Boas notícias do exterior ajudam Ibovespa fechar em alta
Ritmo de ganhos só perdeu força depois que o Correio Braziliense publicou que a proposta de reforma terá idade mínima de 57 (mulheres) e de 62 (homens)
A Bolsa de Valores de São Paulo trabalhou em alta acelerada o dia todo nesta terça-feira. O ritmo de ganhos, que passou dos 2%, só perdeu um pouco da força depois que o Correio Braziliense publicou que "apesar de todos os argumentos da equipe econômica, o presidente Jair Bolsonaro decidiu que a proposta de reforma da Previdência que será encaminhada nos próximos dias ao Congresso terá idade mínima de 57 anos para mulheres e de 62 anos para homens". Com isso, o Ibovespa fechou em alta de 1,86%, 96.166 a pontos. No acumulado de fevereiro, o saldo para a Bolsa ainda é negativo em 1,26%, depois de ganhos de quase 11% em janeiro. O dólar, depois da quarta alta consecutiva ontem, fechou o dia em baixa, com desvalorização de 1,35%, a R$ 3,71. Um fluxo financeiro de entrada proveniente de captações externas de empresas brasileiras está ajudando a moeda americana a cair.
Previdência
Na avaliação do presidente, segundo o jornal, não há porque ser tão radical na reforma, sobretudo se for levado em conta disparidades regionais no país. Nos estados mais pobres, como o Piauí, a expectativa de vida dos trabalhadores não chega aos 70 anos. Com isso, a economia prevista pelo governo com a reforma deverá ficar mais próxima de R$ 500 bilhões em 10 anos, metade do previsto pela equipe do ministro da Economia, Paulo Guedes, de R$ 1 trilhão em 10 anos. Essa economia é a mesma prevista pelo Citi e pela consultoria Eurasia.
O que também ajudou as bolsas e as moedas emergentes foi a expectativa de progresso nas negociações comerciais entre EUA e China, reiniciadas esta semana. Os dois países têm até o dia 1º de março para tentar um acordo, antes que, no dia seguinte, Washington eleve tarifas sobre mais US$ 200 bilhões em produtos chineses.
Além disso, são positivas as informações de que o governo norte-americano poderá evitar uma segunda paralisação, após democratas e republicanos chegarem a um acordo prévio para o orçamento.
O acordo prevê US$ 1,375 bilhão para a construção de barreiras feitas de ripas de aço em um trecho de 88 quilômetros da fronteira dos EUA com o México. O valor acordado ficou aquém dos US$ 5,7 bilhões que o presidente Donald Trump exige para a obra.
Fed
O risco de uma recessão nos Estados Unidos não é atualmente elevado, disse hoje o presidente do Federal Reserve, o banco central dos EUA, Jerome Powell. "Não sentimos que a probabilidade de recessão seja elevada", disse Powell a estudantes da Universidade Mississippi Valley State.
Leia Também
Bancos
As ações dos bancos puxaram o Ibovespa hoje. A maior alta do índice foi a do Banco do Brasil (ON), de 6,16%. Itaú PN subiu 2,39%. Bradesco ON teve elevação de 2,15% e a PN de 2%. Santander unit avançou 1,51%.
Mais lucro
As ações PNB do Banrisul tiveram alta de 6,56%. O banco divulgou hoje cedo, antes da abertura do mercado, os seus resultados financeiros. O lucro líquido recorrente do quarto trimestre caiu 7,3%, para R$ 300,1 milhões, na comparação com o mesmo período do ano passado. Em 2018, no entanto, o lucro foi de R$ R$ 1,096 bilhão, aumento de 20,3% em relação ao ano de 2017, quando somou R$ 911,6 milhões.
BB Seguridade
As ações da BB Seguridade ficaram entre as maiores quedas, com baixa de 2,13%, depois que a seguradora anunciou lucro líquido ajustado de cerca de R$ 840 milhões no quarto trimestre do ano passado. Isso significa uma queda de 10,7% em relação ao visto em idêntico intervalo de 2017, de R$ 941 milhões. No ano, a cifra somou R$ 3,549 bilhões, declínio de 9,26% na comparação com o exercício de 2017.
Vale sabia
Após cair mais de 2% na sessão anterior pressionada, principalmente, pela piora no cenário externo, as ações ON da Vale registraram alta de 5,43%, refletindo o aumento de quase 6% do minério de ferro ontem, quando as mineradoras ao redor do mundo tiveram ganhos expressivos.
A Vale estava ciente de que a barragem de rejeitos que entrou em colapso no mês passado, matando pelo menos 165 pessoas, tinha um risco elevado de ruptura, segundo um documento interno. Um documento interno da Vale de novembro de 2017 afirma que a barragem, já naquela época, tinha uma chance de colapso duas vezes maior que o nível máximo de risco individual tolerável.
Outro documento, de outubro de 2018, indicava que além de ter duas vezes mais chances de se romper do que nível máximo tolerado pela política de segurança da empresa, a barragem estava em uma "zona de atenção".
