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Jasmine Olga
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É repórter do Seu Dinheiro. Formada em jornalismo pela Universidade de São Paulo (ECA-USP), já passou pelo Centro de Cidadania Fiscal (CCiF) e o setor de comunicação da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo
FECHAMENTO

PEC Emergencial e pacote fiscal dos EUA dão o tom e Ibovespa fecha o dia em alta; dólar recua mais de 2%

Ao longo do dia, as idas e vindas das negociações em Brasília movimentaram a bolsa. Lá fora, a aprovação do pacote de US$ 1,9 trilhão ajudou a aliviar o dólar

Jasmine Olga
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10 de março de 2021
19:12 - atualizado às 20:24
Congresso Mercados Touro Urso Alta
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Duas pautas que monopolizaram o noticiário nos últimos meses e que trouxeram muita volatilidade aos mercados encontraram um desfecho na tarde desta quarta-feira (10), mas não sem antes injetar mais uma boa dose de instabilidade nos negócios. 

Nos Estados Unidos, a Câmara dos Representantes finalmente aprovou o pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão proposto pelo presidente Joe Biden, que deve sancionar o texto até a próxima sexta-feira (10). Já aqui no Brasil, a Câmara dos Deputados vota os destaques que podem desidratar a PEC Emergencial, texto que é essencial para abrir caminho para o pagamento de uma nova rodada do auxílio emergencial. 

Do exterior, também chegou outra notícia positiva. A inflação americana, medida pelo CPI, ficou levemente abaixo do esperado pelo mercado, o que levou a um alívio no rendimento dos títulos públicos americanos, os Treasuries, já que o temor de uma pressão inflacionária que obrigue o Federal Reserve a elevar o juros antes do tempo ficou em segundo plano. 

Após passar por períodos de instabilidade durante a tarde, reagindo às idas e vindas da votação em Brasília, o principal índice da bolsa brasileira fechou o dia em alta de 1,30%, aos 112.744 pontos.

Já o dólar à vista, que abriu o dia em alta, terminou em queda de 2,50%, a R$ 5,6526. Além do alívio com relação ao cenário fiscal, outros fatores ajudaram na queda expressiva.

Hoje o Banco Central realizou duas intervenções no câmbio - pela manhã foi um leilão extra de 20 mil contratos de swap e, pela tarde, um de dólar à vista. A moeda também acompanhou o movimento global de desvalorização da divisa após os dados da inflação americana e ganhou ainda mais força com a aprovação do pacote fiscal no Congresso americano. 

O mercado de juros futuros assistiu a mais um dia de alta, com alívio apenas na ponta mais longa da curva. Confira o fechamento dos principais contratos de DI nesta tarde:

  • Janeiro/2022: de 4,00% para 4,05%
  • Janeiro/2023: de 5,78% para 5,84%
  • Janeiro/2025: de 7,35% para 7,39%
  • Janeiro/2027: de 7,99% para 7,98%

Foco no Congresso

No Brasil, ficou em primeiro plano a aprovação da PEC emergencial em primeiro turno ontem e a votação dos destaques que começaram na tarde de hoje. 

O temor dos investidores era por uma desidratação que descaracterizasse o texto e eliminasse as principais contrapartidas fiscais que foram definidas no Senado. Por isso, o mercado financeiro acompanha a votação como quem assiste a uma disputa de pênaltis. E foi justamente essa emoção pelas idas e vindas que trouxeram a instabilidade vista durante a tarde. A bolsa brasileira só teve fôlego para se firmar em alta após a certeza de que o “coração” da PEC seria preservado. 

A derrubada de um dos dispositivos do texto, que daria maior flexibilidade para a União na gestão do Orçamento, não agradou o mercado - que reagiu levando o Ibovespa para o campo negativo. O destaque retira do texto a possibilidade de desvinculação de receitas carimbadas para órgãos, fundos ou despesas específicas, e foi proposto pelo PDT. Segundo o Broadcast, o governo esperava liberar cerca de R$ 65 bilhões e a equipe econômica foi contra a derrubada do destaque. 

Durante a tarde, também pesou a reação negativa a uma articulação na Câmara para manter as progressões de carreira no funcionalismo público. Porém, a bolsa voltou a subir após um destaque apresentado pelo PT que suprimiria o gatilho que permite congelar salários, ser rejeitado. Esse é um dos pontos principais da PEC e era considerado essencial pelo ministro Paulo Guedes. Confira detalhes sobre o texto aprovado.

