🔴 OURO DISPARA 55% EM 2025: AINDA DÁ PARA INVESTIR? – SAIBA COMO SE EXPOR AO METAL

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Recorde atrás de recorde

Dólar sobe pelo quinto dia, cruza pela primeira vez os R$ 4,40 e avança mais de 2% na semana

Pressionado pela aversão ao risco no exterior e pela cautela com o cenário político doméstico, o dólar à vista atingiu novas máximas na semana e rompeu a barreira dos R$ 4,40 no momento de maior tensão. O Ibovespa também teve uma semana de maior estresse, recuando 0,61% desde segunda-feira

Victor Aguiar
Victor Aguiar
21 de fevereiro de 2020
18:43 - atualizado às 0:36
Dólar real câmbio
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Nesta semana, o dólar à vista subiu, subiu, subiu e subiu. E, quando já estava lá no alto, o que ele fez? Bem, ele... subiu um pouco mais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Não é força de expressão: a moeda americana fechou em alta em todos os dias desta semana. Os ganhos desta sexta-feira (21) foram tímidos, é verdade: apenas 0,03%, terminando a sessão a R$ 4,3927 — o quarto recorde nominal consecutivo de encerramento.

Mas, apesar da quase estabilidade ao fim do dia, uma marca importante foi rompida hoje pelo mercado de câmbio. Ainda durante a manhã, a moeda americana chegou a ser negociada a R$ 4,4066 (+0,35%), marcando a primeira vez que a divisa rompe o nível de R$ 4,40.

Qual o saldo de todo esse movimento? Apenas nessa semana, o dólar à vista acumulou ganhos de 2,15% — em fevereiro, a alta é de 2,51%. Desde o início do ano, a valorização da moeda americana ante o real já chega a 9,49%.

Há diversas razões para explicar essa forte onda de aversão ao risco no mercado de câmbio. Como pano de fundo, aparece o clima de maior apreensão no exterior, em meio à percepção de que o surto de coronavírus começa a afetar a economia global.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas, por aqui, também tivemos fatores de estresse. O noticiário político, com ruídos envolvendo o ministro da Economia, Paulo Guedes, deu uma pitada extra de prudência às negociações e fez o dólar testar novas máximas, dia após dia.

Leia Também

Esse panorama também contaminou as negociações nas bolsas. O Ibovespa fechou a sessão de hoje em baixa de 0,79%, aos 113.681,42 pontos, terminando a semana com uma perda acumulada de 0,61%.

Incerteza no horizonte

O coronavírus continua pautando as negociações no exterior — e, nesta semana, a percepção dos investidores foi mais pessimista em relação ao surto da doença.

Esse viés mais negativo se deve, em primeiro lugar, ao próprio ritmo de disseminação: já são mais de 2,2 mil mortos e 76 mil infectados, sem qualquer indício de que o vírus estaria se alastrando com menor velocidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pelo contrário: começam a aumentar os casos fora da China, acendendo um sinal amarelo quanto à possibilidade de crise de saúde global.

Além disso, também começam a surgir as primeiras evidências concretas de que o coronavírus já está impactando a economia mundial. O dado mais grave foi divulgado hoje, nos EUA: o PMI, indicador que mede o nível de atividade do país, caiu a 49,6 na preliminar de fevereiro — um patamar que indica contração.

Com esse número em mente, as bolsas americanas tiveram um dia bastante negativo hoje: o Dow Jones fechou em queda de 0,78%, o S&P 500 recuou 1,05% e o Nasdaq caiu 1,79% — os três acumularam perdas na semana. O clima foi igualmente ruim nos demais mercados acionários do mundo, com as bolsas da Europa e da Ásia também fechando em queda.

No mercado de câmbio, essa cautela fez os investidores optarem pela segurança do dólar em detrimento dos riscos das moedas emergentes ao longo da semana. Divisas como o peso mexicano, o rublo russo e o peso chileno, entre outras, se juntaram ao real e perderam terreno nos últimos dias, dado o viés defensivo dos investidores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E o BC?