Esse documento da área técnica da Vale sobre a situação de barragens - que o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) tornou público hoje - mostra que o impacto financeiro das cinco estruturas consideradas mais críticas pela companhia poderia superar US$ 1 bilhão, além de afetar centenas de vidas, provocar danos no meio ambiente que demorariam mais de seis anos para serem remediados.
O material mostra que a Vale já previa o impacto nas ações e a revogação de múltiplas licenças de operação, boicote de produtos, manifestações e até greve de empregados.
Em entrevista coletiva nesta tarde, os executivos da companhia rejeitaram a informação de que havia excesso de água e falha na drenagem na barragem de Brumadinho (MG), hipótese levantada pela Polícia Federal para o colapso do local. Eles disseram ainda que o relatório da consultoria alemã Tüv Süd indicava que a segurança da barragem era adequada.
Petrobras e TAG
A ações da Petrobras ficaram entre as maiores altas do Ibovespa, com a ON em alta de 3,60% e a PN com avanço de 3,54%, após a informação de que o processo de venda da Transportadora Associada de Gás (TAG) pela Petrobras entrou em fase de finalização, com uma oferta de US$ 8 bilhões pelo grupo francês de gás e energia Engie, segundo fontes disseram ao jornal Valor Econômico.
Contribuiu também para a elevação da Petrobras a decisão do banco suíço UBS de elevar a recomendação da ação PN de neutra para compra e preço-alvo de R$ 26 para R$ 33, o que implica numa potencial alta de 32,8% em relação ao fechamento de ontem (R$ 24,84).
O petróleo fechou em alta, após o relatório da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) confirmar que o cartel está de acordo com o pacto de corte da produção firmado em dezembro. Os ganhos foram limitados, no entanto, depois que o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano anunciou ter elevado a estimativa de produção no país para 2019.
Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para entrega em março fechou em alta de 1,32%, para US$ 53,10 por barril. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para abril avançou 1,48%, a US$ 62,42.
"Marvada"
O Grupo São Martinho, um dos maiores do setor sucroenergético, teve queda nos papéis pela manhã de quase 1%. Mas o sinal virou e as ações de 1,47%. A companhia informou na noite de ontem que o lucro líquido no terceiro trimestre do ano-safra 2018/2019, encerrado em 31 de dezembro, chegou a R$ 65,929 milhões. O resultado é 60,9% menor do que o registrado em igual período da temporada 2017/2018, de R$ 168,483 milhões.
Fora da estrada
No finalzinho do pregão, a CCR entrou em leilão após oscilar em relação ao seu preço original, de R$ 14, segundo informou a Bolsa. O leilão chegou a ser prorrogado por mais de 5 minutos depois que um grande lote foi vendido. Entre os bancos com maiores saldos de venda da ação, se destacam o Safra e o Morgan Stanley, com mais de R$ 11 milhões de vendas líquidas cada. O terceiro maior vendedor tem saldo de R$ 3,5 milhões. A ação fechou em alta de 0,28%.
Ainda no esgoto
Após cair 9% ontem, as ações ON da Sabesp ampliaram as perdas com queda de 0,26%, após o Bradesco BBI rebaixar a recomendação para o papel de "outperform" (acima da média do mercado) para "neutra" (em linha com o mercado), de acordo com um operador. Além disso, o preço-alvo do papel foi reduzido de R$ 56 para R$ 45, o que implica potencial alta de 18% em relação ao último fechamento (R$ 38,25).
Gafisa
As ações ON da Gafisa voltaram a amargar perdas nesta terça-feira, com queda de 5,39%. Conforme adiantou Seu Dinheiro, o Grupo GWI está em negociações com terceiros que podem resultar, dentre outras alternativas, na alienação, integral ou parcial, de sua participação na incorporadora. Em setembro, a gestora de recursos GWI Group assumiu o comando da Gafisa prometendo transparência na gestão e foco nos acionistas
*Com Estadão Conteúdo
3 surpresas que podem mexer com os mercados em 2026, segundo o Morgan Stanley
O banco projeta alta de 13% do S&P 500 no próximo ano, sustentada por lucros fortes e recuperação gradual da economia dos EUA. Ainda assim, riscos seguem no radar
Ursos de 2025: Banco Master, Bolsonaro, Oi (OIBR3) e dólar… veja quem esteve em baixa neste ano na visão do Seu Dinheiro
Retrospectiva especial do podcast Touros e Ursos revela quem terminou 2025 em baixa no mercado, na política e nos investimentos; confira
Os recordes voltaram: ouro é negociado acima de US$ 4.450 e prata sobe a US$ 69 pela 1ª vez na história. O que mexe com os metais?
