🔴 ESTA FERRAMENTA PODE MULTIPLICAR SEU INVESTIMENTO EM ATÉ 285% – SAIBA MAIS

Victor Aguiar
Victor Aguiar
Jornalista formado pela Faculdade Cásper Líbero e com MBA em Informações Econômico-Financeiras e Mercado de Capitais pelo Instituto Educacional BM&FBovespa. Trabalhou nas principais redações de economia do país, como Bloomberg, Agência Estado/Broadcast e Valor Econômico. Em 2020, foi eleito pela Jornalistas & Cia como um dos 10 profissionais de imprensa mais admirados no segmento de economia, negócios e finanças.
Dia tranquilo no câmbio

Dólar passa por alívio e fecha em queda, mas segue acima dos R$ 5,00; juros curtos caem

De olho nas medidas econômicas para combate ao coronavírus, o dólar à vista caiu e se afastou das máximas, embora siga acima da linha de R$ 5,00; os juros fecharam em baixa, evidenciando a aposta em mais cortes na Selic

Victor Aguiar
Victor Aguiar
17 de março de 2020
17:08
Dólar
Imagem: Shutterstock

Após disparar quase 5% na sessão passada, o dólar à vista conseguiu algum alívio nesta terça-feira (17). A moeda americana até chegou a aparecer abaixo do nível dos R$ 5,00 no momento de maior calmaria, mas não conseguiu se sustentar nesses patamares.

Ao longo da sessão, a moeda americana oscilou entre os R$ 4,9610 (-1,81%) e os R$ 5,0857 (+0,66%) — um novo recorde nominal, em termos intradiários. Ao fim do dia, a divisa era negociada a R$ 5,0087, em baixa de 0,86%.

Analistas e operadores de câmbio destacam que houve uma certa correção no mercado de dólar, considerando a forte valorização da moeda americana na sessão passada e nos últimos dias. E esses ajustes foram desencadeados pela postura mais enérgica dos governos no combate ao surto de coronavírus.

Os investidores recebem bem as últimas iniciativas dos governos mundiais para tentar conter o avanço do coronavírus. Nos Estados Unidos, por exemplo, o governo Trump tem anunciado desde ontem pacotes de estímulo econômico e iniciativas para fortalecer o sistema de saúde do país.

Obviamente, a percepção de que a economia global será afetada fortemente não se dissipou com essas medidas, mas a postura diferente dos EUA — até agora, o alto escalão da Casa Branca mostrava certo desdém com o coronavírus — foi bem recebida pelo mercado.

Nesta terça-feira, o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) deu mais um passo em direção ao auxílio da economia, anunciando um programa de US$ 10 bilhões para reforçar a disponibilidade de crédito para famílias e empresas.

No Brasil, também tivemos o lançamento de medidas de estímulo econômico. Ontem, o ministro Paulo Guedes anunciou um pacote de até R$ 147,3 bilhões para conter os impactos da doença, dos quais R$ 83,4 bilhões serão destinados à população mais vulnerável aos efeitos da crise.

Mas, mesmo com esse viés mais otimista visto hoje, a pandemia de coronavírus continua em primeiro plano para os mercados globais e ainda gera enorme preocupação. No mundo todo, já são mais de 7,8 mil mortos e cerca de 195 mil contaminados.

Apesar do alívio visto nesta terça-feira no mercado de câmbio, o dólar à vista segue acumulando forte valorização: somente em março, a divisa já sobe 11,6% em relação ao real; no ano, o salto é de mais de 24%.

Tensão local

No meio da manhã, as negociações de dólar sofreram com um período de turbulência, a partir da confirmação da primeira morte no Brasil em decorrência do coronavírus. Foi justamente nesse período em que a divisa chegou a aparecer no campo positivo, tocando os R$ 5,08.

Mas, de olho nas iniciativas anunciadas pelos governos dos EUA e do Brasil, a moeda logo voltou a cair, permanecendo no campo negativo até o fechamento.

Vale lembrar que o BC promoveu um leilão de linha de até US$ 2 bilhões mais cedo, de modo a trazer algum alívio à moeda americana — iniciativa que foi eficaz para conter uma nova escalada da divisa americana.

Ainda por aqui, os investidores seguem apreensivos quanto ao futuro da Selic, em meio à postura agressiva do Federal Reserve (Fed, o banco central americano). Desde o início do mês, a autoridade dos EUA cortou os juros do país de maneira extraordinária em duas ocasiões, derrubando as taxas ao nível entre 0% e 0,25% ao ano.

Dada a influência do BC americano e de movimentos recentes por parte de outras autoridades monetárias do mundo, há a expectativa quanto a um corte semelhante por parte do Copom — a reunião que decidirá o futuro da Selic ocorrerá amanhã (18).

Muitos, inclusive, apostavam que o Copom também mexeria na Selic de forma extraordinária, o que não se concretizou. O argumento global para esse novo ciclo de alívio nos juros é o fornecimento de estímulo à economia, num esforço para reduzir os impactos do surto da doença.