O Banco Central (BC) continuou apenas observando a valorização do dólar ante o real, sem sinalizar qualquer tipo de atuação no câmbio — postura que, de certa maneira, contribuiu para trazer mais ansiedade aos investidores.

Vale lembrar que, na semana passada, o BC promoveu dois leilões extraordinários de swap cambial quado o dólar bateu R$ 4,38, injetando US$ 2 bilhões em recursos novos no sistema. As operações trouxeram alívio ao mercado e passaram a mensagem de que a autoridade monetária não deixaria a moeda subir descontroladamente.

Só que, ao ver o dólar chegar a R$ 4,40 e sem constatar qualquer atuação por parte do Banco Central, os investidores ficam "à deriva", sem saber qual "cotação limite" suportada pelo BC.

Cautela doméstica

Por aqui, o cenário doméstico continuou trazendo desconforto aos investidores: rumores quanto à insatisfação do ministro da Economia, Paulo Guedes, rondam as mesas de operação desde o meio da semana — há quem diga que ele estaria cogitando deixar o governo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por mais que o presidente Jair Bolsonaro tenha manifestado apoio público ao ministro, fato é que o clima não é dos mais amenos em Brasília. Declarações do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, reacenderam atritos entre o governo e o Congresso.

Nesse contexto de incertezas, grande parte dos investidores preferiu assumir uma postura mais defensiva, especialmente por causa do Carnaval. Afinal, os mercados domésticos estarão fechados na segunda (24) e terça (25), e passar esse tempo todo comprado e exposto a riscos não é uma opção muito convidativa.

Juros estáveis

As curvas de juros mostraram uma certa divisão no mercado. Por um lado, há a leitura de que a economia segue fraca, o que abre espaço para novos cortes na Selic; por outro, o dólar nas máximas tende a gerar pressões inflacionárias, o que enfraquece o argumento de novas baixas nas taxas.

Assim, o viés foi de relativa estabilidade nos DIs nesta sexta-feira. Veja abaixo como ficaram as principais curvas:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Janeiro/2021: de 4,19% para 4,18%;
  • Janeiro/2022: de 4,67% para 4,68%;
  • Janeiro/2023: de 5,22% para 5,26%;
  • Janeiro/2025: de 6,00% para 6,06%.

Agitação nos balanços

No front corporativo, importantes membros do Ibovespa reportaram seus números trimestrais desde a noite passada, com destaque para a Vale. A mineradora fechou 2019 com um prejuízo de US$ 1,7 bilhão, fortemente impactada pelas provisões e despesas com Brumadinho — como resultado, os papéis ON (VALE3) caíram 3,97% hoje.

Na ponta oposta do índice, apareceram os papéis PN da Lojas Americanas (LAME4), que fecharam em forte alta de 7,68%. A companhia registrou um lucro líquido de R$ 704,1 milhões no ano de 2019, um crescimento de 130,4% ante 2018 — desempenho que agradou os analistas.

Carrefour Brasil ON (CRFB3), com alta de 0,14%; SulAmérica units (SULA11), estáveis; B2W ON (BTOW3), avançando 2,49%; e NotreDame Intermédica ON (GNDI3), desvalorizando 2,81%, também reagiram aos balanços trimestrais — veja aqui um resumo dos números das empresas.

