🔴 ONDE INVESTIR EM NOVEMBRO: AÇÕES, DIVIDENDOS, FIIS E CRIPTOMOEDAS – CONFIRA

Vinícius Pinheiro

Vinícius Pinheiro

Diretor de redação do Seu Dinheiro. Formado em jornalismo, com MBA em Derivativos e Informações Econômico-Financeiras pela FIA, trabalhou nas principais publicações de economia do país, como Valor Econômico, Agência Estado e Gazeta Mercantil. É autor dos romances "O Roteirista", "Abandonado" e "Os Jogadores"

SD Premium - Lupa dos fundos

Small caps numa hora dessas? Conheça o fundo especializado nas pequenas notáveis da bolsa

Vale a pena olhar para as small caps depois que praticamente todas as ações da bolsa perderam boa parte do valor? Eu acredito que sim, desde que com empresas e gestores de qualidade

Vinícius Pinheiro
Vinícius Pinheiro
21 de maio de 2020
5:17 - atualizado às 15:56
Selo Lupa dos Fundos sem logo

Da varanda do escritório da gestora, era possível ver uma série de edifícios em construção. Na entrada do canteiro de um deles, uma fila de caminhões aguardava a vez de entrar, travando uma das pistas da avenida logo em frente.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O gestor me levou para assistir à cena no meio da nossa conversa para mostrar na prática o que entende por ESG, a sigla em inglês para os investimentos que levam em conta critérios ambientais, sociais e de governança.

Para ele, a incorporadora responsável pela obra era um claro exemplo de empresa que ficaria fora do seu fundo. “Você acha que ela tem algum controle sobre essa frota ou está preocupada com os seus fornecedores?”, questionou.

O gestor em questão é Werner Roger, sócio da Trígono Capital. A gestora ficou conhecida por ser a principal do mercado (talvez a única) especializada em small caps, as empresas com menor capitalização da bolsa.

Vale esclarecer que não furei a quarentena para encontrar o gestor. A visita aconteceu em fevereiro, antes do isolamento social exigido pela pandemia do coronavírus.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Na ocasião, a bolsa estava perto das máximas históricas e o coronavírus ainda estava restrito à China e alguns países asiáticos. Como os nomes mais conhecidos do mercado já estavam caros, fazia todo sentido buscar alternativas no mercado.

Leia Também

Mas e agora, vale a pena olhar para as small caps depois que praticamente todas as ações da bolsa perderam boa parte do valor? Eu acredito que sim, ainda que a resposta seja mais complexa do que o simples valor de mercado e esteja mais ligada à qualidade das empresas e dos gestores.

A forte queda das ações em março assustou, e ainda não está claro quando a bolsa vai retomar os níveis pré-crise. Mas quem está em busca de ganhos relevantes de capital no longo prazo não tem muitas opções além da renda variável. Ainda mais no atual cenário de juros baixos.

É claro que isso é verdade apenas para uma parcela da sua carteira de investimentos, e já descontando os recursos da reserva de emergência, aquele dinheiro que você pode precisar a qualquer momento.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por que a Trígono?

O investimento na bolsa via fundos tem como principal vantagem o trabalho de um gestor na seleção dos ativos. Só que esse trabalho não é gratuito.

Ao contrário, com a queda da taxa de juros, o peso da taxa de administração no nosso bolso nunca foi tão grande, o que torna a seleção de bons gestores ainda mais relevante.

É então que chegamos à Trígono. A gestora foi criada em 2017 e possui hoje pouco mais de R$ 250 milhões em patrimônio. Embora seja relativamente pequena e jovem, seus principais sócios já têm décadas de estrada no mercado. Isso significa que viram de perto muitas crises, algo valioso em um universo que costuma ter memória curta.

