Discrição com o vizinho
Maduro fecha fronteira com o Brasil, Planalto não vê chance de fricção na região e despacha o vice para discutir a relação
O noticiário do dia acabou pautado pelas declarações de Nicolás Maduro, que se segura como pode no “comando” da Venezuela. Para o ditador é preciso responder às provocações do Brasil e outros países vizinhos, que tentam enviar ajuda humanitária e já reconheceram Juan Guiadó como presidente do país. Por aqui, a postura do governo Jair Bolsonaro foi de não responder a provocações. Até a publicação do diário a posição era: “não haverá manifestação sobre o assunto”. Mas pouco antes das 19 horas, o porta-voz, general Rêgo Barros, reforçou que o intuito do governo é acolher os irmãos venezuelanos e que o governo não vê possibilidade de “fricção na região”, já que o ponto focal é “ajuda humanitária”. O vice, general Hamilton Mourão, ruma para a Colômbia para discutir a crise venezuelana.
Por determinação do Presidente @jairbolsonaro estarei na segunda-feira, 25, em Bogotá, na Colômbia, para representar o Brasil na reunião do Grupo de Lima. Discutiremos os desdobramentos da crise na Venezuela, que fechou sua fronteira hoje com nosso País.
— General Hamilton Mourão (@GeneralMourao) February 21, 2019
Com a reforma da Previdência na rua, começa um tiroteio de notícias para todos os gostos. A oposição vocifera em “defesa” do pobre, a situação está em busca de votos e liderança. Diariamente vamos ver todo o tipo de apuração com contagens extraoficiais de deputados ou senadores que apoiam ou não a reforma. Há um lenda aqui em Brasília de que muita gente opera ações, opções e outros ativos financeiro aqui da Esplanada dos Ministérios e da Praça dos Três Poderes. Paciência e discernimento terão de pautar, ainda mais, a leitura do cenário nos próximos meses.
Vale ainda um adendo do dia 51. Bolsonaro não fez dois, mas três importantes gestos mostrando seu convencimento da importância das reformas. Não só levou um texto mais “duro” ao Congresso e reconheceu que errou quando se disse contrário à reforma na sua época de deputado, como fez um pronunciamento à nação defendendo a proposta. Sinais de que ele teria mesmo a propagada humildade de ouvir o Paulo Guedes, que é o “cara”, ou “posto Ipiranga” da economia. Aliás, Guedes também foi à TV e defendeu a economia de R$ 1,1 trilhão prevista pela reforma, dizendo que cada vez que se reduz esse número, “estamos sacando contra o futuro de nossos filhos e netos”.
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