Top 5 na semana

Veja abaixo as cinco ações do Ibovespa que mais se valorizaram nesta semana:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Marfrig ON (MRFG3): +20,09%
  • Via Varejo ON (VVAR3): +12,97%
  • Weg ON (WEGE3): +9,28%
  • Totvs ON (TOTS3): +6,86%
  • Lojas Americanas PN (LAME4): +6,56%

Confira também as maiores baixas do índice desde segunda-feira:

  • Ultrapar ON (UGPA3): -10,77%
  • Usiminas PNA (USIM5): -7,37%
  • BTG Pactual units (BPAC11): -7,06%
  • Gerdau PN (GGBR4): -6,83%
  • CVC ON (CVCB3): -6,71%

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
MERCADOS HOJE

Nem retirada das tarifas salva: Ibovespa recua e volta aos 154 mil pontos nesta sexta (21), com temor sobre juros nos EUA

21 de novembro de 2025 - 16:08

Índice se ajusta à baixa dos índices de ações dos EUA durante o feriado e responde também à queda do petróleo no mercado internacional; entenda o que afeta a bolsa brasileira hoje

BAITA DOR DE CABEÇA

O erro de R$ 1,1 bilhão do Grupo Mateus (GMAT3) que custou o dobro para a varejista na bolsa de valores

21 de novembro de 2025 - 14:10

A correção de mais de R$ 1,1 bilhão nos estoques expôs fragilidades antigas nos controles do Grupo Mateus, derrubou o valor de mercado da companhia e reacendeu dúvidas sobre a qualidade das informações contábeis da varejista

OPAS E INTERNACIONALIZAÇÃO

Debandada da B3: quando a onda de saída de empresas da bolsa de valores brasileira vai acabar?

21 de novembro de 2025 - 6:18

Com OPAs e programas de recompras de ações, o número de empresas e papéis disponíveis na B3 diminuiu muito no último ano. Veja o que leva as empresas a saírem da bolsa, quando esse movimento deve acabar e quais os riscos para o investidor

VIRADA NOS MERCADOS

Medo se espalha por Wall Street depois do relatório de emprego dos EUA e nem a “toda-poderosa” Nvidia conseguiu impedir

20 de novembro de 2025 - 15:59

A criação de postos de trabalho nos EUA veio bem acima do esperado pelo mercado, o que reduz chances de corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) em dezembro; bolsas saem de alta generalizada para queda em uníssono

DADO DE EMPREGO

Depois do hiato causado pelo shutdown, Payroll de setembro vem acima das expectativas e reduz chances de corte de juros em dezembro

20 de novembro de 2025 - 12:15

Os Estados Unidos (EUA) criaram 119 mil vagas de emprego em setembro, segundo o relatório de payroll divulgado nesta quinta-feira (20) pelo Departamento do Trabalho

MERCADOS LÁ FORA

Sem medo de bolha? Nvidia (NVDC34) avança 5% e puxa Wall Street junto após resultados fortes — mas ainda há o que temer

20 de novembro de 2025 - 11:06

Em pleno feriado da Consciência Negra, as bolsas lá fora vão de vento em poupa após a divulgação dos resultados da Nvidia no terceiro trimestre de 2025

WHAT A WEEK, HUH?

Com R$ 480 milhões em CDBs do Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai 24% na semana, apesar do aumento de capital bilionário

20 de novembro de 2025 - 9:32

A companhia vive dias agitados na bolsa de valores, com reação ao balanço do terceiro trimestre, liquidação do Banco Master e aprovação da homologação do aumento de capital

NÃO ENGATOU

Braskem (BRKM5) salta quase 10%, mas fecha com ganho de apenas 0,6%: o que explica o vai e vem das ações hoje?

19 de novembro de 2025 - 18:49

Mercado reagiu a duas notícias importantes ao longo do dia, mas perdeu força no final do pregão

COMPRA OU VENDE?

SPX reduz fatia na Hapvida (HAPV3) em meio a tombo de quase 50% das ações no ano

19 de novembro de 2025 - 17:40

Gestora informa venda parcial da posição nas ações e mantém derivativos e operações de aluguel

VAI CAIR NA CONTA?