Werner Roger começou a carreira no começo da década de 1980 e passou por bancos como Chase Manhattan e Citibank, além de gestoras como a Western Asset. Seu sócio Frederico Mesnik, CEO da Trígono, também conta com passagem em instituições financeiras, consultorias e gestoras.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

O primeiro fundo da Trígono é mais antigo que a própria gestora. O Verbier nasceu como um clube de investimento e está sob a batuta de Werner desde abril de 2008. Desde então, o foco do gestor tem sido o de buscar oportunidades em small caps na bolsa.

Para ser considerada uma small cap pela Trígono, a empresa precisa ter um valor de mercado de até R$ 5 bilhões. Mas para ser elegível à carteira dos fundos, ainda é preciso passar pelo filtro de governança, social e ambiental – o que remete ao episódio que eu relatei no começo do texto. E, claro, ser cotada a um preço atrativo e com alto potencial de retorno.

Mais arriscado?

O investimento em small caps é tido como mais arriscado em razão da menor liquidez. Ou seja, em momentos de maior tensão nos mercados, os papéis tendem a cair mais em razão do menor fluxo de compradores e vendedores.

O desempenho recente do Ibovespa, que acumula uma queda de 29% neste ano contra uma baixa de 36% do índice de small caps, parece confirmar essa tese. Mas o sócio da Trígono discorda dessa conclusão.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

No dia em que fui ao escritório da gestora, Werner me mostrou um estudo no qual mostra que tanto o índice de small caps como o fundo Verbier tiveram não só um retorno melhor que o Ibovespa como também uma menor volatilidade. O levantamento considera o período de abril de 2008 a novembro de 2019.

Desde o início, em agosto de 2007, o Verbier acumula valorização de 409,24%, oito vezes mais que o Ibovespa no mesmo período.

Ele também se sai melhor quando comparamos o desempenho de julho de 2008, quando deixou de ser um clube de investimentos e se tornou fundo, com uma alta de 24,7% contra uma perda de 0,73% do índice.

Neste ano, o fundo acompanhou o tombo do mercado de ações e acumula uma queda de 20,45% até abril. Embora não seja um resultado para se comemorar, é melhor que o do principal índice da bolsa, que perdeu 30,39% do valor nos quatro primeiros meses de 2020.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Em meio à crise, eu voltei a conversar com o gestor da Trígono para saber como ele reagiu ao choque nos mercados provocado pela pandemia do coronavírus.

Werner me respondeu que procurou proteger a carteira com empresas que possuem receita em dólar e de preferência sem dívidas. As cinco small caps favoritas da gestora hoje são: Tupy, Ferbasa, São Martinho, Kepler Weber e Tronox.

Além delas, o gestor colocou na carteira a produtora de papel e celulose Suzano, que acaba sendo uma exceção tanto à regra das small caps como de empresas sem dívida, mas ganha com o dólar alto. Você pode conferir aqui a íntegra dessa conversa na qual ele detalha as posições.

Fundo na lupa

Em resumo, eu considero a Trígono uma gestora de fundos com profissionais experientes, bom histórico de retorno e que ainda apresenta um diferencial na estratégia.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E não estou falando apenas do foco em small caps como também a preocupação com os princípios ambientais, sociais e de governança (ESG) na seleção das empresas que fazem parte da carteira, uma tendência que eu vejo como irreversível.

Embora tenha um fundo dedicado ao investimento em small caps, eu prefiro hoje o produto original da casa, o Trígono Verbier. Primeiro, por dar uma liberdade maior ao gestor em um momento de bastante indefinição e que pode requerer posições mais defensivas e líquidas.

A outra razão para a preferência é porque o fundo Flagship, que investe apenas em small caps, conta com apenas uma versão aberta para captações, com uma carência maior para resgates, de 60 dias.

Mais uma vez, vale a pena ressaltar que se trata de um investimento "tarja preta", ou seja, de alto risco e indicado apenas para uma pequena parcela da sua carteira, cujos recursos você tem certeza de que não vai precisar no curto prazo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Trígono Verbier

Aplicação mínima: R$ 500
Taxa de administração: 2% ao ano mais 20% sobre o que superar o Ibovespa
Resgate: 32 dias após o pedido
Data de início: 09/08/2007 (como Clube Verbier)
Retorno da estratégia desde o início: 409,24% (até abril de 2020, contra 50,68% do Ibovespa)
Por onde investir: Andbank, Ativa, BTG Pactual, Daycoval, Guide, Modal, Necton, Terra, Nova Futura, Órama, Pi e Warren

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
ESTÁ ARRISCADO DEMAIS?

