🔴 [NO AR] TOUROS E UROS: ENTENDA O EFEITO DO IOF NA CAPTAÇÃO DA PREVIDÊNCIA – ASSISTA AGORA

Victor Aguiar

Victor Aguiar

Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.

Recorde atrás de recorde

Dólar sobe pelo quinto dia, cruza pela primeira vez os R$ 4,40 e avança mais de 2% na semana

Pressionado pela aversão ao risco no exterior e pela cautela com o cenário político doméstico, o dólar à vista atingiu novas máximas na semana e rompeu a barreira dos R$ 4,40 no momento de maior tensão. O Ibovespa também teve uma semana de maior estresse, recuando 0,61% desde segunda-feira

Victor Aguiar
Victor Aguiar
21 de fevereiro de 2020
18:43 - atualizado às 0:36
Dólar real câmbio
Imagem: Montagem Andrei Morais / Shutterstock

Nesta semana, o dólar à vista subiu, subiu, subiu e subiu. E, quando já estava lá no alto, o que ele fez? Bem, ele... subiu um pouco mais.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Não é força de expressão: a moeda americana fechou em alta em todos os dias desta semana. Os ganhos desta sexta-feira (21) foram tímidos, é verdade: apenas 0,03%, terminando a sessão a R$ 4,3927 — o quarto recorde nominal consecutivo de encerramento.

Mas, apesar da quase estabilidade ao fim do dia, uma marca importante foi rompida hoje pelo mercado de câmbio. Ainda durante a manhã, a moeda americana chegou a ser negociada a R$ 4,4066 (+0,35%), marcando a primeira vez que a divisa rompe o nível de R$ 4,40.

Qual o saldo de todo esse movimento? Apenas nessa semana, o dólar à vista acumulou ganhos de 2,15% — em fevereiro, a alta é de 2,51%. Desde o início do ano, a valorização da moeda americana ante o real já chega a 9,49%.

Há diversas razões para explicar essa forte onda de aversão ao risco no mercado de câmbio. Como pano de fundo, aparece o clima de maior apreensão no exterior, em meio à percepção de que o surto de coronavírus começa a afetar a economia global.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Mas, por aqui, também tivemos fatores de estresse. O noticiário político, com ruídos envolvendo o ministro da Economia, Paulo Guedes, deu uma pitada extra de prudência às negociações e fez o dólar testar novas máximas, dia após dia.

Leia Também

Esse panorama também contaminou as negociações nas bolsas. O Ibovespa fechou a sessão de hoje em baixa de 0,79%, aos 113.681,42 pontos, terminando a semana com uma perda acumulada de 0,61%.

Incerteza no horizonte

O coronavírus continua pautando as negociações no exterior — e, nesta semana, a percepção dos investidores foi mais pessimista em relação ao surto da doença.

Esse viés mais negativo se deve, em primeiro lugar, ao próprio ritmo de disseminação: já são mais de 2,2 mil mortos e 76 mil infectados, sem qualquer indício de que o vírus estaria se alastrando com menor velocidade.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Pelo contrário: começam a aumentar os casos fora da China, acendendo um sinal amarelo quanto à possibilidade de crise de saúde global.

Além disso, também começam a surgir as primeiras evidências concretas de que o coronavírus já está impactando a economia mundial. O dado mais grave foi divulgado hoje, nos EUA: o PMI, indicador que mede o nível de atividade do país, caiu a 49,6 na preliminar de fevereiro — um patamar que indica contração.

Com esse número em mente, as bolsas americanas tiveram um dia bastante negativo hoje: o Dow Jones fechou em queda de 0,78%, o S&P 500 recuou 1,05% e o Nasdaq caiu 1,79% — os três acumularam perdas na semana. O clima foi igualmente ruim nos demais mercados acionários do mundo, com as bolsas da Europa e da Ásia também fechando em queda.

No mercado de câmbio, essa cautela fez os investidores optarem pela segurança do dólar em detrimento dos riscos das moedas emergentes ao longo da semana. Divisas como o peso mexicano, o rublo russo e o peso chileno, entre outras, se juntaram ao real e perderam terreno nos últimos dias, dado o viés defensivo dos investidores.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

E o BC?

O Banco Central (BC) continuou apenas observando a valorização do dólar ante o real, sem sinalizar qualquer tipo de atuação no câmbio — postura que, de certa maneira, contribuiu para trazer mais ansiedade aos investidores.

Vale lembrar que, na semana passada, o BC promoveu dois leilões extraordinários de swap cambial quado o dólar bateu R$ 4,38, injetando US$ 2 bilhões em recursos novos no sistema. As operações trouxeram alívio ao mercado e passaram a mensagem de que a autoridade monetária não deixaria a moeda subir descontroladamente.

Só que, ao ver o dólar chegar a R$ 4,40 e sem constatar qualquer atuação por parte do Banco Central, os investidores ficam "à deriva", sem saber qual "cotação limite" suportada pelo BC.

