Dólar fecha a R$ 5,19 com pessimismo global e expectativa de corte na Selic
O dólar à vista terminou a sessão cotado a R$ 5,19, após disparar pela manhã e atingir a marca inédita de R$ 5,20 na máxima. A perspectiva de novo corte na Selic, somada ao pessimismo externo, fizeram o mercado ficar na defensiva — e nem três leilões do BC adiantaram

Foi mais um dia de marcas históricas para o dólar, no que tem sido a tônica de 2020 e sem perspectiva de trégua.
Já no começo da sessão, a moeda mostrou que teria um desempenho pressionado, dado o contexto global fortemente negativo e a projeção de um corte da Selic no Copom de hoje.
Depois de disparar mais de 3% em meia hora de negócios, aproximou-se do dos R$ 5,20. O movimento arrefeceu na hora e meia seguinte com uma mãozinha do Banco Central, mas a alta voltou a acelerar no meio da tarde, o que exigiu que a autoridade monetária voltasse a campo com novo leilão de dólar à vista.
Pouco antes do fim do pregão, refletindo o pessimismo que se apossou do mercado sobre a atividade econômica, o dólar atingiu o pico de R$ 5,25, gatilho para nova ação do Banco Central, que fez a moeda recuar levemente a alta para R$ 5,19. O BC vendeu US$ 860 milhões em três leilões à vista nesta sessão.
No nível máximo atingido hoje — também o maior patamar histórico —, a divisa bateu os R$ 5,25. O dólar nunca sequer havia rompido o nível de R$ 5,10.
No exterior, o dia foi marcado pela valorização da moeda americana em escala global, tanto em relação às divisas fortes quanto em comparação com os ativos de países emergentes. Isto se deu porque, após o alívio de terça-feira, o mercado voltou a adotar postura mais pessimista quanto aos rumos da economia mundial em meio ao surto de coronavírus.
Leia Também
Cinco bancos perdem juntos R$ 42 bilhões em valor de mercado — e estrela da bolsa puxa a fila
Por mais que os governos tenham assumido medidas mais enérgicas para conter o avanço da doença e limitar os impactos econômicos da pandemia, notícias preocupantes no front das empresas começam a ecoar. Na Europa, as montadoras de automóveis já começam a indicar uma paralisação ao menos parcial de suas atividades na Europa.
Outro setor fortemente abalado é o de transporte aéreo, com as principais companhias do mundo mostrando grande preocupação quanto à sustentabilidade de suas operações no médio prazo caso o cenário de forte contração da demanda e restrições aéreas persista.
Assim, em meio aos sinais desanimadores, muitos já apostam que os pacotes de estímulo acionados pelos governos não será suficiente para proteger a economia mundial — o que eleva a busca por proteção e aumenta a demanda por dólares por parte dos investidores.
E agora, Copom?
No Brasil, ainda há a decisão de juros do Copom, a ser divulgada na noite de hoje. O cenário-base do mercado é de um corte na Selic, com magnitude ainda indefinida, por mais que existam dúvidas quanto à eficácia da medida.
Fato é que, se concretizada, a redução na Selic tende a gerar ainda mais pressão no mercado de câmbio — em linhas gerais, cortes nas taxas de juros desencadeiam um movimento de alta no dólar, por fatores técnicos ligados ao diferencial nas taxas em relação aos EUA.
Assim, já dando como certa a baixa na Selic, os mercados se antecipam e jogam o dólar para o alto, renovando os recordes intradiários. Há pouco, o BC anunciou um leilão de linha com oferta de até US$ 2 bilhões, mas a medida surtiu pouco efeito para acalmar o câmbio.
Petrobras (PETR4), Gerdau (GGBR4) e outras 3 empresas pagam dividendos nesta semana; saiba quem recebe
Cinco companhias listadas no Ibovespa (IBOV) entregam dividendos e juros sobre capital próprio (JCP) aos acionistas na terceira semana de agosto
Howard Marks zera Petrobras e aposta na argentina YPF — mas ainda segura quatro ações brasileiras
A saída da petroleira estatal marca mais um corte de exposição brasileira, apesar do reforço em Itaú e JBS
Raízen (RAIZ4) e Braskem (BRKM5) derretem mais de 10% cada: o que movimentou o Ibovespa na semana
A Bolsa brasileira teve uma ligeira alta de 0,3% em meio a novos sinais de desaceleração econômica doméstica; o corte de juros está próximo?