Fundo Verde diminui exposição a ações de risco no Brasil, apesar de recordes na bolsa de valores; é sinal de atenção?

12 de novembro de 2025 - 10:25

Fundo Verde reduz exposição a ações brasileiras, apesar de recordes na bolsa, e adota cautela diante de incertezas globais e volatilidade em ativos de risco

FIM DO TREINO?

Exclusivo: Pátria prepara saída da Smart Fit (SMFT3); leilão pode movimentar R$ 2 bilhões, dizem fontes

12 de novembro de 2025 - 8:35

Venda pode pressionar ações após alta de 53% no ano; Pátria foi investidor histórico e deve zerar participação na rede de academias.

MERCADOS

Ibovespa atinge marca histórica ao superar 158 mil pontos após ata do Copom e IPCA; dólar recua a R$ 5,26 na mínima

11 de novembro de 2025 - 12:57

Em Wall Street, as bolsas andaram de lado com o S&P 500 e o Nasdaq pressionados pela queda das big techs que, na sessão anterior, registraram fortes ganhos

NÃO TÃO VACA LEITEIRA

Ação da Isa Energia (ISAE4) está cara, e dividendos não saltam aos olhos, mas endividamento não preocupa, dizem analistas

11 de novembro de 2025 - 6:03

Mercado reconhece os fundamentos sólidos da empresa, mas resiste em pagar caro por uma ação que entrega mais prudência do que empolgação; veja as projeções

O QUE FAZER COM AS AÇÕES?

Esfarelando na bolsa: por que a M.Dias Branco (MDIA3) cai mais de 10% depois do lucro 73% maior no 3T25?

10 de novembro de 2025 - 15:05

O lucro de R$ 216 milhões entre julho e setembro não foi capaz de ofuscar outra linha do balanço, que é para onde os investidores estão olhando: a da rentabilidade

NÃO TEM MAIS COMO CONTINUAR

Não há mais saída para a Oi (OIBR3): em “estado falimentar irreversível”, ações desabam 35% na bolsa

10 de novembro de 2025 - 12:30

Segundo a 7ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro, a Oi está em “estado falimentar” e não possui mais condições de cumprir o plano de recuperação ou honrar compromissos com credores e fornecedores

AO INFINITO E ALÉM

Ibovespa bate mais um recorde: bolsa ultrapassa os 155 mil pontos com fim do shutdown dos EUA no radar; dólar cai a R$ 5,3073

10 de novembro de 2025 - 12:17

O mercado local também deu uma mãozinha ao principal índice da B3, que ganhou fôlego com a temporada de balanços

DE CARA NOVA

Adeus ELET3 e ELET5: veja o que acontece com as ações da Axia Energia, antiga Eletrobras, na bolsa a partir de hoje

10 de novembro de 2025 - 9:51

Troca de tickers nas bolsas de valores de São Paulo e Nova York coincide com mudança de nome e imagem, feita após 60 anos de empresa

A BOLSA NAS ELEIÇÕES

A carteira de ações vencedora seja quem for o novo presidente do Brasil, segundo Felipe Miranda

9 de novembro de 2025 - 15:31

O estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual diz quais papéis conseguem suportar bem os efeitos colaterais que toda votação provoca na bolsa

A SEMANA DOS MERCADOS

Ibovespa desafia a gravidade e tem a melhor performance desde o início do Plano Real. O que esperar agora?

9 de novembro de 2025 - 10:30

Em Wall Street, as bolsas de Nova York seguiram voando às cegas com relação à divulgação de indicadores econômicos por conta do maior shutdown da história dos EUA, enquanto os valuations esticados de empresas ligadas à IA seguiram como fonte de atenção

DISNEY GARANTIDA?