Cautela doméstica

Por aqui, o cenário doméstico continuou trazendo desconforto aos investidores: rumores quanto à insatisfação do ministro da Economia, Paulo Guedes, rondam as mesas de operação desde o meio da semana — há quem diga que ele estaria cogitando deixar o governo.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Por mais que o presidente Jair Bolsonaro tenha manifestado apoio público ao ministro, fato é que o clima não é dos mais amenos em Brasília. Declarações do ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno, reacenderam atritos entre o governo e o Congresso.

Nesse contexto de incertezas, grande parte dos investidores preferiu assumir uma postura mais defensiva, especialmente por causa do Carnaval. Afinal, os mercados domésticos estarão fechados na segunda (24) e terça (25), e passar esse tempo todo comprado e exposto a riscos não é uma opção muito convidativa.

Juros estáveis

As curvas de juros mostraram uma certa divisão no mercado. Por um lado, há a leitura de que a economia segue fraca, o que abre espaço para novos cortes na Selic; por outro, o dólar nas máximas tende a gerar pressões inflacionárias, o que enfraquece o argumento de novas baixas nas taxas.

Assim, o viés foi de relativa estabilidade nos DIs nesta sexta-feira. Veja abaixo como ficaram as principais curvas:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Janeiro/2021: de 4,19% para 4,18%;
  • Janeiro/2022: de 4,67% para 4,68%;
  • Janeiro/2023: de 5,22% para 5,26%;
  • Janeiro/2025: de 6,00% para 6,06%.

Agitação nos balanços

No front corporativo, importantes membros do Ibovespa reportaram seus números trimestrais desde a noite passada, com destaque para a Vale. A mineradora fechou 2019 com um prejuízo de US$ 1,7 bilhão, fortemente impactada pelas provisões e despesas com Brumadinho — como resultado, os papéis ON (VALE3) caíram 3,97% hoje.

Na ponta oposta do índice, apareceram os papéis PN da Lojas Americanas (LAME4), que fecharam em forte alta de 7,68%. A companhia registrou um lucro líquido de R$ 704,1 milhões no ano de 2019, um crescimento de 130,4% ante 2018 — desempenho que agradou os analistas.

Carrefour Brasil ON (CRFB3), com alta de 0,14%; SulAmérica units (SULA11), estáveis; B2W ON (BTOW3), avançando 2,49%; e NotreDame Intermédica ON (GNDI3), desvalorizando 2,81%, também reagiram aos balanços trimestrais — veja aqui um resumo dos números das empresas.

Top 5 na semana

Veja abaixo as cinco ações do Ibovespa que mais se valorizaram nesta semana:

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
  • Marfrig ON (MRFG3): +20,09%
  • Via Varejo ON (VVAR3): +12,97%
  • Weg ON (WEGE3): +9,28%
  • Totvs ON (TOTS3): +6,86%
  • Lojas Americanas PN (LAME4): +6,56%

Confira também as maiores baixas do índice desde segunda-feira:

  • Ultrapar ON (UGPA3): -10,77%
  • Usiminas PNA (USIM5): -7,37%
  • BTG Pactual units (BPAC11): -7,06%
  • Gerdau PN (GGBR4): -6,83%
  • CVC ON (CVCB3): -6,71%

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

COMPARTILHAR

Whatsapp Linkedin Telegram
HORA DE COMPRAR?

Ibovespa acima dos 250 mil pontos em 2026: para o Safra é possível — e a eleição não é um grande problema

15 de dezembro de 2025 - 16:05

Na projeção mais otimista do banco, o Ibovespa pode superar os 250 mil pontos com aumento dos lucros das empresas, Selic caindo e cenário internacional ajudando. O cenário-base é de 198 mil pontos para o ano que vem

TIME LATAM

BTG escala time de ações da América Latina para fechar o ano: esquema 4-3-3 tem Brasil, Peru e México

15 de dezembro de 2025 - 14:18

O banco fez algumas alterações em sua estratégia para empresas da América Latina, abrindo espaço para Chile e Argentina, mas com ações ainda “no banco”

LEVANTAMENTO

A torneira dos dividendos vai secar em 2026? Especialistas projetam tendências na bolsa diante de tributação

15 de dezembro de 2025 - 6:05

2025 caminha para ser ano recorde em matéria de proventos; em 2026 setores arroz com feijão ganham destaque

CHUVA DE PROVENTOS CONTINUA

As ações que devem ser as melhores pagadoras de dividendos de 2026, com retornos de até 15%

15 de dezembro de 2025 - 6:05

Bancos, seguradoras e elétricas lideram e uma empresa de shoppings será a grande revelação do próximo ano

LEI MAGNITSKY

Bancos sobem na bolsa com o fim das sanções contra Alexandre de Moraes — Banco do Brasil (BBAS3) é o destaque

12 de dezembro de 2025 - 17:14

Quando a sanção foi anunciada, em agosto deste ano, os papéis dos bancos desabaram devido as incertezas em relação à aplicação da punição

GIGANTE NA ÁREA

TRXF11 volta a encher o carrinho de compras e avança nos setores de saúde, educação e varejo; confira como fica o portfólio do FII agora

12 de dezembro de 2025 - 11:31

Com as três novas operações, o TRXF11 soma sete transações só em dezembro. Na véspera, o FII já tinha anunciado a aquisição de três galpões