Ficou barata demais?: Azul (AZUL4) leva puxão de orelha da B3 por ação abaixo de R$ 1; entenda
Em comunicado, a companhia aérea informou que tem até 4 de fevereiro de 2026 para resolver o problema
Nubank dispara 9% em NY após entregar rentabilidade maior que a do Itaú no 2T25 — mas recomendação é neutra, por quê?
Analistas veem limitações na capacidade de valorização dos papéis diante de algumas barreiras de crescimento para o banco digital
TRXF11 renova apetite por aquisições: FII adiciona mais imóveis no portfólio por R$ 98 milhões — e leva junto um inquilino de peso
Com a transação, o fundo imobiliário passa a ter 72 imóveis e um valor total investido de mais de R$ 3,9 bilhões em ativos
Banco do Brasil (BBAS3): Lucro de quase R$ 4 bilhões é pouco ou o mercado reclama de barriga cheia?
Resultado do segundo trimestre de 2025 veio muito abaixo do esperado; entenda por que um lucro bilionário não é o bastante para uma instituição como o Banco do Brasil (BBAS3)
FII anuncia venda de imóveis por R$ 90 milhões e mira na redução de dívidas; cotas sobem forte na bolsa
Após acumular queda de mais de 67% desde o início das operações na B3, o fundo imobiliário vem apostando na alienação de ativos do portfólio para reduzir passivos
“Basta garimpar”: A maré virou para as small caps, mas este gestor ainda vê oportunidade em 20 ações de ‘pequenas notáveis’
Em meio à volatilidade crescente no mercado local, Werner Roger, gestor da Trígono Capital, revelou ao Seu Dinheiro onde estão as principais apostas da gestora em ações na B3
Dólar sobe a R$ 5,4018 e Ibovespa cai 0,89% com anúncio de pacote do governo para conter tarifaço. Por que o mercado torceu o nariz?
O plano de apoio às empresas afetadas prevê uma série de medidas construídas junto aos setores produtivos, exportadores, agronegócio e empresas brasileiras e norte-americanas
Outra rival para a B3: CSD BR recebe R$ 100 milhões do Citi, Morgan Stanley e UBS para criar nova bolsa no Brasil
Investimento das gigantes financeiras é mais um passo para a empresa, que já tem licenças de operação do Banco Central e da CVM
HSML11 amplia aposta no SuperShopping Osasco e passa a deter mais de 66% do ativo
Com a aquisição, o fundo imobiliário concluiu a aquisição adicional do shopping pretendida com os recursos da 5ª emissão de cotas
Bolsas no topo e dólar na base: estas são as estratégias de investimento que o Itaú (ITUB4) está recomendando para os clientes agora
Estrategistas do banco veem um redirecionamento global de recursos que pode chegar ao Brasil, mas existem algumas condições pelo caminho
A Selic vai cair? Surpresa em dado de inflação devolve apetite ao risco — Ibovespa sobe 1,69% e dólar cai a R$ 5,3870
Lá fora os investidores também se animaram com dados de inflação divulgados nesta terça-feira (12) e refizeram projeções sobre o corte de juros pelo Fed
Patria Investimentos anuncia mais uma mudança na casa — e dessa vez não inclui compra de FIIs; veja o que está em jogo
A movimentação está sendo monitorada de perto por especialistas do setor imobiliário
Stuhlberger está comprando ações na B3… você também deveria? O que o lendário fundo Verde vê na bolsa brasileira hoje
A Verde Asset, que hoje administra mais de R$ 16 bilhões em ativos, aumentou a exposição comprada em ações brasileiras no mês passado; entenda a estratégia
FII dá desconto em aluguéis para a Americanas (AMER3) e cotas apanham na bolsa
O fundo imobiliário informou que a iniciativa de renegociação busca evitar a rescisão dos contratos pela varejista
FII RBVA11 anuncia venda de imóvel e movimenta mais de R$ 225 milhões com nova estratégia
Com a venda de mais um ativo, localizado em São Paulo, o fundo imobiliário amplia um feito inédito
DEVA11 vai dar mais dores de cabeça aos cotistas? Fundo imobiliário despenca mais de 7% após queda nos dividendos
Os problemas do FII começaram em 2023, quando passou a sofrer com a inadimplência de CRIs lastreados por ativos do Grupo Gramado Parks
Tarifaço de Trump e alta dos juros abrem oportunidade para comprar o FII favorito para agosto com desconto; confira o ranking dos analistas
Antes mesmo de subir no pódio, o fundo imobiliário já vinha chamando a atenção dos investidores com uma série de aquisições