No entanto, há quem acredite que mais cortes de juros não surtirão o efeito desejado, uma vez que a crise do coronavírus cria um gargalo na oferta, e não na demanda. Além disso, há a questão da cotação do dólar: mais reduções na Selic fatalmente trarão ainda mais pressão ao câmbio.

No front das curvas de juros, os vencimentos mais curtos continuaram em baixa, evidenciando que o mercado está convencido de que o BC irá sim cortar a Selic. Veja abaixo como ficaram os principais DIs:

  • Janeiro/2021: de 3,84% para 3,60%;
  • Janeiro/2022: de 4,92% para 4,45%;
  • Janeiro/2023: de 5,93% para 5,38%;
  • Janeiro/2025: de 7,08% para 6,59%.

Compartilhe

Proventos

Usiminas (USIM5) e Banrisul (BRSR6) anunciam dividendos; veja quanto as empresas vão pagar e quem poderá receber

25 de abril de 2024 - 19:12

Siderúrgica vai pagar R$ 330 milhões, enquanto o banco gaúcho distribuirá R$ 75 milhões aos acionistas

DESTAQUES DA BOLSA

Cogna (COGN3) nota 10? Banco estrangeiro passa a recomendar compra das ações, que lideram altas da B3

25 de abril de 2024 - 13:39

O banco também avalia um preço justo para as ações entre R$ 2,80 e R$ 4,40, o que representa um potencial valorização das ações de até 120%

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Com ‘cabo de guerra’ entre Petrobras (PETR4) e Wall Street, Ibovespa fecha em leve queda; dólar sobe a R$ 5,16

25 de abril de 2024 - 6:56

RESUMO DO DIA: O dia ficou nublado para os mercados acionários com a divulgação de novos dados econômicos nos Estados Unidos e um impasse de meses solucionado na Petrobras (PETR4). Com alguns raios de sol patrocinados pela petroleira, o Ibovespa sustentou os 124 mil pontos, mas ainda assim termino o dia entre nuvens.  O principal […]

CONFIRA O CRONOGRAMA

Magazine Luiza (MGLU3) recebe sinal verde para grupamento de ações e dá prazo para acionistas ajustarem as posições

24 de abril de 2024 - 19:02

A operação será feita na proporção de 10:1. Ou seja, grupos de 10 papéis MGLU3 serão unidos para formar uma única nova ação

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa cai com bancos e NY antes de resultados da Vale (VALE3); dólar sobe a R$ 5,14

24 de abril de 2024 - 6:46

RESUMO DO DIA: O Ibovespa está encarando uma montanha-russa nesta semana, com a temporada de balanços corporativos ganhando tração e Brasília voltando a dividir as atenções dos investidores. Depois de começar o dia em alta, o principal índice da bolsa brasileira terminou o pregão com queda de 0,33%, aos 124.740 pontos. Já o dólar recuperou […]

DESTAQUES DA BOLSA

Exame bem feito: Fleury (FLRY3) acerta o diagnóstico com aquisição milionária e ações sobem 4%

23 de abril de 2024 - 14:04

A aquisição marca a entrada do Grupo Fleury em Santa Catarina com a estratégia B2C, o modelo de negócio direto ao consumidor

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Ibovespa recua com pressão de Vale (VALE3) na véspera do balanço; dólar cai após dados nos EUA

23 de abril de 2024 - 7:06

RESUMO DO DIA: O Ibovespa até começou a semana com o pé direito, mas hoje faltou impulso para sustentar a continuidade de ganhos da véspera O Ibovespa fechou com queda de 0,34%, aos 125.148 pontos. O dólar à vista segue enfraquecido e terminou o dia a R$ 5,1304, com baixa de 0,74%. Por aqui, o […]

SEM PARAR

A bolsa nunca mais vai fechar? O plano da Bolsa de Valores de Nova York para negociar ações 24 horas por dia, sete dias da semana

22 de abril de 2024 - 17:22

O tema esquentou nos últimos anos por conta da negociação de criptomoedas e também por concorrentes da Nyse, que tentam registro para funcionar sem intervalo

EXCLUSIVO

Gestor do Quasar Agro (QAGR11) acusa Capitânia de “estratégia predatória” em disputa sobre FII com mais de 20 mil cotistas na B3 

22 de abril de 2024 - 13:32

A Capitânia solicitou no mês passado uma assembleia para discutir uma possível troca na gestão do fundo imobiliário

MERCADOS HOJE

Bolsa hoje: Com Petrobras (PETR4) e Wall Street, Ibovespa fecha em alta; dólar cai e volta para o nível abaixo de R$ 5,20

22 de abril de 2024 - 6:54

RESUMO DO DIA: A Petrobras (PETR4) deu o tom do pregão mais uma vez e impulsionou o principal índice a bolsa brasileira, mas sem desprezar o apoio de Wall Street. O Ibovespa fechou em alta de 0,36%, aos 125.573 pontos. Já o dólar seguiu a trajetória de queda e fechou a R$ 5,1687, com baixa […]

Fechar
Menu

Usamos cookies para guardar estatísticas de visitas, personalizar anúncios e melhorar sua experiência de navegação. Ao continuar, você concorda com nossas políticas de cookies

Continuar e fechar