Azul propõe salário menor para garantir emprego de tripulantes por 18 meses
O acordo vale por 18 meses, com redução média de 16% na remuneração, levando em conta o corte no salário e na ajuda de custo
A Azul apresentou uma proposta ao Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) para garantir a estabilidade dos empregos de pilotos e comissários por 18 meses, mediante redução de jornada e salários. A iniciativa segue na esteira do acordo firmado entre a categoria e a Gol, anunciado na quinta-feira da semana passada, dia 4. O setor aéreo tem sido um dos mais atingidos no mundo pela pandemia do novo coronavírus, com algumas aéreas totalmente impossibilitadas de operar.
O acordo vale por 18 meses, com redução média de 16% na remuneração, levando em conta o corte no salário e na ajuda de custo.
De forma bruta, a redução de salário será de 45% entre o terceiro trimestre de 2020 e o primeiro trimestre de 2021, quando o porcentual começa a cair. No quarto trimestre de 2021, a redução na remuneração será de 25%. Considerando a ajuda de custo, as reduções líquidas vão de 23% no terceiro trimestre de 2020 para 3% de queda na remuneração no quarto trimestre de 2021.
Durante a apresentação online à categoria, o presidente do SNA, comandante Ondino Dutra, destacou que a reunião foi extensa e durou cerca de quatro horas. A empresa havia apresentado no último dia 3 uma proposta preliminar ao sindicato, mas que foi considerada muito dura. "A proposta econômica de redução de salário e jornada estava muito pesada. Seria difícil para a categoria aceitar isso por tanto tempo", disse. A Azul, então, decidiu reavaliar o acordo e fez nesta segunda-feira a nova proposta. Para Dutra, a empresa trouxe uma melhora considerável no documento.
Na apresentação, o sindicato mostrou as projeções de necessidade de tripulação da Azul no período de 18 meses de vigência do acordo. Em julho, a aérea terá uma demanda de apenas 585 pilotos, contra um total de 1.909 que a empresa tem hoje. Em dezembro, essa demanda seria de 963. Em dezembro de 2021, a empresa teria ainda um excedente de 246 pilotos.
Os sindicalistas destacaram que o cenário levado em conta pela empresa traz espaços para revisões favoráveis à categoria diante de uma melhora no segmento de aviação no País.
Leia Também
Dutra explicou que o grupo aguardará agora a minuta do acordo, que a Azul prometeu apresentar nos próximos dias. "Quando finalizarmos esse texto, vamos levar ao Tribunal Superior do Trabalho, para avaliação. E depois vamos convocar uma live para cada função e uma deliberação para votação online", disse. A previsão de votação é para meados da próxima semana.
Gol e Latam
Na semana passada, a Gol e o SNA anunciaram a conclusão da negociação desta que seria a segunda etapa do processo. Em um primeiro momento, a categoria fechou, em março, um acordo coletivo de trabalho com as três principais companhias (Azul, Gol e Latam), medida que trouxe estabilidade para abril, maio e junho. Com o fim do prazo, um novo processo de negociação foi iniciado.
Na Latam, o cenário é mais conturbado, visto que a empresa apontou interesse de fazer alterações permanentes do contrato de trabalho, movimento que a categoria não estaria disposta a aceitar.
Depois de atingir um patamar mínimo de 180 voos diários no início de abril, dentro da malha essencial costurada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o setor deve fechar junho com 353 voos diários, estima a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear). Em julho, esse número deve aumentar ainda mais, com a retomada da Passaredo e MAP.
A Azul anunciou que aumentará o total de voos em junho para 168 decolagens diárias nos dias de pico, comparado a uma média de 115 decolagens por dia em maio. A Gol, em junho, terá média de 100 voos diários, ante os 68 previstos na malha essencial de maio, o que representa um acréscimo de 47%. A Latam está voando no Brasil com cerca de 7% da sua capacidade do período pré-pandemia (750), com uma média de 50 voos por dia.
BRK Ambiental: quem é a empresa que pode quebrar jejum de IPO após 4 anos sem ofertas de ações na bolsa brasileira
A BRK Ambiental entrou um pedido na Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para realizar um IPO; o que esperar agora?
Os bastidores da nova fase da Riachuelo (GUAR3), segundo o CEO. Vale comprar as ações agora?
Em entrevista ao Money Times, André Farber apresenta os novos projetos de expansão da varejista, que inaugura loja-conceito em São Paulo
O rombo de R$ 4,3 bilhões que quase derrubou o império de Silvio Santos; entenda o caso
Do SBT à Tele Sena, o empresário construiu um dos maiores conglomerados do país, mas quase perdeu tudo no escândalo do Banco Panamericano
Citi corta recomendação para Auren (AURE3) e projeta alta nos preços de energia
Banco projeta maior volatilidade no setor elétrico e destaca dividendos como diferencial competitivo
De sucos naturais a patrocínio ao campeão da Fórmula 1: quem colocou R$ 10 mil na ação desta empresa hoje é milionário
A história da Monster Beverage, a empresa que começou vendendo sucos e se tornou uma potência mundial de energéticos, multiplicando fortunas pelo caminho
Oi (OIBR3) ganha mais fôlego para pagamentos, mas continua sob controle da Justiça, diz nova decisão
Esse é mais um capítulo envolvendo a Justiça, os grandes bancos credores e a empresa, que já está em sua segunda recuperação judicial
Larry Ellison, cofundador da Oracle, perdeu R$ 167 bilhões em um só dia: veja o que isso significa para as ações de empresas ligadas à IA
A perda vem da queda do valor da empresa de tecnologia que oferece softwares e infraestrutura de nuvem e da qual Ellison é o maior acionista
Opportunity acusa Ambipar (AMBP3) de drenar recursos nos EUA com recuperação judicial — e a gestora não está sozinha
A gestora de recursos a acusa a Ambipar de continuar retirando recursos de uma subsidiária nos EUA mesmo após o início da RJ
Vivara (VIVA3) inicia novo ciclo de expansão com troca de CEO e diretor de operações; veja quem assume o comando
De olho no plano sucessório para acelerar o crescmento, a rede de joalherias anunciou a substituição de sua dupla de comando; confira as mudanças
Neoenergia (NEOE3), Copasa (CSMG3), Bmg (BMGB4) e Hypera (HYPE3) pagam juntas quase R$ 1,7 bilhão em dividendos e JCP
Neoenergia distribui R$ 1,084 bilhões, Copasa soma R$ 338 milhões, Bmg paga R$ 87,7 milhões em proventos e Hypera libera R$ 185 milhões; confira os prazos
A fome pela Petrobras (PETR4) acabou? Pré-sal é o diferencial, mas dividendos menores reduzem apetite, segundo o Itaú BBA
Segundo o banco, a expectativa de que o petróleo possa cair abaixo de US$ 60 por barril no curto prazo, somada à menor flexibilidade da estatal para cortar capex, aumentou preocupações sobre avanço da dívida bruta
Elon Musk trilionário? IPO da SpaceX pode dobrar o patrimônio do dono da Tesla
Com avaliação de US$ 1,5 trilhão, IPO da SpaceX, de Elon Musk, pode marcar a maior estreia da história
Inter mira voo mais alto nos EUA e pede aval do Fed para ampliar operações; entenda a estratégia
O Banco Inter pediu ao Fed autorização para ampliar operações nos EUA. Entenda o que o pedido representa
As 8 ações brasileiras para ficar de olho em 2026, segundo o JP Morgan — e 3 que ficaram para escanteio
O banco entende como positivo o corte na taxa de juros por aqui já no primeiro trimestre de 2026, o que historicamente tende a impulsionar as ações brasileiras
Falta de luz causa prejuízo de R$ 1,54 bilhão às empresas de comércio e serviços em São Paulo; veja o que fazer caso tenha sido lesado
O cálculo da FecomercioSP leva em conta a queda do faturamento na quarta (10) e quinta (11)
Nubank busca licença bancária, mas sem “virar banco” — e ainda pode seguir com imposto menor; entenda o que está em jogo
A corrida do Nubank por uma licença bancária expõe a disputa regulatória e tributária que divide fintechs e bancões
Petrobras (PETR4) detalha pagamento de R$ 12,16 bilhões em dividendos e JCP e empolga acionistas
De acordo com a estatal, a distribuição será feita em fevereiro e março do ano que vem, com correção pela Selic
Quem é o brasileiro que será CEO global da Coca-Cola a partir de 2026
Henrique Braun ocupou cargos supervisionando a cadeia de suprimentos da Coca-Cola, desenvolvimento de novos negócios, marketing, inovação, gestão geral e operações de engarrafamento
Suzano (SUZB3) vai depositar mais de R$ 1 bilhão em dividendos, anuncia injeção de capital bilionária e projeções para 2027
Além dos proventos, a Suzano aprovou aumento de capital e revisou estimativas para os próximos anos. Confira
Quase R$ 3 bilhões em dividendos: Copel (CPLE5), Direcional (DIRR3), Minerva (BEEF3) e mais; confira quem paga e os prazos
A maior fatia dessa distribuição é da elétrica, que vai pagar R$ 1,35 bilhão em proventos aos acionistas