Caos na saúde

O mercado também olha com preocupação para a situação da pandemia do coronavírus no país. O país vem renovando diariamente os recordes de óbitos e novos casos, obrigando os governos estaduais e municipais a adotarem medidas cada vez mais rígidas de contenção de circulação. 

Há pouco, o país atingiu mais uma triste marca - quase 2,3 mil mortos em 24 horas, com boa parte do país próximo ou acima do limite das taxas de ocupação dos leitos de UTI. 

O que vem minimizando o peso desses números é o movimento do Ministério da Saúde para adquirir mais vacinas. De acordo com o calendário da pasta, devem chegar ao país as vacinas de Oxford (112 milhões até julho), Coronavac (100 milhões), do consórcio Covax Facility (42,5 milhões), Covaxin (20 milhões), Sputnik V (10 milhões, ainda em negociação), Pfizer (100 milhões em negociação), Janssen (38 milhões, em negociação) e Moderna (13 milhões, em negociação).

Durante a tarde, mais um passo foi dado pelo governo federal para expandir o acesso às vacinas. O presidente Jair Bolsonaro sancionou projetos que ampliam a vacinação e que permitem que o setor privado compre doses de vacinas. 

2022 é logo ali

O discurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na manhã desta quarta-feira (10) não teve um fato concreto que assustasse o mercado, mas reforçou a leitura de que a corrida eleitoral de 2022 deve ser antecipada.

Depois de um dia de relativa "folga" no mercado financeiro, os investidores também voltam a pesar a possibilidade de insegurança jurídica e dos possíveis novos passos do presidente Jair Bolsonaro para enfrentar o "rival". O medo do mercado é que Bolsonaro opte por medidas populistas que possam prejudicar ainda mais a combalida economia brasileira. Confira uma análise sobre as primeiras palavras do ex-presidente nesta matéria. 

Raio-X

No exterior, os investidores repercutiram positivamente os dados de inflação divulgados nos Estados Unidos e a aprovação do pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão, que foi concluída hoje. A expectativa agora é que a sanção presidencial de Joe Biden ocorra na próxima sexta-feira (12).

A inflação é um indicador de peso já que pode influenciar diretamente na alta dos títulos do Tesouro americano e também na leitura dos próximos passos do Federal Reserve. 

Os números da inflação no varejo medidos pelo CPI ficaram em 0,4%. Já o núcleo do CPI ficou abaixo do estimado pelo mercado, em 0,1%. Isso deu um fôlego extra para as bolsas americanas. 

Com os receios em torno da inflação no país controlados e uma alta menos expressiva dos juros futuros, o saldo foi positivo. O Dow Jones teve alta de 1,46%, enquanto o S&P 500 avançou 0,60%. O Nasdaq foi na contramão e fechou o dia em leve queda de 0,04%. Na Europa as principais bolsas também fecharam no azul

Sobe e desce

Com uma perspectiva melhor para o cenário de vacinação no país, empresas do setor de aviação, varejo e turismo aproveitaram o clima positivo dos negócios para recuperar as perdas ocasionadas pela crise. O principal destaque do dia ficou com as ações da Embraer, que subiram quase 12%. Confira as principais altas:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
EMBR3Embraer ONR$ 13,8211,99%
GOLL4Gol PNR$ 21,499,92%
CVCB3CVC ONR$ 16,339,82%
VVAR3Via Varejo ONR$ 11,878,11%
COGN3Cogna ONR$ 4,058,00%

As exportadoras, que subiram forte nos últimos dias com a disparada do dólar, passaram por um dia de correção e lideraram as quedas do Ibovespa.

A Totvs, que anunciou ontem a compra de uma empresa de marketing digital, recuou após avançar significativamente no pregão desta terça=feira e na parte da manhã. Confira:

CÓDIGONOME VALORVARIAÇÃO
SUZB3Suzano ONR$ 74,86-5,46%
MRFG3Marfrig ONR$ 15,16-4,83%
TOTS3Totvs ONR$ 28,12-4,74%
PRIO3PetroRio ONR$ 94,40-4,39%
KLBN11Klabin unitsR$ 29,28-4,03%

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