E houve boatos de que a Oi estava na pior
Afundada em uma dívida multibilionária, controladores abusivos e relações pouco republicanas com políticos, a operadora de telefonia Oi entrou em recuperação judicial em 2016.
Desde então, a empresa teve o fim da linha decretado várias vezes no mercado. No ano passado, chegou-se a especular inclusive sobre uma possível intervenção do governo.
Diante de tanta incerteza, as ações da Oi derreteram na bolsa. As fichas de quem se aventurou a comprar os papéis nesse período foram depositadas no plano de recuperação que prevê a venda de ativos, como a operação de telefonia móvel.
Com a crise do coronavírus, essa esperança mais uma vez ficou por um fio e as ações atingiram R$ 0,44 nas mínimas deste ano.
A rápida recuperação dos mercados permitiu à empresa dar sequência ao plano. O que talvez poucos esperassem é que houvesse uma disputa ferrenha pelos negócios colocados à venda.
A concorrência obrigou o trio TIM, Vivo e Claro a elevar a proposta pela unidade de telefonia celular da empresa para R$ 16,5 bilhões.
Leia Também
E todo esse interesse pelos ativos, que inclui também a unidade de fibra, acabou levando a uma corrida pelas ações da Oi. Só hoje, a operadora ganhou quase R$ 2 bilhões em valor de mercado na bolsa, com uma alta acima de 40% nos papéis PN.
É preciso tomar cuidado com essa euforia, é claro. Mesmo assim tem gente no mercado que ainda vê potencial nas ações da Oi, como eu conto nesta matéria.
O que mexeu com o seu dinheiro hoje
MERCADOS
• Um cabo de guerra entre a cautela e o otimismo marcou a sessão da bolsa. Entre muitas idas e vindas, Ibovespa e dólar acabaram para baixo na sessão. Saiba o que puxou os mercados de um lado para o outro.
EMPRESAS
• O Carrefour apresentou os seus resultados no 2º trimestre ontem — e o mercado gostou muito. As ações ON (CRFB3) fecharam o pregão em alta de 5,34%, cotadas a R$ 22,50. Saiba o que analistas disseram sobre o balanço.
• O IRB Brasil anunciou que a ex-ministra do STF Ellen Gracie assumirá o comitê de ética da empresa. A nomeação procura recuperar a credibilidade perdida após fraude de resultados e fake news sobre Warren Buffett.
•A Latam teve proposta de redução de salário e jornada recusada por pilotos, copilotos e comissários. A empresa tentou cortar permanentemente a remuneração para a categoria, na contramão de Azul e Gol.
ECONOMIA
• As demissões de empregos formais chegaram a 906.444 e as admissões a 895.460, em junho. O saldo de 10.984 vagas é negativo, mas foi a perda de vagas foi bem inferior à registrada em maio e veio melhor do que as previsões.
• As disputas sobre o teto de gastos se intensificaram no governo. O Executivo encoraja mais gastos ao defender o desenlace do crescimento das despesas e a inflação. Até a equipe econômica quer burlar o teto.
INVESTIMENTOS
• Grandes gestoras brasileiras decidiram ampliar a oferta de fundos voltados ao padrão ESG — sigla em inglês que representa os temas ambientais, sociais e de governança. Confira as gestoras que estão de olho nessa tendência.
• A Ana Westphalen tem se dedicado a falar com gestores de fundos e vê uma mudança: se no 1º semestre as carteiras dos fundos de ações eram semelhantes, no 2º, tivemos um rearranjo dos portfólios. Confira as conclusões dela.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
A sucessão no Fed: o risco silencioso por trás da queda dos juros
A simples possibilidade de mudança no comando do BC dos EUA já começou a mexer na curva de juros, refletindo a percepção de que o “jogo” da política monetária em 2026 será bem diferente do atual
Tony Volpon: Bolhas não acabam assim
Wall Street vivencia hoje uma bolha especulativa no mercado de ações? Entenda o que está acontecendo nas bolsas norte-americanas, e o que a inteligência artificial tem a ver com isso
As lições da Black Friday para o universo dos fundos imobiliários e uma indicação de FII que realmente vale a pena agora
Descontos na bolsa, retorno com dividendos elevados, movimentos de consolidação: que tipo de investimento realmente compensa na Black Friday dos FIIs?
Os futuros dividendos da Estapar (ALPK3), o plano da Petrobras (PETR3), as falas de Galípolo e o que mais move o mercado
Com mudanças contábeis, Estapar antecipa pagamentos de dividendos. Petrobras divulga seu plano estratégico, e presidente do BC se mantém duro em sua política de juros
Jogada de mestre: proposta da Estapar (ALPK3) reduz a espera por dividendos em até 8 anos, ações disparam e esse pode ser só o começo
A companhia possui um prejuízo acumulado bilionário e precisaria de mais 8 anos para conseguir zerar esse saldo para distribuir dividendos. Essa espera, porém, pode cair drasticamente se duas propostas forem aprovadas na AGE de dezembro.
A decisão de Natal do Fed, os títulos incentivados e o que mais move o mercado hoje
Veja qual o impacto da decisão de dezembro do banco central dos EUA para os mercados brasileiros e o que deve acontecer com as debêntures incentivadas, isentas de IR
Corte de juros em dezembro? O Fed diz talvez, o mercado jura que sim
Embora a maioria do mercado espere um corte de 25 pontos-base, as declarações do Fed revelam divisão interna: há quem considere a inflação o maior risco e há quem veja a fragilidade do mercado de trabalho como a principal preocupação
Rodolfo Amstalden: O mercado realmente subestima a Selic?
Dentro do arcabouço de metas de inflação, nosso Bacen dá mais cavalos de pau do que a média global. E o custo de se voltar atrás para um formulador de política monetária é quase que proibitivo. Logo, faz sentido para o mercado cobrar um seguro diante de viradas possíveis.
As projeções para a economia em 2026, inflação no Brasil e o que mais move os mercados hoje
Seu Dinheiro mostra as projeções do Itaú para os juros, inflação e dólar para 2026; veja o que você precisa saber sobre a bolsa hoje
Os planos e dividendos da Petrobras (PETR3), a guerra entre Rússia e Ucrânia, acordo entre Mercosul e UE e o que mais move o mercado
Seu Dinheiro conversou com analistas para entender o que esperar do novo plano de investimentos da Petrobras; a bolsa brasileira também reflete notícias do cenário econômico internacional
Felipe Miranda: O paradoxo do banqueiro central
Se você é explicitamente “o menino de ouro” do presidente da República e próximo ao ministério da Fazenda, é natural desconfiar de sua eventual subserviência ao poder Executivo
Hapvida decepciona mais uma vez, dados da Europa e dos EUA e o que mais move a bolsa hoje
Operadora de saúde enfrenta mais uma vez os mesmos problemas que a fizeram despencar na bolsa há mais dois anos; investidores aguardam discurso da presidente do Banco Central Europeu (BCE) e dados da economia dos EUA
CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3), o ‘terror dos vendidos’ e mais: as matérias mais lidas do Seu Dinheiro na semana
Matéria sobre a exposição da Oncoclínicas aos CDBs do Banco Master foi a mais lida da semana; veja os destaques do SD
A debandada da bolsa, pessimismo global e tarifas de Trump: veja o que move os mercados hoje
Nos últimos anos, diversas empresas deixaram a B3; veja o que está por trás desse movimento e o que mais pode afetar o seu bolso
Planejamento, pé no chão e consciência de que a realidade pode ser dura são alguns dos requisitos mais importantes de quem quer ser dono da própria empresa
Milhões de brasileiros sonham em abrir um negócio, mas especialistas alertam que a realidade envolve insegurança financeira, mais trabalho e falta de planejamento
Rodolfo Amstalden: Será que o Fed já pode usar AI para cortar juros?
Chegamos à situação contemporânea nos EUA em que o mercado de trabalho começa a dar sinais em prol de cortes nos juros, enquanto a inflação (acima da meta) sugere insistência no aperto
A nova estratégia dos FIIs para crescer, a espera pelo balanço da Nvidia e o que mais mexe com seu bolso hoje
Para continuarem entregando bons retornos, os Fundos de Investimento Imobiliários adaptaram sua estratégia; veja se há riscos para o investidor comum. Balanço da Nvidia e dados de emprego dos EUA também movem os mercados hoje
O recado das eleições chilenas para o Brasil, prisão de dono e liquidação do Banco Master e o que mais move os mercados hoje
Resultado do primeiro turno mostra que o Chile segue tendência de virada à direita já vista em outros países da América do Sul; BC decide liquidar o Banco Master, poucas horas depois que o banco recebeu uma proposta de compra da holding Fictor
Eleição no Chile confirma a guinada política da América do Sul para a direita; o Brasil será o próximo?
Após a vitória de Javier Milei na Argentina em 2023 e o avanço da direita na Bolívia em 2025, o Chile agora caminha para um segundo turno amplamente favorável ao campo conservador
Os CDBs que pagam acima da média, dados dos EUA e o que mais movimenta a bolsa hoje
Quando o retorno é maior que a média, é hora de desconfiar dos riscos; investidores aguardam dados dos EUA para tentar entender qual será o caminho dos juros norte-americanos