VERSÃO TUPINIQUIM

BofA seleciona as 7 magníficas do Brasil — e grupo de ações não tem Petrobras (PETR4) nem Vale (VALE3)

11 de dezembro de 2025 - 19:21

O banco norte-americano escolheu empresas brasileiras de forte crescimento, escala, lucratividade e retornos acima da Selic

COM EMOÇÃO

Ibovespa em 2026: BofA estima 180 mil pontos, com a possibilidade de chegar a 210 mil se as eleições ajudarem

11 de dezembro de 2025 - 17:01

Banco norte-americano espera a volta dos investidores locais para a bolsa brasileira, diante da flexibilização dos juros

FIIS HOJE

JHSF (JHSF3) faz venda histórica, Iguatemi (IGTI3) vende shoppings ao XPML11, TRXF11 compra galpões; o que movimenta os FIIs hoje

11 de dezembro de 2025 - 14:31

Nesta quinta-feira (11), cinco fundos imobiliários diferentes agitam o mercado com operações de peso; confira os detalhes de cada uma delas

O TEMPO ESTÁ ACABANDO

Concurso do IBGE 2025 tem 9,5 mil vagas com salários de até R$ 3.379; veja cargos e como se inscrever

10 de dezembro de 2025 - 15:00

Prazo de inscrição termina nesta quinta (11). Processo seletivo do IBGE terá cargos de agente e supervisor, com salários, benefícios e prova presencial

DEVO, NÃO NEGO...

Heineken dá calote em fundo imobiliário, inadimplência pesa na receita, e cotas apanham na bolsa; confira os impactos para o cotista

10 de dezembro de 2025 - 12:01

A gestora do FII afirmou que já realizou diversas tratativas com a locatária para negociar os valores em aberto

ESTRATÉGIA DO GESTOR

Investidor estrangeiro minimiza riscos de manutenção do governo atual e cenários negativos estão mal precificados, diz Luis Stuhlberger 

9 de dezembro de 2025 - 19:12

Na carta mensal do Fundo Verde, gestor afirmou que aumentou exposição às ações locais e está comprado em real

DINHEIRO NO BOLSO

Após imbróglio, RBVA11 devolve agências à Caixa — e cotistas vão sair ganhando nessa

9 de dezembro de 2025 - 14:31

Com o distrato, o fundo reduziu ainda mais sua exposição ao setor financeiro, que agora representa menos de 24% do portfólio total

MERCADOS HOJE

Efeito Flávio derruba a bolsa: Ibovespa perde mais de 2 mil pontos em minutos e dólar beira R$ 5,50 na máxima do dia

9 de dezembro de 2025 - 12:10

Especialistas indicam que esse pode ser o começo da real precificação do cenário eleitoral no mercado local, depois de sucessivos recordes do principal índice da bolsa brasileira

OPERAÇÃO MILIONÁRIA

FII REC Recebíveis (RECR11) mira R$ 60 milhões com venda de sete unidades de edifício em São Paulo

9 de dezembro de 2025 - 11:12

Apesar de não ter informado se a operação vai cair como um dinheiro extra no bolso dos cotistas, o RECR11 voltou a aumentar os dividendos em dezembro

SINAIS CONFUSOS

Ações de IA em alta, dólar em queda, ouro forte: o que esses movimentos revelam sobre o mercado dos EUA

9 de dezembro de 2025 - 9:32

Segundo especialistas consultados pelo Seu Dinheiro, é preciso separar os investimentos em equities de outros ativos; entenda o que acontece no maior mercado do mundo

NOVOS HORIZONTES

TRX Real Estate (TRXF11) abocanha novos imóveis e avança para o setor de educação; confira os detalhes das operações

8 de dezembro de 2025 - 10:17

O FII fez sua primeira compra no segmento de educação ao adquirir uma unidade da Escola Eleva, na Barra da Tijuca (RJ)

INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

O estouro da bolsa brasileira: gestor rebate tese de bolha na IA e vê tecnologia abrindo janela de oportunidade para o Brasil

8 de dezembro de 2025 - 6:31

Em entrevista exclusiva ao Seu Dinheiro, Daniel Popovich, gestor da Franklin Templeton, rebate os temores de bolha nas empresas de inteligência artificial e defende que a nova tecnologia se traduzirá em crescimento de resultados para as empresas e produtividade para as economias

PEQUENA E PODEROSA

Aura (AURA33): small cap que pode saltar 50% está no pódio das ações para investir em dezembro segundo 9 analistas

7 de dezembro de 2025 - 14:06

Aura Minerals (AURA33) pode quase dobrar a produção; oferece exposição ao ouro; paga dividendos trimestrais consistentes e negocia com forte desconto.

ILEGAIS

CVM suspende 6 empresas internacionais por irregularidades na oferta de investimentos a brasileiros; veja quais são

6 de dezembro de 2025 - 12:39

Os sites, todos em português, se apresentam como plataformas de negociação em mercados globais, com ativos como moedas estrangeiras, commodities, metais, índices, ETFs, ações, criptoativos e outros

Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Fechar