Petrobras dispara 14% em NY, após balanço e antecipação de dividendos
Por volta das 21h (horário de Brasília), PBR subia 14%; empresa reportou forte fluxo de caixa e lucro surpreendeu analistas
Os resultados do segundo trimestre da Petrobras, que trouxeram a antecipação de dividendos, fazem disparar os ADRs (certificados de ações) negociados em Nova York, durante o after-market desta quarta-feira (4).
Por volta das 21h (horário de Brasília), PBR subia 14%, a US$ 11,75, depois de fecharem o dia em queda de mais de 3% — movimento que foi semelhante na bolsa brasileira, em meio a uma baixa do petróleo.
O ânimo dos investidores agora se justifica por resultados do trimestre que levaram a uma antecipação do pagamento de dividendos relativos a 2021: serão R$ 31,6 bilhões, de acordo com a estatal.
O anúncio dos proventos foi possível porque a estatal está gerando bastante caixa. Segundo a empresa, o fluxo de caixa operacional e fluxo de caixa livre totalizaram R$ 56,6 bilhões e R$ 48,6 bilhões, respectivamente.
"Os expressivos resultados alcançados neste trimestre, especialmente o fluxo de caixa operacional e o fluxo de caixa livre, resultam da nossa resiliência, foco nos melhores ativos e da nossa capacidade de adaptação", disse o CFO Rodrigo Araujo Alves.
A empresa também teve a entrada de caixa referente a venda de ativos de US$ 2,8 bilhões até o início de agosto, em um avanço da companhia no plano de desinvestimentos.
Leia Também
Com o plano, a Petrobras mira o foco no pré-sal e a redução do endividamento. A empresa reduziu em US$ 27,5 bilhões a dívida bruta na comparação anual, alcançando US$ 63,7 bilhões.
O ano de 2021 é definido pela estatal como um período de transição. A Petrobras dedica grande parte de sua geração de caixa ao pré-pagamento da dívida, com o objetivo de atingir a dívida bruta de US$ 60 bilhões.
Ao final do segundo trimestre, a relação dívida líquida / Ebitda ajustado diminuiu para 1,49x, melhor marca desde o terceiro trimestre de 2011, quando os arrendamentos ainda não faziam parte do endividamento.
Para além dos dividendos da Petrobras...
A Petrobras teve lucro líquido de R$ 42,855 bilhões no segundo trimestre de 2021, ante prejuízo de R$ 2,713 bilhões no mesmo período do ano passado, segundo balanço.
A cifra representa uma alta de 3572,2% sobre o lucro do primeiro trimestre, quando a empresa teve ganhos de R$ 1,1 bilhão. O resultado é maior do que o projetado por analistas, de R$ 20,6 bilhões, segundo dados da Bloomberg.
"Continuamos trabalhando duro, amparados em decisões absolutamente técnicas; evoluindo e tornando-nos mais fortes para melhor investir, suprir um mercado cada vez mais exigente e gerar prosperidade para nossos acionistas e para a sociedade", disse o CEO Joaquim Silva e Luna.
O general assumiu o comando da Petrobras após declarações públicas do presidente da República, Jair Bolsonaro, contra a política de preços da companhia, que levaram a demissão do então CEO, Roberto Castello Branco.
Com o petróleo em alta, os preços dos combustíveis estavam subindo e afetando politicamente a popularidade do chefe do Executivo. Diversos bancos de investimento chegaram a recomendar a venda das ações da empresa por conta do temor com a ingerência política sobre a companhia.
Negócio desfeito: por que o BRB desistiu de vender 49% de sua financeira a um grupo investidor
A venda da fatia da Financeira BRB havia sido anunciada em 2024 por R$ 320 milhões
Fechadas com o BC: o que diz a carta que defende o Banco Central dias antes da acareação do caso Master
Quatro associações do setor financeiro defendem a atuação do BC e pedem a preservação da autoridade técnica da autarquia para evitar “cenário gravoso de instabilidade”
CSN Mineração (CMIN3) paga quase meio bilhão de reais entre dividendos e JCP; 135 empresas antecipam proventos no final do ano
Companhia distribui mais de R$ 423 milhões em dividendos e JCP; veja como 135 empresas anteciparam proventos no fim de 2025
STF redefine calendário dos dividendos: empresas terão até janeiro de 2026 para deliberar lucros sem imposto
O ministro Kassio Nunes Marques prorrogou até 31 de janeiro do ano que vem o prazo para deliberação de dividendos de 2025; decisão ainda precisa ser confirmada pelo plenário
BNDES lidera oferta de R$ 170 milhões em fundo de infraestrutura do Patria com foco no Nordeste; confira os detalhes
Oferta pública fortalece projetos de logística, saneamento e energia, com impacto direto na região
FII BRCO11 fecha contrato de locação com o Nubank (ROXO34) e reduz vacância a quase zero; XP recomenda compra
Para a corretora, o fundo apresenta um retorno acumulado muito superior aos principais índices de referência
OPA da Ambipar (AMBP3): CVM rejeita pedido de reconsideração e mantém decisão contra a oferta
Diretoria da autarquia rejeitou pedido da área técnica para reabrir o caso e mantém decisão favorável ao controlador; entenda a história
Azul (AZUL54) chega a cair mais de 40% e Embraer (EMBJ3) entra na rota de impacto; entenda a crise nos ares
Azul reduz encomenda de aeronaves com a Embraer, enquanto ações despencam com a diluição acionária prevista no plano de recuperação
Corrida por proventos ganha força: 135 empresas antecipam remuneração; dividendos e JCP são os instrumentos mais populares
Recompras ganham espaço e bonificação de ações resgatáveis desponta como aposta para 2026, revela estudo exclusivo do MZ Group
IG4 avança na disputa pela Braskem (BRKM5) e leva operação bilionária ao Cade; ações lideram altas na B3
A petroquímica já havia anunciado, em meados deste mês, que a gestora fechou um acordo para assumir a participação da Novonor, equivalente a 50,1% das ações com direito a voto
Nvidia fecha acordo de US$ 20 bilhões por ativos da Groq, a maior aquisição de sua história
Transação em dinheiro envolve licenciamento de tecnologia e incorporação de executivos, mas não a compra da startup
Banco Mercantil (BMEB4) fecha acordo tributário histórico, anuncia aumento de capital e dividendos; ações tombam na B3
O banco fechou acordo com a União após mais de 20 anos de disputas tributárias; entenda o que isso significa para os acionistas
Kepler Weber (KEPL3) e GPT: minoritários questionam termos da fusão e negócio se complica; entenda o que está em jogo
Transações paralelas envolvendo grandes sócios incomodou os investidores e coloca em dúvida a transparência das negociações
Itaúsa (ITSA4) eleva aposta em Alpargatas (ALPA4) em meio à polêmica com a dona da Havaianas
Nos últimos dias, a Itaúsa elevou sua fatia e passou a deter cerca de 15,94% dos papéis ALPA4; entenda a movimentação
Presente de Natal? Tim Cook compra ações da Nike e sinaliza apoio à recuperação da empresa
CEO da Apple investe cerca US$ 3 milhões em papéis da fabricante de artigos esportivos, em meio ao plano de reestruturação comandado por Elliott Hill
Ampla Energia aprova aumento de capital de R$ 1,6 bilhão
Operação envolve capitalização de créditos da Enel Brasileiro e eleva capital social da empresa para R$ 8,55 bilhões
Alimentação saudável com fast-food? Ela criou uma rede de franquias que deve faturar R$ 240 milhões
Camila Miglhorini transformou uma necessidade pessoal em rede de franquias que conta com 890 unidades
Dinheiro na conta: Banco pagará R$ 1,82 por ação em dividendos; veja como aproveitar
O Banco Mercantil aprovou o pagamento de R$ 180 milhões em dividendos
Azul (AZUL54) perde 58% de valor no primeiro pregão com novo ticker — mas a aérea tem um plano para se recuperar
A Azul fará uma oferta bilionária que troca dívidas por ações, na tentativa de limpar o balanço e sair do Chapter 11 nos EUA
O alinhamento dos astros para a Copasa (CSMG3): revisão tarifária, plano de investimento bilionário e privatização dão gás às ações
Empresa passa por virada estratégica importante, que anima o mercado para a privatização, prevista para 2026