Dólar em R$ 5,30 é uma realidade que veio para ficar? Os 3 motivos para a moeda americana não subir tão cedo

8 de novembro de 2025 - 16:43

A tendência de corte de juros nos EUA não é o único fato que ajuda o dólar a perder força com relação ao real; o UBS WM diz o que pode acontecer com o câmbio na reta final de 2025

A SEMANA NA BOLSA

Vamos (VAMO3) lidera os ganhos do Ibovespa e Minerva (BEEF3) fica na lanterna; confira o sobe e desce das ações

8 de novembro de 2025 - 11:31

O principal índice da bolsa brasileira acumulou valorização de 3,02% nos últimos cinco pregões e encerrou a última sessão da semana no nível inédito dos 154 mil pontos

HORA DE COMPRAR?

Maior queda do Ibovespa: por que as ações da Cogna (COGN3) desabaram mesmo depois de um “trimestre limpo”?

7 de novembro de 2025 - 18:11

As ações passaram boa parte do dia na lanterna do Ibovespa depois do balanço do terceiro trimestre, mas analistas consideraram o resultado como positivo

REAÇÃO AO BALANÇO

Fred Trajano ‘banca’ decisão que desacelerou vendas: “Magalu nunca foi de crescer dando prejuízo, não tem quem nos salve se der errado”

7 de novembro de 2025 - 12:25

A companhia divulgou os resultados do segundo trimestre ontem (6), com queda nas vendas puxada pela desaceleração intencional das vendas no marketplace; entenda a estratégia do CEO do Magazine Luiza

FOME DE CRESCER

Fome no atacado: Fundo TRXF11 compra sete imóveis do Atacadão (CAFR31) por R$ 297 milhões e mantém apetite por crescimento

7 de novembro de 2025 - 10:17

Com patrimônio de R$ 3,2 bilhões, o fundo imobiliário TRXF11 saltou de 56 para 74 imóveis em apenas dois meses, e agora abocanhou mais sete

FECHAMENTO DOS MERCADOS

A série mais longa em 28 anos: Ibovespa tem a 12ª alta seguida e o 9° recorde; dólar cai a R$ 5,3489

6 de novembro de 2025 - 18:58

O principal índice da bolsa brasileira atingiu pela primeira vez nesta quinta-feira (6) o nível dos 154 mil pontos. Em mais uma máxima histórica, alcançou 154.352,25 pontos durante a manhã.

TOUROS E URSOS #246

A bolsa nas eleições: as ações que devem subir com Lula 4 ou com a centro-direita na Presidência — e a carteira que ganha em qualquer cenário

6 de novembro de 2025 - 13:00

Felipe Miranda, estrategista-chefe da Empiricus e sócio do BTG Pactual, fala sobre como se posicionar para as eleições de 2026 e indica uma carteira de ações capaz de trazer bons resultados em qualquer cenário

CARTA DA ATMOS

As ações para ‘evitar ser estúpido’ da gestora cujo fundo rende 8 vezes mais que o Ibovespa

6 de novembro de 2025 - 10:55

Atmos Capital tem 40% da carteira de R$ 14 bilhões alocada em concessionárias de serviços públicos; veja as ações da gestora

DE SÃO PAULO A WALL STREET

Nasdaq bate à porta do Brasil: o que a bolsa dos ‘todo-poderosos’ dos EUA quer com as empresas daqui?

5 de novembro de 2025 - 19:03

Em evento em São Paulo, representantes da bolsa norte-americana vieram tentar convencer as empresas de que abrir capital lá não é um sonho tão distante

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa volta a fazer história: sobe 1,72% e supera a marca de 153 mil pontos antes do Copom; dólar cai a R$ 5,3614

5 de novembro de 2025 - 18:14

Quase toda a carteira teórica avançou nesta quarta-feira (5), com os papéis de primeira linha como carro-chefe

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar