Guedes e Bolsonaro, a história de um casamento — ou de um divórcio

Jair Bolsonaro gosta de usar metáforas de relacionamento em seus pronunciamentos e entrevistas. Em 2018, quando ainda era pré-candidato à Presidência, assumiu um “namoro” com o economista Paulo Guedes.
Parecia uma relação com poucas chances de dar certo. Porém, contrariando os prognósticos, eles acabaram indo para o altar com a vitória de Bolsonaro nas eleições.
A união contou com as bênçãos do mercado, que viu no casamento uma oportunidade inédita de o governo implementar uma agenda liberal na economia.
Como todo relacionamento, o de Bolsonaro e Guedes já teve seus altos e baixos. Mas até aqui o presidente manteve a promessa de dar ao ministro autonomia na condução da pauta econômica.
Do seu lado, Guedes permaneceu fiel ao presidente inclusive nos momentos mais delicados, notadamente na época da ruidosa saída de Sergio Moro do governo.
Mas Bolsonaro agora ensaia um flerte na direção das alas que defendem uma maior intervenção do Estado na economia. Afinal, o aumento de gastos durante a pandemia lhe rendeu o doce prazer da popularidade — algo que Guedes não foi capaz de proporcionar.
Leia Também
Uma eventual pulada de cerca — ou melhor, do teto de gastos — pode ser a senha para um divórcio entre o presidente e seu ministro. E o risco de um rompimento pesou bastante no mercado financeiro nesta segunda-feira.
O Ibovespa caiu quase 2% e voltou a ficar abaixo dos 100 mil pontos, enquanto o dólar disparou e encostou mais uma vez na marca de R$ 5,50. O Ricardo Gozzi conta para você como o desgaste na relação entre Bolsonaro e Guedes mexeu com o humor dos investidores.
POLÍTICA
• Enquanto o mercado teme pela permanência de Guedes, Bolsonaro curte um aumento de popularidade, que passou de 30% em julho para 37% em agosto. A rejeição ao governo também caiu, segundo a pesquisa XP/Ipespe.
MERCADOS
• A B3 confirmou a inclusão de PetroRio e EZTec no Ibovespa, de acordo com a segunda prévia do principal índice da bolsa. Com as inclusões, índice terá 77 ativos de 74 empresas. Magazine Luiza e Via Varejo ganharam peso maior.
• Warren Buffett também entrou na corrida do ouro. A holding do bilionário adquiriu cerca de 21 milhões de ações da mineradora Barrick Gold, por US$ 564 milhões. O mercado gostou da nova tacada do investidor.
• Por falar em ouro, o nosso colunista Ivan Sant’Anna escreveu um texto inédito para os leitores do Seu Dinheiro Premium sobre as perspectivas para o metal dourado. Uma verdadeira aula à qual você pode ter acesso por uma condição muito especial.
EMPRESAS
• Da Serra Pelada para a bolsa. Essa é a trajetória de Ilson Mateus, dono da rede de supermercados que leva seu sobrenome e que entrou com pedido para realizar uma oferta de ações na B3. Vale a pena conhecer a história do empresário e da varejista.
• A guerra de versões tem sua vez no mundo corporativo. Hoje, a Linx negou que tenha se recusado a ouvir a oferta da Totvs e disse que o seu conselho vai analisar a proposta. Saiba os detalhes do novo capítulo dessa disputa corporativa de R$ 6 bilhões.
ECONOMIA
• A guerra comercial entre Estados Unidos e China segue no front corporativo. O governo norte-americano ampliou as restrições à Huawei, gigante das telecomunicações chinesa. O objetivo é limitar o acesso à tecnologia americana.
• A captação da poupança e os juros baixos facilitam o financiamento da sonhada casa própria. Mas os brasileiros têm incertezas em um momento de crise — e o setor tenta convencê-los com ofertas especiais.
COLUNISTAS
• O que a igualdade de gênero tem a ver com os seus investimentos? Bem, muito. Alguns trabalhos mostram que companhias mais igualitárias nesse sentido dão mais retorno e têm desempenho melhor que a média, como mostra a coluna do Felipe Miranda.
Este artigo foi publicado primeiramente no "Seu Dinheiro na sua noite", a newsletter diária do Seu Dinheiro. Para receber esse conteúdo no seu e-mail, cadastre-se gratuitamente neste link.
100% de tarifa, 0% de previsibilidade: Trump reacende risco global com novo round da guerra comercial com a China
O republicano voltou a impor tarifas de 100% aos produtos chineses. A decisão foi uma resposta direta ao endurecimento da postura de Pequim
Felipe Miranda: Perdidos no espaço-tempo
Toda a Ordem Mundial dos últimos anos dá lugar a uma nova orientação, ao menos, por enquanto, marcada pela Desordem
Abuse, use e invista: C&A queridinha dos analistas e Trump de volta ao morde-assopra com a China; o que mexe com o mercado hoje?