No acumulado do ano, a valorização do ouro se aproxima de 70%, enquanto a alta prata está em 128%
LCIs e LCAs com juros mensais, 11 ações para dividendos em 2026 e mais: as mais lidas do Seu Dinheiro
Renda pingando na conta, dividendos no radar e até metas para correr mais: veja os assuntos que dominaram a atenção dos leitores do Seu Dinheiro nesta semana
R$ 40 bilhões em dividendos, JCP e bonificação: mais de 20 empresas anunciaram pagamentos na semana; veja a lista
Com receio da nova tributação de dividendos, empresas aceleraram anúncios de proventos e colocaram mais de R$ 40 bilhões na mesa em poucos dias
Musk vira primeira pessoa na história a valer US$ 700 bilhões — e esse nem foi o único recorde de fortuna que ele bateu na semana
O patrimônio do presidente da Tesla atingiu os US$ 700 bilhões depois de uma decisão da Suprema Corte de Delaware reestabelecer um pacote de remuneração de US$ 56 bilhões ao executivo
Maiores quedas e altas do Ibovespa na semana: com cenário eleitoral e Copom ‘jogando contra’, índice caiu 1,4%; confira os destaques
Com Copom firme e incertezas políticas no horizonte, investidores reduziram risco e pressionaram o Ibovespa; Brava (BRAV3) é maior alta, enquanto Direcional (DIRR3) lidera perdas
Nem o ‘Pacman de FIIs’, nem o faminto TRXF11, o fundo imobiliário que mais cresceu em 2025 foi outro gigante do mercado; confira o ranking
Na pesquisa, que foi realizada com base em dados patrimoniais divulgados pelos FIIs, o fundo vencedor é um dos maiores nomes do segmento de papel
De olho na alavancagem, FIIs da TRX negociam venda de nove imóveis por R$ 672 milhões; confira os detalhes da operação
Segundo comunicado divulgado ao mercado, os ativos estão locados para grandes redes do varejo alimentar
“Candidatura de Tarcísio não é projeto enterrado”: Ibovespa sobe e dólar fecha estável em R$ 5,5237
Declaração do presidente nacional do PP, e um dos líderes do Centrão, senador Ciro Nogueira (PI), ajuda a impulsionar os ganhos da bolsa brasileira nesta quinta-feira (18)
‘Se eleição for à direita, é bolsa a 200 mil pontos para mais’, diz Felipe Miranda, CEO da Empiricus
CEO da Empiricus Research fala em podcast sobre suas perspectivas para a bolsa de valores e potenciais candidatos à presidência para eleições do próximo ano.
Onde estão as melhores oportunidades no mercado de FIIs em 2026? Gestores respondem
Segundo um levantamento do BTG Pactual com 41 gestoras de FIIs, a expectativa é que o próximo ano seja ainda melhor para o mercado imobiliário
Chuva de dividendos ainda não acabou: mais de R$ 50 bilhões ainda devem pingar na conta em 2025
Mesmo após uma enxurrada de proventos desde outubro, analistas veem espaço para novos anúncios e pagamentos relevantes na bolsa brasileira
Corrida contra o imposto: Guararapes (GUAR3) anuncia R$ 1,488 bilhão em dividendos e JCP com venda de Midway Mall
A companhia anunciou que os recursos para o pagamento vêm da venda de sua subsidiária Midway Shopping Center para a Capitânia Capital S.A por R$ 1,61 bilhão
Ação que triplicou na bolsa ainda tem mais para dar? Para o Itaú BBA, sim. Gatilho pode estar próximo
Alta de 200% no ano, sensibilidade aos juros e foco em rentabilidade colocam a Movida (MOVI3) no radar, como aposta agressiva para capturar o início do ciclo de cortes da Selic
Flávio Bolsonaro presidente? Saiba por que o mercado acendeu o sinal amarelo para essa possibilidade
Rodrigo Glatt, sócio-fundador da GTI, falou no podcast Touros e Ursos desta semana sobre os temores dos agentes financeiros com a fragmentação da oposição frente à reeleição do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva
‘Flávio Day’ e eleições são só ruído; o que determina o rumo do Ibovespa em 2026 é o cenário global, diz estrategista do Itaú
Tendência global de queda do dólar favorece emergentes, e Brasil ainda deve contar com o bônus da queda na taxa de juros
Susto com cenário eleitoral é prova cabal de que o Ibovespa está em “um claro bull market”, segundo o Santander
Segundo os analistas do banco, a recuperação de boa parte das perdas com a notícia sobre a possível candidatura do senador é sinal de que surpresas negativas não são o suficiente para afugentar investidores
Estas 17 ações superaram os juros no governo Lula 3 — a principal delas entregou um retorno 20 vezes maior que o CDI
Com a taxa básica de juros subindo a 15% no terceiro mandato do presidente Lula, o CDI voltou a assumir o papel de principal referência de retorno
Alta de 140% no ano é pouco: esta ação está barata demais para ser ignorada — segundo o BTG, há espaço para bem mais
O banco atualizou a tese de investimentos para a companhia, reiterando a recomendação de compra e elevando o preço-alvo para os papéis de R$ 14 para R$ 21,50