balanço deve confirmar.

Mas a empresa segue vendendo mais cerveja e ganhando mercado, como ficou claro no balanço do primeiro trimestre, que mostrou ainda o dobro de lucro na base anual, a R$ 2,7 bilhões.

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  • Projeção de lucro de R$ 1,9 bilhão, de acordo com dados da Bloomberg, alta de 46%;

Assim como a Multiplan, a Gol faz parte de um setor que anseia pela retomada total da economia, já que não há muitas alternativas de geração de receita com parte do mundo em casa.

A aérea queima caixa em quantias elevadas desde 2020, mas mantém uma posição conforável de liquidez total — caixa, contas e títulos a receber.

A empresa, inclusive, levantou R$ 423 milhões em junho com um aumento de capital cuja maior fatia veio dos irmãos Constantino, controladores da companhia.

A Gol deve seguir registrando prejuízos, mas em níveis menores do que há um ano. O mercado também estará atento aos números que digam respeito ao endividamento da companhia e as projeções para o resto do ano.

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  • Projeção de prejuízo líquido de R$ 764 milhões, ante prejuízo de R$ 1,9 bilhão;

Na semana, mercados ainda têm Caged e decisão do Fed

Confira a agenda da semana dos mercados, com os principais indicadores que devem guiar os negócios:

  • No Brasil:
    • Caged de junho, na quarta (28);
    • IGP-M de julho, na quinta (29);
    • Resultado do governo central em junho, na quinta (29);
    • Pnad Contínua do trimestre encerrado em maio, na sexta (30);
    • Setor público consolidado em junho, na sexta (30)
  • No exterior
    • FMI: revisão de relatório de perspectiva global, na terça (27);
    • EUA: encomendas de bens duráveis em junho, na terça (27);
    • EUA: Fed divulga decisão de política monetária, na quarta (28);
    • EUA: pedidos de auxílio-desemprego na semana até 24/07, na quinta (29);
    • EUA: PIB do segundo trimestre, na quinta (29);
    • Zona do Euro: PIB do segundo trimestre (primeira leitura), na sexta (30);
    • China: PMI industral e de serviços, na sexta (30).

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