Dividendos: Banco do Brasil (BBAS3) antecipa pagamento de R$ 261,6 milhões em JCP; descubra quem entra no bolo

19 de novembro de 2025 - 11:33

Apesar de o BB ter terminado o terceiro trimestre com queda de 60% no lucro líquido ajustado, o banco não está deixando os acionistas passarem fome de proventos

EFEITOS DO IMBRÓGLIO

Liquidação do Banco Master respinga no BGR B32 (BGRB11); entenda os impactos da crise no FII dono do “prédio da baleia” na Av. Faria Lima

19 de novembro de 2025 - 10:20

O Banco Master, inquilino do único ativo presente no portfólio do FII, foi liquidado pelo Banco Central por conta de uma grave crise de liquidez

OPORTUNIDADES OU ARMADILHA?

Janela de emissões de cotas pelos FIIs foi reaberta? O que representa o atual boom de ofertas e como escapar das ciladas

19 de novembro de 2025 - 6:02

Especialistas da EQI Research, Suno Research e Nord Investimentos explicam como os cotistas podem fugir das armadilhas e aproveitar as oportunidades em meio ao boom das emissões de cotas dos fundos imobiliários

ALTA COM DESCONFORTO

Mesmo com Ibovespa em níveis recordes, gestores ficam mais cautelosos, mostra BTG Pactual

18 de novembro de 2025 - 15:22

Pesquisa com gestores aponta queda no otimismo, desconforto com valuations e realização de lucros após sequência histórica de altas do mercado brasileiro

DEPOIS DA LIQUIDAÇÃO EXTRAJUDICIAL

Com quase R$ 480 milhões em CDBs do Banco Master, Oncoclínicas (ONCO3) cai mais de 10% na bolsa

18 de novembro de 2025 - 11:41

As ações da companhia recuaram na bolsa depois de o BC determinar a liquidação extrajudicial do Master e a PF prender Daniel Vorcaro

ONDA DE REVISÕES CONTINUA

Hapvida (HAPV3) lidera altas do Ibovespa após tombo da semana passada, mesmo após Safra rebaixar recomendação

17 de novembro de 2025 - 15:53

Papéis mostram recuperação após desabarem mais de 40% com balanço desastroso no terceiro trimestre, mas onda de revisões de recomendações por analistas continua

REAÇÃO AOS BALANÇOS

Maiores quedas do Ibovespa: Rumo (RAIL3), Raízen (RAIZ4) e Cosan (CSAN3) sofrem na bolsa. O que acontece às empresas de Rubens Ometto?

17 de novembro de 2025 - 15:15

Trio do grupo Cosan despenca no Ibovespa após balanços fracos e maior pressão sobre a estrutura financeira da Raízen

FUNDOS IMOBILIÁRIOS

Os FIIs mais lucrativos do ano: shoppings e agro lideram altas que chegam a 144%

15 de novembro de 2025 - 16:23

Levantamento mostra que fundos de shoppings e do agronegócio dominaram as maiores valorizações, superando com sobra o desempenho do IFIX

ESTRATÉGIA DOS GESTORES

Gestora aposta em ações ‘esquecidas’ do Ibovespa — e faz o mesmo com empresas da Argentina

15 de novembro de 2025 - 15:30

Logos Capital acumula retorno de quase 100% no ano e está confiante com sua carteira de ações

FECHAMENTO DOS MERCADOS

Ibovespa retoma ganhos com Petrobras (PETR4) e sobe 2% na semana; dólar cai a R$ 5,2973

14 de novembro de 2025 - 18:44

Na semana, MBRF (MBRF3) liderou os ganhos do Ibovespa com alta de mais de 32%, enquanto Hapvida (HAPV3) foi a ação com pior desempenho da carteira teórica do índice, com tombo de 40%

O DIA DEPOIS DO BALANÇO

Depois do balanço devastador da Hapvida (HAPV3) no 3T25, Bradesco BBI entra ‘na onda de revisões’ e corta preço-alvo em quase 50%

14 de novembro de 2025 - 17:37

Após reduzir o preço-alvo das ações da Hapvida (HAPV3) em quase 50%, o Bradesco BBI mantém recomendação de compra, mas com viés cauteloso, diante de resultados abaixo das expectativas e pressões operacionais para o quarto trimestre

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar