Bolsa e dólar fecham em queda acompanhando exterior
Resultados trimestrais abaixo do esperado, contração de 32,9% da economia norte-americana e realização de lucros pesaram sobre mercado de ações no Brasil

A queda de braço entre a liquidez jorrada pelos principais bancos centrais do mundo e os temores relacionados à pandemia teve mais um capítulo nesta quinta-feira (30).
Se ontem o Ibovespa subiu forte com a decisão do Federal Reserve Bank (o banco central norte-americano) de manter os juros baixos e as medidas de estímulo até se certificar de que a economia dos EUA superou a crise, hoje foi a vez de resultados corporativos abaixo do esperado e dados mostrando a maior retração do PIB dos Estados Unidos para o segundo trimestre desde 1947 pesarem sobre as decisões dos investidores. Apesar do recuo, o índice manteve-se acima dos 105 mil pontos.
O Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro de ações, fechou em queda de 0,56%, a 105.008,70 pontos.
O mau humor externo foi apontado como principal motor da queda por Luís Sales, analista de mercado da Guide Investimentos. Também entrou em cena um pouco de realização de lucros em reação à forte alta registrada ontem em reação à decisão do Fed.
Em relação às empresas que apresentaram balanços hoje, a Vale ON (VALE3) fechou em queda de 2,64%. A mineradora reverteu no segundo trimestre de 2020 o prejuízo registrado no mesmo período do ano anterior e lucrou US$ 995 milhões.
Entretanto, o resultado poderia ter vindo ainda melhor não fosse o impacto de uma baixa contábil (impairment) em ativos de níquel de US$ 314 milhões e provisões adicionais de US$ 566 milhões para financiar a Fundação Renova, criada para gerir os programas de reparação dos danos causados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG).
Leia Também
As ações ON do Bradesco (BBDC3), por sua vez, caíram 2,77%. Um novo aumento nas despesas para compensar perdas no crédito em meio à crise do novo coronavírus derrubou o lucro líquido do banco em 40,1% no segundo trimestre, para R$ 3,873 bilhões.
As ações ON da Ambev (ABEV3) abriram em forte alta com os investidores celebrando o lucro acima do esperado mesmo com a queda de 49,35% em comparação com o mesmo período de 2019. Com o andar do pregão, entretanto, os papéis da cervejaria mudaram de curso e até fecharem em queda de 3,96%.
Ao mesmo tempo, a queda dos preços do petróleo nos mercados internacionais pesou sobre as ações da Petrobras. As ações ON da petrolífera fecharam em queda de 2,22% (PETR3), enquanto as ações PN recuaram 1,60% (PETR4). A companhia prepara-se para divulgar, depois do fim do pregão, o balanço do segundo trimestre.
No campo positivo, as ações ON da Localiza (RENT3) apresentaram o melhor desempenho do dia, fechando em alta de 10,85% com a recuperação do aluguel de carros em julho aos níveis de um ano atrás e a perspectiva de melhora nos próximos meses.
Confira a seguir as 5 maiores altas e as 5 maiores quedas do dia entre os componentes do Ibovespa.
MAIORES ALTAS
- Localiza ON (RENT3) +10,85%
- Cosan ON (CSAN3) +4,82%
- Yduqs ON (YDUQ3) +4,81%
- Raia Drogasil ON (RADL4) +3,87%
- Magazine Luiza ON (MGLU3) +3,84%
MAIORES QUEDAS
- Pão de Açúcar ON (PCAR3) -6,27%
- Ambev ON (ABEV3) -3,96%
- Bradesco PN (BBDC4) -3,50%
- Banco do Brasil ON (BBAS3) -3,20%
- BRF ON (BRFS3) -3,02%
Dólar e juro
O dólar, por sua vez, voltou a cair na esteira da divulgação dos dados do PIB dos EUA, que tombou 32,9% no segundo trimestre de 2020. O movimento retoma a recente tendência de enfraquecimento da moeda norte-americana, mas não sem intensa volatilidade. O dólar chegou ao fim do pregão cotado a R$ 5,1592 (-0,26%).
Os contratos de juros futuros, por sua vez, fecharam em queda firme em meio à expectativa de novo corte na taxa Selic na reunião de política monetária do Banco Central do Brasil em agosto.
Confira os principais vencimentos:
- Janeiro/2021: de 1,918% para 1,910%;
- Janeiro/2022: de 2,742% para 2,630%;
- Janeiro/2023: de 3,803% para 3,660%;
- Janeiro/2025: de 5,383% para 5,230%.
Confiança em xeque: mercado de capitais brasileiro recebe nota medíocre em pesquisa da CVM e especialistas acendem alerta
Percepção de impunidade, conflitos de interesse e falhas de supervisão reforçam a desconfiança de investidores e profissionais no mercado financeiro brasileiro
Prio (PRIO3) sobe no Ibovespa após receber licença final para a instalação dos poços de Wahoo
A petroleira projeta que o início da produção na Bacia do Espírito Santo será entre março e abril de 2026
Dólar vai abaixo dos R$ 5,30 e Ibovespa renova máximas (de novo) na expectativa pela ‘tesoura mágica’ de Jerome Powell
Com um corte de juros nos EUA amplamente esperado para amanhã, o dólar fechou o dia na menor cotação desde junho de 2024, a R$ 5,2981. Já o Ibovespa teve o terceiro recorde dos últimos quatro pregões, a 144.061,64 pontos
FII BRCO11 aluga imóvel para M. Dias Branco (MDIA3) e reduz vacância
O valor da nova locação representa um aumento de 12% em relação ao contrato anterior; veja quanto vai pingar na conta dos cotistas do BRCO11
TRXF11 vai às compras mais uma vez e adiciona à carteira imóvel locado ao Assaí; confira os detalhes
Esse não é o primeiro ativo alugado à empresa que o FII adiciona à carteira; em junho, o fundo já havia abocanhado um galpão ocupado pelo Assaí
Ouro vs. bitcoin: afinal, qual dos dois ativos é a melhor reserva de valor em momentos de turbulência econômica?
Ambos vêm renovando recordes nos últimos dois anos à medida que as incertezas no cenário econômico internacional crescem e o mercado busca uma maneira de se proteger
Do Japão às small caps dos EUA: BlackRock lança 29 novos ETFs globais para investir em reais
Novos fundos dão acesso a setores, países e estratégias internacionais sem a necessidade de investir diretamente no exterior
Até onde vai o fundo do poço da Braskem (BRKM5), e o que esperar dos mercados nesta semana
Semana começa com prévia do PIB e tem Super Quarta, além de expectativa de reação dos EUA após condenação de Bolsonaro
Rio Bravo: “Momento é de entrada em fundos imobiliários de tijolo, não de saída”
Anita Scal, sócia e diretora de Investimentos Imobiliários da empresa, afirma que a perspectiva de um ciclo de queda da taxa de juros no Brasil deve levar as cotas dos fundos a se valorizarem
TRXF11 abocanha galpão locado pelo Mercado Livre (MELI34) — e quem vai ver o dinheiro cair na conta são os cotistas de um outro FII
Apesar da transação, a estimativa de distribuição de dividendos do TRXF11 até o fim do ano permanece no mesmo patamar
Ação da Cosan (CSAN3) ainda não conseguiu conquistar os tubarões da Faria Lima. O que impede os gestores de apostarem na holding de Rubens Ometto?
Levantamento da Empiricus Research revela que boa parte do mercado ainda permanece cautelosa em relação ao futuro da Cosan; entenda a visão
LinkedIn em polvorosa com Itaú, e o que esperar dos mercados nesta sexta-feira (12)
Após STF decidir condenar Bolsonaro, aumentam os temores de que Donald Trump volte a aplicar sanções contra o país
Ibovespa para uns, Tesouro IPCA+ para outros: por que a Previ vendeu R$ 7 bilhões em ações em ano de rali na bolsa
Fundo de pensão do BB trocou ações de empresas por títulos públicos em nova estratégia para reforço de caixa
TRBL11 recebe R$ 6 milhões em acordo por imóvel que é alvo de impasse com os Correios — agora o FII está de olho na disputa judicial contra a estatal
Segundo o gestor da Rio Bravo, o acordo “é apenas o começo” e, agora, o fundo imobiliário busca cobrar os Correios e voltar a ocupar o galpão com um novo inquilino
Banco do Brasil (BBAS3) supera a Vale (VALE3) em um quesito na bolsa; saiba qual
Os dados são de um levantamento mensal do DataWise+, parceria entre a B3 e a Neoway
Fundo imobiliário MFII11 mira novo projeto residencial na zona leste de São Paulo; veja os detalhes
O FII vem chamando atenção por sua estratégia focada em empreendimentos residenciais ligados ao Minha Casa, Minha Vida (MCMV)
Ibovespa renova máxima histórica e dólar vai ao menor nível desde julho de 2024 após dados de inflação nos EUA; Wall Street também festeja
Números de inflação e de emprego divulgados nesta quinta-feira (11) nos EUA consolidam a visão do mercado de que o Fed iniciará o ciclo de afrouxamento monetário na reunião da próxima semana; por aqui, há chances de queda da Selic
Fundo imobiliário do BTG quer vender cinco imóveis por mais de R$ 830 milhões — e já tem destino certo para o dinheiro
Criado especialmente para adquirir galpões da Log Commercial Properties (LOGG3), o BTLC11 comprou os ativos em 2023, e agora deseja gerar valor aos cotistas
GGRC11 ou Tellus: quem levou a melhor na disputa pelo galpão da Renault do FII VTLT11, que agora se despede da bolsa
Com a venda do único imóvel do portfólio, o fundo imobiliário será liquidado, mas cotistas vão manter a exposição ao mercado imobiliário
Fundo imobiliário (FII) aposta em projetos residenciais de alto padrão em São Paulo; veja os detalhes
Com as transações, o fundo imobiliário passa a ter, aproximadamente, 63% do capital comprometido em cinco empreendimentos na capital paulista