Reportagem especial do Seu Dinheiro aborda disparada da varejista na bolsa. Confira ainda a agenda da semana e a mais nova guerra tarifária do presidente norte-americano
ThIAgo e eu: uma conversa sobre IA, autenticidade e o futuro do trabalho
Uma colab entre mim e a inteligência artificial para refletir sobre três temas quentes de carreira — coffee badging, micro-shifting e as demissões por falta de produtividade no home office
A pequena notável que nos conecta, e o que mexe com os mercados nesta sexta-feira (10)
No Brasil, investidores avaliam embate após a queda da MP 1.303 e anúncio de novos recursos para a construção civil; nos EUA, todos de olho nos índices de inflação
Esta ação subiu mais de 50% em menos de um mês – e tem espaço para ir bem mais longe
Por que a aquisição da Desktop (DESK3) pela Claro faz sentido para a compradora e até onde pode ir a Microcap
Menos leão no IR e mais peru no Natal, e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (9)
No cenário local, investidores aguardam inflação de setembro e repercutem derrota do governo no Congresso; nos EUA, foco no discurso de Powell
Rodolfo Amstalden: No news is bad news
Apuração da Bloomberg diz que os financistas globais têm reclamado de outubro principalmente por sua ausência de notícias
Pão de queijo, doce de leite e… privatização, e o que mexe com os mercados nesta quarta-feira (8)
No Brasil, investidores de olho na votação da MP do IOF na Câmara e no Senado; no exterior, ata do Fomc e shutdown nos EUA
O declínio do império americano — e do dólar — vem aí? Saiba também o que mexe com os mercados hoje
No cenário nacional, investidores repercutem ligação entre Lula e Trump; no exterior, mudanças políticas na França e no Japão, além de discursos de dirigentes do Fed
O dólar já não reina sozinho: Trump abala o status da moeda como porto seguro global — e o Brasil pode ganhar com isso
Trump sempre deixou clara sua preferência por um dólar mais fraco. Porém, na prática, o atual enfraquecimento não decorre de uma estratégia deliberada, mas sim de efeitos colaterais das decisões que abalaram a confiança global na moeda
Felipe Miranda: Lições de uma semana em Harvard
O foco do curso foi a revolução provocada pela IA generativa. E não se engane: isso é mesmo uma revolução
Tudo para ontem — ou melhor, amanhã, no caso do e-commerce — e o que mexe com os mercados nesta segunda-feira (6)
No cenário local, investidores aguardam a balança comercial de setembro; no exterior, mudanças de premiê na França e no Japão agitam as bolsas
Shopping centers: é melhor investir via fundos imobiliários ou ações?
Na última semana, foi divulgada alteração na MP que trata da tributação de investimentos antes isentos. Com o tema mais sensível retirado da pauta, os FIIs voltam ao radar dos investidores
A volta do campeão na ação do mês, o esperado caso da Ambipar e o que move os mercados nesta sexta-feira (3)
Por aqui, investidores ainda avaliam aprovação da isenção do IR para quem ganha até R$ 5 mil; no exterior, todos de olho no shutdown nos EUA, que suspendeu a divulgação de dados econômicos
Tragédia anunciada: o que a derrocada da Ambipar (AMBP3) ensina sobre a relação entre preço e fundamento
Se o fundamento não converge para o preço, fatalmente é o preço que convergirá para o fundamento, como no caso da Ambipar
As críticas a uma Petrobras ‘do poço ao posto’ e o que mexe com os mercados nesta quinta-feira (2)
No Brasil, investidores repercutem a aprovação do projeto de isenção do IR e o IPC-Fipe de setembro; no exterior, shutdown nos EUA e dados do emprego na zona do euro
Rodolfo Amstalden: Bolhas de pus, bolhas de sabão e outras hipóteses
Ainda que uma bolha de preços no setor de inteligência artificial pareça improvável, uma bolha de lucros continua sendo possível
Um ano de corrida eleitoral e como isso afeta a bolsa brasileira, e o que move os mercados nesta quarta-feira (1)
Primeiro dia de outubro tem shutdown nos EUA, feriadão na China e reunião da Opep
Tão longe, tão perto: as eleições de 2026 e o caos fiscal logo ali, e o que mexe com os mercados nesta terça-feira (30)
Por aqui, mercado aguarda balança orçamentária e desemprego do IBGE; nos EUA, todos de olho nos riscos de uma paralisação do governo e no relatório Jolts