Cautela externa e demora para efetivação de medidas emergenciais trazem incertezas aos negócios
Medidas mais duras dos Estados Unidos contra o avanço do coronavírus preocupam investidores no mundo inteiro quanto ao impacto da doença na economia
A situação da pandemia do novo coronavírus nos Estados Unidos infecta gradualmente o humor dos investidores globais.
O pronunciamento e a avaliação do presidente americano Donald Trump de que as próximas semanas serão 'muito dolorosas' para os Estados Unidos, afeta negativamente os mercados nesta quarta-feira. Segundo previsão da Casa Branca, o país deve atingir a marca de 240 mil mortos.
Os investidores agora, aguardam também novos dados da economia para medir os impactos da doença (conferir agenda). Ontem, as bolsas já refletiram o pessimismo com o avanço da pandemia. Nesta manhã, os índices futuros em Wall Street apresentam queda firme, superiores a 3%.
Durante a madrugada, as bolsas asiáticas fecharam em baixa generalizada, mesmo com mais um dado confirmando a recuperação do setor industrial chinês após o choque do coronavírus. O índice de pesquisa da IHS Markit com a Caixin Media mostrou que o PMI industrial chinês subiu de 40,3 em fevereiro para 50,1 em março.
Na Europa, as principais praças também recuam no início da manhã. O continente segue sendo um dos epicentros da doença, com a Espanha e Itália estendendo as medidas de isolamento para tentar conter o número de mortos.
No mundo, mais de 800 mil pessoas já foram contaminadas, com 43 mil mortes. No Brasil, a notificação dos casos também cresce exponencialmente: já são mais de 5.700 casos e 201 óbitos.
Leia Também
Recorde negativo e tensão
O mau humor patrocinado pelas bolsas americanas também atingiu a bolsa brasileira.
Após cair 2,17% no pregão de ontem e encerrar o dia aos 73.019,76 pontos, o Ibovespa cravou a marca de 29,9% de baixa no mês, registrando assim o pior desempenho mensal desde agosto de 1998. Na ocasião, o principal índice da bolsa brasileira caiu 39,55%.
O EWZ, principal ETF brasileiro negociado em Nova York, tem queda de
Hoje, pelo menos, a tensão política deve dar uma trégua. O tom mais conciliador adotado pelo presidente Jair Bolsonaro ontem em seu pronunciamento em cadeia nacional deve apaziguar os ânimos, já que bolsonaro assumiu a existência de uma crise, a urgência nas ações de isolamento recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e reforçou os esforços do governo para prestar auxílio econômico emergencial.
No entanto, a medida de apoio aos trabalhadores informais, aprovada pelo Senado, ainda precisa da sanção do presidente. No ministério da Economia, também se fala em entraves para a liberação do recurso, como a falta de operalização e entraves jurídicos, assim, a liberação está prevista para depois do dia 16 de abril. O próprio ministro Paulo Guedes chegou a condicionar a liberação do auxílio com a aprovação de uma PEC, o que criou mal-estar.
Não são somente os trabalhadores informais que ainda não podem contar com o auxílio anunciado pelo governo. Pequenos empresários também encontram dificuldades em acessar as medidas.
Agenda
Entre os indicadores de destaque nesta quarta-feira, temos a divulgação de dados da produção industrial brasileira de fevereiro (9h) e a balança comercial de março (15h).
O BC faz leilão de swap cambial, para rolagem dos vencimentos de maio, em oferta de até 10 mil contratos (11h30)
Lá fora, os impactos do coronavírus mais uma vez devem refletir nos indicadores do dia. É hora de conhecer a leitura dos índices de gerentes de compras (PMI) global para o setor industrial e também dos Estados Unidos (10h45), Alemanha, Reino Unido e zona do euro. Relatório da ADP também atualiza a situação do mercado de trabalho privado nos EUA (9h15), adiantando o clima a ser esperado pelo payroll na sexta-feira.
Fique de olho
- A Braskem adiou mais uma vez a divulgação do seus resultados de 2019, que ainda não tem data para ser feita.
- Odebrecht votará plano de recuperação judicial em duas datas: 14 e 22 de abril.
- Cemig é mais uma das empresaas a adiar a Assembleia Geral Ordinária (AGO). Agora o encontro deve acontecer no dia 31 de julho. Direcional, Positivo e Tenda são algumas das outras empresas que anunciaram a postergação da data nos últimos dias.
- CVC cancelou a sua Assembleia Geral Ordinária, que estava marcada para 30 de abril.
- Já a Gafisa convocou AGO para deliberação sobre aa redução de capital e recompra de ações.
- Conselho da Fleury aprovou captação de recursos via notas comerciais de R$ 400 milhões e dívida bancária de R$ 150 milhões.
- Otávio Chacon do Amaral Lira, diretor de Relações com Investidores da Vivara, irá assumir interinamento o cargo de diretor financeiro.
SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano
Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel
Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo
Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos
Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima
O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez
Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas
Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários
Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual
Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro
Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa
As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro
Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação
Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua
Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?
Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen
Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%
Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX
Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina
Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações
Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973
Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%
Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%
Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre
Depois de escapar da falência, Oi (OIBR3) volta a ser negociada na bolsa e chega a subir mais de 20%
Depois de a Justiça reverter a decisão que faliu a Oi atendendo um pedido do Itaú, as ações voltaram a ser negociadas na bolsa depois de 3 pregões de fora da B3
Cogna (COGN3), C&A (CEAB3), Cury (CURY3): Veja as 20 empresas que mais se valorizaram no Ibovespa neste ano
Companhias de setores como educação, construção civil e bancos fazem parte da lista de ações que mais se valorizaram desde o começo do ano
Com rentabilidade de 100% no ano, Logos reforça time de ações com ex-Itaú e Garde; veja as 3 principais apostas da gestora na bolsa
Gestora independente fez movimentações no alto escalão e destaca teses de empresas que “ficaram para trás” na B3
A Log (LOGG3) se empolgou demais? Possível corte de payout de dividendos acende alerta, mas analistas não são tão pessimistas
Abrir mão de dividendos hoje para acelerar projetos amanhã faz sentido ou pode custar caro à desenvolvedora de galpões logísticos?
A bolha da IA pode estourar onde ninguém está olhando, alerta Daniel Goldberg: o verdadeiro perigo não está nas ações
Em participação no Fórum de Investimentos da Bradesco Asset, o CIO da Lumina chamou atenção para segmento que está muito exposto aos riscos da IA… mas parece que ninguém está percebendo
A bolsa ainda está barata depois da disparada de 30%? Pesquisa revela o que pensam os “tubarões” do mercado
Empiricus ouviu 29 gestoras de fundos de ações sobre as perspectivas para a bolsa e uma possível bolha em inteligência artificial
De longe, a maior queda do Ibovespa: o que foi tão terrível no balanço da Hapvida (HAPV3) para ações desabarem mais de 40%?
Os papéis HAPV3 acabaram fechando o dia com queda de 42,21%, cotados a R$ 18,89 — a menor cotação e o menor valor de mercado (R$ 9,5 bilhões) desde a entrada da companhia na B3, em 2018
A tormenta do Banco do Brasil (BBAS3): ações caem com balanço fraco, e analistas ainda não veem calmaria no horizonte
O lucro do BB despencou no 3T25 e a rentabilidade caiu ao pior nível em décadas; analistas revelam quando o banco pode começar a sair da tempestade
