Ibovespa tenta retomar os 119 mil pontos após pregão instável; dólar recua
O cenário externo é favorável para manter a bolsa no azul, mas os ganhos podem ser limitados pelo cenário interno
O dia começou positivo para os índices pelo mundo e em Nova York, mas as negociações perderam um pouco de força ao longo do dia. A razão para a desaceleração no exterior foram alguns dados da economia americana que vieram abaixo do esperado pelos analistas.
Depois de passar boa parte do dia oscilando entre perdas e ganhos, o principal índice da bolsa brasileira operava em alta de 0,26%, 119.206 pontos, por volta das 16h20. A força da bolsa brasileira fica principalmente com as ações do setor bancário, que se antecipam aos números da temporada de balanços. O dólar à vista tem queda de 0,24%, a R$ 5,4198.
Em Wall Street os principais índices também perderam força e agora exibem sinais mistos, com o Nasdaq no vermelho. O que tirou força dos negócios foram os números do índice de gerentes de compras (PMI) da indústria americana, que veio a 60,7, e os investimentos em construção do país, de 0,2%, que vieram bem abaixo da projeção dos economistas. Os números mais fracos impactam principalmente a trajetória do dólar.
Favorecendo o mercado emergente, sinais de que a economia não está ‘superaquecida’ traz alívio ao retorno dos Treasuries americanos.
Além da economia americana, outros fatores também influenciam os negócios nesta segunda-feira (03). O avanço é limitado pela preocupação com o avanço da pandemia na Índia, que registrou mais de 400 mil novos casos em um único dia e o novo pronunciamento de Joe Biden, que deve ocorrer no início da tarde. O tom deve ser o mesmo que vem sendo defendido pelo presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central americano), Jerome Powell: não é hora de retirar estímulos da economia.
Movimentação em Brasília
A agenda doméstica também está movimentada. O relator da reforma tributária, Aguinaldo Ribeiro (PP-AL), deve apresentar seu parecer inicial sobre a pauta. Ribeiro deve defender um texto mais amplo, diferente do que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL) defende.
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Com isso, o governo pretende uma “simplificação tributária”, a começar pela substituição do PIS/Cofins pela Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS). O ministério da Economia deve enviar a reforma “fatiada” para que o texto seja acoplado a outras PECs que já tramitam na Câmara e acelerar a aprovação.
E a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara convoca o ministro Paulo Guedes para prestar depoimento sobre o texto da reforma administrativa. A audiência está marcada para às 14h de hoje.
Enquanto a reforma é um tema que anima os investidores, o Congresso também está de olho em uma outra pauta um pouco menos animadora - a CPI da Covid.
Todos os ministros da Saúde que estão ou já passaram pela pasta foram convocados para prestar depoimento na CPI da Covid. Na agenda, devem depor Nelson Teich e Luiz Henrique Mandetta (terça-feira, 4), o general Eduardo Pazuello (quarta-feira, 5) e o atual comandante da pasta, Marcelo Queiroga (quinta-feira, 6).
Pazuello é, sem dúvidas, o depoente que mais preocupa o Planalto. Durante sua gerência à frente do Ministério, a crise do Oxigênio em Manaus e o uso de tratamento precoce com o uso do “kit covid” devem ser os principais pontos a serem questionados pelos parlamentares.
Sobe e desce
Com as expectativas por bons resultados na temporada de balanços, as ações do setor financeiro apresentam mais um dia de alta expressiva, contribuindo positivamente para o desempenho do Ibovespa.
A CCR, que acabou de prorrogar o seu contrato de concessão do Sistema Anchieta-Imigrantes até março de 2033 com o governo de São Paulo tem uma das maiores altas do dia. O tema vinha trazendo incerteza aos papéis.
Mas o principal destaque fica com as ações das administradoras de shoppin centers. Segundo Marcio Lórega, analista técnico da Ativa Investimentos, a redução da média movel de óbitos e os primeiros efeitos da vacinação na população mais idosa começam a impactar positivamente as projeções para o varejo. Confira as maiores altas do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| IGTA3 | Iguatemi ON | R$ 38,96 | 5,87% |
| BRML3 | BR Malls ON | R$ 10,04 | 5,46% |
| CCRO3 | CCR ON | R$ 12,67 | 5,23% |
| MULT3 | Multiplan ON | R$ 24,18 | 4,99% |
| TOTS3 | Totvs ON | R$ 32,58 | 4,76% |
Confira também as maiores quedas do dia:
| CÓDIGO | NOME | VALOR | VARIAÇÃO |
| SBSP3 | Sabesp ON | R$ 40,00 | -6,50% |
| LWSA3 | Locaweb ON | R$ 27,33 | -5,01% |
| BRKM5 | Braskem PNA | R$ 50,23 | -4,32% |
| CVCB3 | CVC ON | R$ 22,91 | -4,42% |
| CPLE6 | Copel PN | R$ 6,03 | -3,67% |
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